tag:blogger.com,1999:blog-21877910685963316162024-03-04T20:51:40.199-08:00Marca RubraUnknownnoreply@blogger.comBlogger78125tag:blogger.com,1999:blog-2187791068596331616.post-65239827018406683972019-08-16T06:10:00.001-07:002019-08-16T06:11:48.839-07:00ROMANCE ZUMBI<center>
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="360" mozallowfullscreen="" src="https://player.vimeo.com/video/162693649" webkitallowfullscreen="" width="640"></iframe><BR> <a href="https://vimeo.com/162693649">Romance Zumbi</a> from <a href="https://vimeo.com/user44443160">Ana Carolina Cunha</a> on <a href="https://vimeo.com/">Vimeo</a>.</center>
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span><span style="color: #222222; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b>Romance Zumbi:</b> O encontro de um casal de zumbis em uma praia resulta em um desastre,pois a namorada-zumbi perde literalmente a cabeça no mar, sem alternativa, o namorado parte para o resgate.Por trás de uma gag divertida, existe uma reflexão de como um amor obsessivo pode fazer com que tudo ao redor seja destruído. Além de uma homenagem aos filmes de terror B dos anos 50 e 60.</span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="color: #222222;">Ele foi selecionado para o <b>12º</b> </span><b>Anim!Arte!</b><span style="color: #222222;"> e </span><span style="background-color: white;">exibido no Rio de Janeiro na Escola de Comunicação e Design Digital do instituto INFNE. Também </span>foi selecionado na categoria Mostra Infantil na <b>2º Mostra Pajeu de Cinema</b>, que aconteceu no Cine São José na cidade de Afogados da Ingazeira e conta com incentivo do Governo de Pernambuco.</span><br />
<div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="background-color: white;"><b>Ele também tem uma versão em quadrinhos lançado na coletânea Catrinomicon.</b></span></span><br />
<span style="color: #222222; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcGthfooT5_OndFZM4ish7CnNj5G7mHOLlwQIHpcje7fBdbtsiIMIVLBpnG7LIwPD8X46zGDF4HkZoTc8PL4kJS9c5zanZ-5ga2_3QAp35-HDjxaYCQ2_jBvGbfvOqyAIlThMF3-rAXn4/s1600/67939230_2306255349410605_5481832957939286016_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="565" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcGthfooT5_OndFZM4ish7CnNj5G7mHOLlwQIHpcje7fBdbtsiIMIVLBpnG7LIwPD8X46zGDF4HkZoTc8PL4kJS9c5zanZ-5ga2_3QAp35-HDjxaYCQ2_jBvGbfvOqyAIlThMF3-rAXn4/s640/67939230_2306255349410605_5481832957939286016_n.jpg" width="602" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVEWFQbl8kpGGQItsBHbr7i3px3BVtyNZpq476yc8RfdWVjVuXxfnqO3XpZEguBz_bx9F47XaIW6FBpGzJTCYrwNwd7pmuxsLOBQcZ6ooj5HzOrP2oeqiTq5CAwUYRC-_U6jgScMjobMU/s1600/68392328_2306255269410613_7065329177397821440_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="577" data-original-width="600" height="614" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVEWFQbl8kpGGQItsBHbr7i3px3BVtyNZpq476yc8RfdWVjVuXxfnqO3XpZEguBz_bx9F47XaIW6FBpGzJTCYrwNwd7pmuxsLOBQcZ6ooj5HzOrP2oeqiTq5CAwUYRC-_U6jgScMjobMU/s640/68392328_2306255269410613_7065329177397821440_n.jpg" width="640" /></a></div>
<span style="color: #222222; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span>
<span style="color: #222222; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2187791068596331616.post-36534223876295578242018-04-11T09:32:00.001-07:002019-04-26T08:20:55.688-07:00O Prisioneiro de Azkaban - Uma Análise do Filme<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgW1biwaYQIdAFsVJsyhsAQK1_G_EVBHSf5OGMqTdIqouRH0ANzT3qdqcHq8ON6Wd-UChcTCn6q6hOGv4MoFZW4EzOohT3_oLA6-TL_xcKr-R7m_Xsy1D47h0ZxYVna_5mESZW6qXXGTKKX/s1600/173920140528-uau-posters-filmes-harry-potter-3-e-o-prisioneiro-de-azkaban.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="333" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgW1biwaYQIdAFsVJsyhsAQK1_G_EVBHSf5OGMqTdIqouRH0ANzT3qdqcHq8ON6Wd-UChcTCn6q6hOGv4MoFZW4EzOohT3_oLA6-TL_xcKr-R7m_Xsy1D47h0ZxYVna_5mESZW6qXXGTKKX/s400/173920140528-uau-posters-filmes-harry-potter-3-e-o-prisioneiro-de-azkaban.jpg" width="265" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
Nas últimas décadas um novo fenômeno surgiu na mídia mundial, se tornando lentamente um sucesso literário para posteriormente se tornar uma febre nos mais diversos meios, desde videogames até sucedidas adaptações cinematográficas. Trata-se da saga do bruxo Harry Potter.<br />
<br />
Criado por Joanne K. Rowling, Harry Potter dá uma roupagem moderna às antigas histórias de magia e feitiçaria. Em linhas gerais, a saga de Potter (que ainda não foi finalizada, pois foram publicados cinco livros de um total de sete pretendidos) pode ser resumida da seguinte forma: Harry Potter é um jovem mago que teve os pais assassinados pelo maligno bruxo Voldemort (ou Aquele-que-não-deve-ser-nomeado), sendo que apenas Harry escapou do ataque, com uma cicatriz em forma de raio na testa. Criado pelos tios trouxas (pessoas que não possuem magia), Harry só foi descobrir que era bruxo aos 11 anos quando recebeu uma carta para se matricular na Escola de Bruxaria e Magia de Hogwarts. Lá ele se torna amigo de Ron Weasley (aprendiz de bruxo, filho de bruxos) e Hermione Granger (aprendiz de bruxa, filha de trouxas). Também entra em contado com o guardião das chaves da escola, Hagrid, um meio gigante, com o diretor da escola, Albus Dumbledore, considerado um dos maiores magos da atualidade, e com a professora Minerva, que se tornam uma espécie de protetores, tutores e conselheiros de Harry. Outro personagem de destaque é o Professor de Poções, Severus Snape, que nutre uma antipatia pelo jovem mago. A cada ano que passa, Voldemort tenta recuperar seu poder e sua forma física (já que esta foi destruída quando tentou matar Harry, quando este ainda era um bebê), tentando simultaneamente assassinar Potter. A cada novo embate, Harry torna-se mais forte mais consciente de suas capacidades e menos dependente de seus protetores. <br />
<br />
Em 2001, o primeiro livro da série, <i>Harry Potter e a Pedra Filosofal</i>, transformou-se em filme, sendo dirigido por Chris Columbus (<i>Esqueceram de mim, Nove Meses</i>). A ele se seguiu Harry Potter e a Câmara Secreta (2002), também dirigido por Columbus. <br />
<br />
Entretanto, não nos interessa no presente trabalho tratarmos dessas adaptações. Nosso foco de análise é <i>Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (Harry Potter and the Prisioner of Azkaban</i>, EUA/Inglaterra, 2004), terceiro filme da série protagonizada pelo bruxo adolescente. <br />
<br />
Dirigido pelo mexicano Alfonso Cuarón (<i>A Princesinha, E sua mãe também</i>), em <i>O Prisioneiro de Azkaban</i>, Harry (Daniel Radcliffe) está entrando no terceiro ano letivo de Hogwarts. E como já se espera, algum novo perigo vai rondar a vida do bruxo adolescente. O nome dessa provável ameaça é Sirius Black (Gary Oldman), fugitivo de Azkaban, suposto seguidor de Voldemort, condenado pelo seu envolvimento na morte dos pais de Potter. Para impedir a entrada de Black na escola, são destacados os tenebrosos guardas de Azkaban, criaturas mágicas conhecidas como dementadores. Mas esses guardas, na realidade, são muito mais perigosos que o fugitivo. São criaturas vis e cruéis, que sugam toda a felicidade das pessoas, deixando-as apenas com lembranças infelizes, e, por fim, roubando-lhes a vida. Outras personagens importantes são introduzidas na história, como o professor de Defesa contra as Artes das Trevas, Remus Lupin (David Thewlis), que também era amigo dos falecidos pais de Harry, o hipogrifo Bicuço (um ser mágico que é parte cavalo, parte águia) e a professora de Adivinhações, Sibila Trelawney (Emma Thompson). <br />
<br />
Alguns aspectos gerais podem, inicialmente, ser apontados na construção do filme. Podemos perceber que os realizadores da película buscam, mesmo em um mundo mergulhado na magia, mostrar certo realismo e naturalismo. O diretor prefere tomadas externas a aquelas feitas em estúdio, coloca os personagens usando roupas comuns além dos uniformes de bruxos, usa os efeitos especiais de forma sutil como parte da cena e não como foco principal. As personagens caminham de um cenário ao outro da escola sem muitos cortes, nos dando uma mostra de como o castelo é e deixando a escola de magia e bruxaria de Hogwarts muito próxima de uma escola real. Alunos podem ser vistos estudando ou conversando em seus corredores. E aquelas atitudes típicas de estudantes também são observadas no decorrer de todo o filme (como passar bilhetinhos entre colegas, ou o empurra-empurra em uma fila). Enfim, vê-se, no filme, um mundo bruxo extremamente plausível, tal qual ele provavelmente seria se fosse real. <br />
<br />
Também são dignas de nota as diversas referências que Cuarón utilizou para construir sua visão do mundo criado por J. K. Rowling. O universo potteriano de Cuarón não é um mundo de fantasia cor-de-rosa e belo, existe algo macabro mesmo nas situações mais comuns (como a cabeça-encolhida que auxilia o motorista do Noitebus, o ônibus utilizado pelos bruxos como meio de transporte). È um mundo de tonalidades acinzentadas em que nem tudo é o que parece. A inspiração no estilo do Expressionismo Alemão e um pouco menos nos filmes de terror dos anos 30 da Universal também é notável. Como no Expressionismo, o filme apresenta cenários íngremes e angulosos, refletindo o conflito e a tensão que existe no ar. A Escola de Hogwarts deste filme é toda constituída de sombras, aclives e declives. Como se tudo lembrasse que "algo sinistro está se aproximando". Também alguns recursos de passagem de cenas (o "olho da lente" se alargando ou diminuindo) é típico desse movimento cinematográfico. Ainda sobre essa influência, não podemos deixar de destacar a figura do dono da estalagem bruxa <i>O Caldeirão Furado</i>, que recebe Harry em seu estabelecimento após a viagem de Potter no Noitebus, encaminhando-o até o ministro da Magia, Cornelius Fudge. Tal personagem lembra fisicamente uma mistura do vampiro Nosferatu, protagonista do filme de mesmo nome e um dos marcos do Expressionismo alemão dirigido, em 1922, por F.W. Murnau, com o assistente corcunda do Dr. Frankenstein do clássico filme de James Whale, de 1931. <br />
<br />
Outra referência cinematográfica explícita no filme diz respeito à cena na qual Harry voa pela primeira vez nas costas de Bicuço. Tal seqüência nos remete diretamente a cena em que o jovem herói Atreyu voa nas costas do Dragão Falkor, no filme <i>A História Sem Fim</i>, importante filme de fantasia realizado durante a década de 80. <br />
<br />
<center>
</center>
Como o filme se passa durante o decorrer de todo um ano letivo de Hogwarts (que vai de setembro até junho), é preciso destacar a mudança das estações e passagem de tempo. As soluções encontradas para demonstrar essa passagem de tempo são bastante interessantes e em momento algum forçadas. A primeira, que indica a passagem do verão para o outono, mostra uma folha caindo no chão, depois destaca a árvore conhecida como Salgueiro Lutador sacudindo todas as suas folhas amarelas no chão. Além de ser um recurso divertido, também dá certo destaque prévio a essa árvore, que posteriormente terá um papel importante na história, pois abaixo dela se encontra a entrada para o esconderijo de Sirius Black. A passagem do outono para o inverno também é bastante criativa. No fim de uma seqüência na qual Harry e Lupin conversam na floresta, Lupin promete dar aulas particulares para Harry, e, assim, ensinar um feitiço que poderá afastar os dementadores. Mas diz que só poderá fazer isso depois dos feriados (de Natal e Ano Novo). Ainda estamos no outono. Ao fim dessa conversa, Harry solta sua coruja, Edwiges, que voa pelos terrenos da escola. A seqüência do vôo começa no outono, e, sem cortes, termina com a escola já completamente coberta de neve no inverno. No fim desta, vemos Harry, atrás do grande relógio da escola. Tal seqüência não indica apenas a passagem de tempo no que diz respeito às estações do ano, mas também está diretamente ligada ao diálogo anterior entre Harry e Lupin, pois com a chegada do inverno e, consequentemente, dos feriados, é hora também de o professor cumprir sua promessa.<br />
<br />
Sobre os dementadores, eles são destacados como a grande ameaça a Harry Potter durante todos o filme. Algumas cenas-chave são utilizadas para reforçar a idéia de ameaça e terror que envolvem tais seres antes do confronto final entre o jovem bruxo e as cruéis criaturas.
Na seqüência em que os monstros surgem pela primeira vez, Harry, Hermione (Emma Watson) e Ron (Rupert Grint) estão dentro do Expresso Hogwarts, o trem que leva os alunos até a escola. Junto com eles está, aparentemente adormecido, o prof. Lupin. A viagem transcorre normalmente, quando, repentinamente o trem pára. Ron insinua que talvez seja para que alguém possa embarcar. As luzes da cabine começam a falhar. Mostra-se o cenário externo. Chove torrencialmente e o trem se encontra em cima de uma ponte bastante alta, embaixo dela, um precipício. Tais elementos ajudam a criar um clima de terror e ansiedade sobre o que está por vir, afinal, que tipo de criatura iria embarcar em um trem no meio do nada, em um trem em cima de uma ponte? Sem falar, é claro, que estando o trem suspenso, caso algo terrível se aproximasse dele, como realmente ocorreu, não haveria lugar para o qual seus ocupantes pudessem efetivamente correr ou fugir. Eles estavam completamente encurralados. Aumentando a sensação de horror na platéia. <br />
<br />
Os dementadores, como nos é explicado depois por uma das personagens, são criaturas mágicas que sugam a felicidade e a vida de todos a sua volta. Em um livro, é relativamente fácil descrever como esse processo transcorre, bastando apenas narrar como se sentem as personagens quando os monstros se aproximam. Mas como transpor isso para imagens? A solução para tal problema no filme foi bastante eficiente. Dentro da cabine onde Harry e os amigos estão, uma garrafa d’água é discretamente mostrada. A partir da aproximação dos dementadores, o ambiente muda. Quando os personagens falam o vapor d’água que está no ar se condensa, algo que ocorre quando está muito frio, o mesmo ocorrendo na janela, que fica embaçada por dentro e começa a ter as gotas de chuva que caem nela pelo lado de fora congeladas. A garrafa d’água é novamente destacada e seu conteúdo torna-se gelo por completo. Após isso acontecer, a porta da cabine é aberta pelos dementadores. Apenas as mãos deles são mostradas no inicio, criando certo terror pelo que está por trás daqueles dedos longos e pegajosos. Daí, os monstros são expulsos pelo professor Lupin e tudo volta ao normal. <br />
<br />
O que os realizadores do filme fazem é criar uma associação entre algo físico (o frio do ambiente) com algo emocional (a depressão causada pelos monstros). O frio e o gelo roubam a vida da natureza (ainda que momentaneamente) assim como os dementadores roubam a felicidade e a vida de suas vítimas. Em outra seqüência do filme essa associação é ainda mais explícita. Os dementadores sobrevoam as margens do lago da escola. As flores que se encontram nessas margens são enquadradas. A medida que os dementadores se aproximam, as flores, antes viçosas e belas, se congelam, se tornando cinzentas e mortas. <br />
<br />
Outra cena que reforça o horror que os dementadores são é aquela na qual Harry e seus colegas de dormitório, logo depois do banquete de boas vindas, estão no seu quarto, brincando e rindo. A felicidade ali mostrada é colocada em contraste com a horda de dementadores, mostrados do lado de fora do castelo, debaixo da chuva, voando e observando a janela do quarto onde Harry está. Os monstros lembram predadores observando de longe a sua presa. Também o modo como as vestes negras do dementadores ondulam durante o seu vôo reforça o aspecto fantasmagórico e ameaçador desses seres. <br />
<br />
Novamente, na cena em que Harry está jogando quadribol (um esporte bruxo), a ameaça dos dementadores é assinalada. Chove quase tanto quanto na cena em que ele encontrou as criaturas pela primeira vez. Voando em sua vassoura, o bruxo observa uma nuvem, um pouco mais escura que as demais. De repente, esta toma a forma de um cachorro, que nos lembra o Sinistro, um negro cão sobrenatural citado pela professora Sibila e que é o anúncio da proximidade da morte. Logo em seguida, os dementadores, personificando essa morte anunciada, atacam Harry. Seu vôo em direção ao bruxo lembra novamente o comportamento de um predador, de uma ave de rapina, atacando sua presa. <br />
<br />
Após uma observação mais atenta, é possível perceber que existem dois elementos fundamentais permeando todo o filme: o tempo e a circularidade dos fatos. <br />
<br />
A história de <i>O Prisioneiro de Azkaban</i> não é apenas a história de Harry, mas é também a história de Sirius Black, dos pais de Harry e demais amigos deles. É o passado que retorna para se resolver e se esclarecer no presente, fechando um ciclo da história e abrindo um novo. <br />
<br />
As referências ao tempo são colocadas sutilmente, porém insistentemente, em todo o filme: o pêndulo do grande relógio da escola, que balança logo atrás de Potter em uma cena, o próprio Harry olhando a vida através do mesmo grande relógio, cujas engrenagens giram constantemente, os planetários da sala do Professor Lupin, também girando em movimentos de rotação e translação. <br />
<br />
Se não bastasse todos esses elementos para reforçarem o tema do tempo e da circularidade em todo o filme, existe ainda a questão da viagem do tempo na história. <br />
<br />
Harry descobre que Sirius, que também é seu padrinho, na verdade é inocente e nunca traiu seus pais. O traidor era Peter Pettigrew (Timothy Spall), também amigo de James e Lily Potter, que fingiu a própria morte para incriminar Black e, disfarçado de rato, se tornou o bichinho de estimação de Ron Weasley, melhor amigo de Harry. <br />
<br />
Após uma determinada série de eventos, Pettigrew foge e Sirius é capturado. Sabendo agora da verdade, Harry e Hermione voltam no tempo usando um artefato chamado Vira-Tempo para salvar a vida de Sirius e também a do hipogrifo Bicuço, que fora condenado à morte, por ter atacado um aluno. Embora a culpa não tenha sido do animal. <br />
<br />
A seqüência que mostra Harry e Hermione saindo da ala hospitalar quando voltam no tempo é praticamente idêntica à cena que mostra o retorno deles à ala, embora o caminho de ida seja oposto ao caminho de volta. Os dois saem da enfermaria. A câmera não segue os dois, pois o que importa não é o caminho que eles vão fazer para realizar seu intuito, mas o tempo que está passando para realizá-lo. A câmera passa por dentro das engrenagens do grande relógio da escola, reforçando a idéia tanto da volta ao passado, quando a questão do tempo que está novamente correndo e de que é preciso se apressar para salvar Sirius. Na volta deles até a enfermaria, depois de realizarem o resgate, novamente não é mostrado o percurso até a ala hospitalar, e sim, as engrenagens do relógio. O tempo continua passando e apesar de terem salvo Sirius, Harry e Mione não podem relaxar, pois terão grandes problemas, agora que voltaram ao presente, caso alguém descubra que foram eles que soltaram o padrinho de Harry.
Outro recurso bastante eficaz para reforçar a questão temporal, assim como a tensão e a urgência na missão de Harry e Hermione, é o constante tic-tac na trilha sonora logo imediatamente após eles retornarem ao passado. Sutil, mas irritantemente presente: todos estão esperando algo acontecer, algo que está prestes a ocorrer e que demarca o tempo contado e escasso em que eles devem realizar seu intuito. <br />
<br />
Outras duas seqüências podem ser apontadas como fundamentais para o tema do tempo e da circularidade. Embora ambas as seqüências sejam exatamente sobre o mesmo acontecimento: o ataque dos dementadores a Harry e Sirius. Na primeira cena, Harry e Sirius estão na beira do lago. Sirius está ferido. Os dementadores se aproximam, descem em espiral em direção de suas vítimas (novamente a circularidade presente), lembrando também mais uma vez aves de rapina prestes a atacar. Harry tenta espantá-los usando o patrono, o único feitiço capaz de afugentar os monstros. Mas não consegue. Quando tudo está perdido, um patrono bastante poderoso é emitido por alguém na outra borda do lago. Harry acredita que seja seu pai, com quem ele se parece bastante. O pai (passado) teria voltado para salvar o filho (presente). <br />
<br />
Na outra seqüência, Harry, juntamente com Hermione, vê Sirius e ele quase sendo mortos pelos dementadores. E espera que o pai surja para salvá-los. È aí que ele percebe que quem o salvou fora ele próprio, e acaba conseguindo conjurar o patrono. A sensação que se tem, a partir dessa seqüência, é que o passado não importa mais. O ciclo anterior foi fechado, os mistérios solucionados e o que realmente interessa é o que vai acontecer de agora em diante.
Para finalizar, devemos também assinalar a forma como é construída no filme uma forte ligação entre Harry e Sirius depois que descobrimos a verdade sobre sua inocência. De ameaça, o padrinho de Harry se torna uma figura paterna substituta aos falecidos pais do menino. Isso se dá através de cenas bem colocadas, como a que Sirius convida Harry para morar com ele, ou aquela na qual eles conversam rapidamente sobre os pais de Harry, ou a que Sirius, em sua forma canina, defende o afilhado e os amigos da ameaça do Professor Lupin, que se transformara em lobisomem e não tem mais controle sobre seus atos, só para citar alguns exemplos. Mas, essa aproximação também se dá de uma forma bastante sutil em algumas seqüências. Por exemplo, quando estão sendo atacados pelos dementadores na beira do lago, Harry e Sirius desmaiam um ao lado do outro e são mostrados no chão, deitados exatamente na mesma posição. Quase como iguais, mas não exatamente idênticos, pois a cabeça de Harry está na ponta em que estão os pés de Sirius. Ainda, quando vemos Sirius pela última vez no filme, ele é visto voando nos céus de Hogwarts, nas costas de Bicuço. É noite. Na última cena de Harry no filme, ele também é visto voando. O hipogrifo é substituído por uma vassoura voadora, presente do padrinho. É dia. Existe aí uma simultânea aproximação entre os dois, mas também uma diferenciação entre eles. Sirius e Harry estão ligados por forte laços, mas não são a mesma pessoa, nem compartilham o mesmo destino. Um precisou partir, fugir, enquanto o outro, precisou permanecer na escola. Contudo, ainda assim, ambos estão intensamente ligados por laços praticamente familiares. <br />
<br />
<center>
**********<br /><br />
<span style="font-size: x-small;"><b>Nota da Autora:</b></span></center>
<br />
Este trabalho foi feito como trabalho de conclusão de uma curso de cinema que eu fiz em 2004 ou 2005<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2187791068596331616.post-34396592200194044392017-11-07T10:30:00.000-08:002017-11-07T10:30:24.347-08:00Speed Racer (O Filme)- Resenha<br />
<h4 style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;">
<center>
<a href="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/speedracerposter.jpg" style="color: #333333; text-align: justify; text-decoration: initial;" target="_blank"><img align="left" src="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/th_speedracerposter.jpg" height="200" style="border: 0px;" width="137" /></a></center>
</h4>
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">Confesso que me bateu um certo desânimo em assistir a Speed Racer. A principal razão era saber que Andy e Larry Wachowski eram os responsáveis pelo roteiro e pela direção do filme. Embora eu tenha gostado muito do primeiro Matrix e goste de algumas coisas de Animatrix, me decepcionei em demasia com Matrix Reload e Matrix Revolutions. Desse modo, encarei a adaptação do anime com o pé atrás. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">Embora eles tenham produzido e roteirizado V de Vingança, Speed Racer é o primeiro filme que dirigem desde a trilogia de Matrix. (E, antes que me perguntem, eu ainda não vi V de Vingança, em parte por falta de tempo, outra por falta de coragem, mas agora, pretendo me arriscar). </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">Para a minha grande surpresa, eu gostei do filme. Minhas expectativas não eram das melhores, mas, me vi realmente apreciando o filme. O começo derrapa, mas depois, a marcha engrena e o filme acelera. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">A história mantém o cerne básico do anime: Speed Racer (Emile Hirsch) é um jovem e promissor corredor cujo irmão mais velho, Rex, depois de brigar com o pai (John Goodman), morre em um acidente de carro. Depois do ocorrido, Speed, cujo talento nato para a corrida se revela desde criança, decide se tornar o melhor piloto do mundo, tanto para honrar o irmão falecido, quanto para trazer orgulho à sua família. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">Assim como na versão animada, o ponto de apoio de Speed é sua família, que também vem a ser a sua equipe. A Racer Motors é a empresa familiar independente que se vê diante das mega-coorporações que dominam - de forma por vezes inescrupulosas - o mundo das corridas. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">Segundo um amigo, esse tema (a estrutura familiar x grande capital e o valor do empreendimento do homem comum diante da ganância desmedida) é recorrente no cinema americano desde os anos 30 e 40, especialmente no trabalho do diretor americano Frank Capra. Coincidência ou não, essa temática esteve em alta justamente nos anos da Grande Depressão, e, atualmente, os Estados Unidos se vêem diante de uma forte recessão. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">Elucubrações a parte, essa oposição é reforçada de maneira inteligente, embora, para o espectador mais atento, seja relativamente óbvia, em uma seqüência que alternam as imagens da festa da mega empresa "inimiga" de Speed e sua família com imagens da Mamãe Racer (Susan Sarandon) preparando sanduíches de geléia e pasta de amendoim para a família, enquanto estes trabalham na oficina. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">Portanto, o primeiro grande acerto dos Wachowski foi perceber que a base da história de Speed está principalmente em sua família. Com isso, escolheram o elenco a dedo, sendo felizes nas suas decisões. Os atores que vivem Pops (John Goodman) e Mamãe Racer (Susan Sarandon), Gorducho (Paulie Litt) - o irmão caçula de Speed, o mecânico-quase família Sparky (Kick Gurry), e Trixie, a namorada do piloto, Trixie (Christina Ricci) não ficaram apenas idênticos visualmente aos personagens do desenhos, mas conseguiram encarná-los por completo. Emile Hirsch também se sai bem como Speed, equilibrando o idealismo e a audácia que são as características mais marcantes do herói. Mesmo Matthew Fox , como o misterioso Corredor X, se saí bem, embora, ás vezes seja difícil esquecer que ele é o "certinho" Jack Shephard da série Lost. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">O segundo grande acerto foram permitir Speed Racer ser exatamente o que ele é: uma produção pop, uma história simples, sem reflexões filosóficas herméticas e dramas pseudo-existencialistas que não caberiam naquele contexto. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">Speed Racer é pop até o último parafuso do Mach 5. Eles deixam claro nas cores, nos objetos cênicos, no figurinos e penteados - que misturam um clima nostálgico dos anos 60 (quando foi produzido originalmente o anime) com um ar de "futuro" (embora seja um que lembra muito os filmes de ficção dos anos 60). </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">As cores sem muita gradações, estouradas em alguns momentos, os vilões caricatos (como também eram no desenho), entre outras coisas, dão um ar cartoonesco ao filme, o que invariavelmente acaba nos remetendo a outra adaptação, inspirada nos quadrinhos, Dick Tracy (1990). </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">Contudo, essas mesmas cores acabam prejudicando o filme, especialmente o seu início. O filme é "colorido demais", o que às vezes o torna cansativo e faz com que o espectador perca, no meio daquele emaranhado de estímulos, os detalhes que realmente importam. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">Como disse, prejudica especialmente seu início por se este ser enfocado principalmente na família de Speed e no passado deste, onde a atuação dos atores pede mais destaque que o cenário à sua volta. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">Essas seqüências pediam uma direção de arte mais enxuta, não apenas pela questão supramencionada das atuações, mas também por perderem uma grande oportunidade de utilizar esse recurso sinestésico como mote amplificador das emoções que demandam as cenas de corrida. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">Falando nas cenas de corrida, elas empolgam. Embora eu não conseguisse parar de pensar que as pistas lembravam versões colossais das pistas de hot wheels (aliás, se eu não me engano, já tem realmente versões hot wheels das pistas do filme sendo vendidas). </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">Paradoxalmente, a corrida mais empolgante - ou pelo menos a que faz o filme realmente engrenar - é aquela que mais se aproxima das corridas originais do anime: a do rally através do deserto e das montanhas. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">O filme se estende em demasia em algumas seqüências, acerta em outras - a seqüência de abertura mostrando Speed se preparando para uma corrida, batendo o pé de ansiedade, cortando para o Speed menino, também batendo pé me contigüidade visual, criando uma ligação forte entre aqueles dois momentos da vida do personagem é um exemplo desses acertos. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">Outro ponto a se destacar é a forma como a trilha sonora original do anime foi inserida de forma discreta, porém marcante durante todo o filme. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">Não acredito que essa adaptação vá se tornar um clássico do cinema como o anime no qual se baseou se tornou na história da televisão, contudo, o filme cumpre a que veio de forma competente. Enfim, entre feridos, carros capotados e explosões, acho que Speed Racer (o filme) conseguiu cruzar bem a linha de chegada. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<b style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;">Speed Racer</b><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;"> </span><br />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">EUA , 2008 - 129 min </span><br />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">Aventura / Ação / Infantil </span><br />
<br />
<br />
<li style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px;">Direção: Andy Wachowski e Larry Wachowski </li>
<li style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px;">Roteiro: Andy Wachowski e Larry Wachowski<br />Elenco: Emile Hirsch, Matthew Fox, Christina Ricci, Paulie Litt, John Goodman, Susan Sarandon, Kick Gurry, Roger Allam.<br /><b>Nota: 3 em 5</b><center>
<b>Galeria de Imagens </b><br /><br /><a href="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/speedracerfotoSR-TRL1-1255.jpg" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" target="_blank"><img border="0" src="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/th_speedracerfotoSR-TRL1-1255.jpg" style="border: 0px;" /></a> <a href="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/speedracerfotoSR-FILM-LAT-70103.jpg" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" target="_blank"><img border="0" src="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/th_speedracerfotoSR-FILM-LAT-70103.jpg" style="border: 0px;" /></a> <a href="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/speedracerfotoSR-FILM-LAT-8987.jpg" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" target="_blank"><img border="0" src="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/th_speedracerfotoSR-FILM-LAT-8987.jpg" style="border: 0px;" /></a> <a href="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/speedracerfotoSR-FILM-05-1067.jpg" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" target="_blank"><img border="0" src="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/th_speedracerfotoSR-FILM-05-1067.jpg" style="border: 0px;" /></a> <a href="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/speedracerfotoSRTRL12681.jpg" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" target="_blank"><img border="0" src="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/th_speedracerfotoSRTRL12681.jpg" style="border: 0px;" /></a> <a href="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/speedracerfotoSRTRL12400.jpg" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" target="_blank"><img border="0" src="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/th_speedracerfotoSRTRL12400.jpg" style="border: 0px;" /></a> <a href="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/speedracerfotoSRTRL12235.jpg" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" target="_blank"><img border="0" src="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/th_speedracerfotoSRTRL12235.jpg" style="border: 0px;" /></a> <a href="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/speedracerfotoSRTRL11656.jpg" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" target="_blank"><img border="0" src="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/th_speedracerfotoSRTRL11656.jpg" style="border: 0px;" /></a> <a href="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/speedracerfotoSRTRL11370.jpg" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" target="_blank"><img border="0" src="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/th_speedracerfotoSRTRL11370.jpg" style="border: 0px;" /></a><br /><br /><a href="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/20080402-SR_Banner_Trixie.jpg" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" target="_blank"><img border="0" src="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/th_20080402-SR_Banner_Trixie.jpg" style="border: 0px;" /></a> <a href="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/20080402-SR_Banner_Speed.jpg" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" target="_blank"><img border="0" src="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/th_20080402-SR_Banner_Speed.jpg" style="border: 0px;" /></a> <a href="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/20080402-SR_Banner_RacerX.jpg" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" target="_blank"><img border="0" src="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/th_20080402-SR_Banner_RacerX.jpg" style="border: 0px;" /></a> </center>
</li>
Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2187791068596331616.post-43007688647727833942017-11-02T12:36:00.000-07:002017-11-02T12:36:03.956-07:00Um pouquinho do Japão...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmy4Gtas_7mRc5YXLD6UFynpFedBVpwS4dkGey11PHl5i28qiQwa8Mf-NwCfOwmGLm4Bb6Ol18mlv-9uYH1BumRrI1h0URphCzgjJWdGXIkbU7Uvtg7W9mAQYH-2eM2Ku7AdXLH0LEBROw/s1600/O-Catador-de-Batatas-e-o-Filho-da-Costureira-thumb.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="354" data-original-width="740" height="306" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmy4Gtas_7mRc5YXLD6UFynpFedBVpwS4dkGey11PHl5i28qiQwa8Mf-NwCfOwmGLm4Bb6Ol18mlv-9uYH1BumRrI1h0URphCzgjJWdGXIkbU7Uvtg7W9mAQYH-2eM2Ku7AdXLH0LEBROw/s640/O-Catador-de-Batatas-e-o-Filho-da-Costureira-thumb.png" width="640" /></a></div>
<br />
<h4 style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;">
<center>
</center>
</h4>
<b style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">O Catador de Batatas e o Filho da Costureira ou O Filho da Costureira e o Catador de Batatas.</b><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">L</span><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">a</span></span><span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">nçado pela JBC para comemorar os 100 anos da Imigração Japonesa e realizado pelo desenhista Bruno D’Angelo e pelo roteirista Ricardo Giassetti, “O Catador de Batatas e o Filho da Costureira ou O Filho da Costureira e o Catador de Batatas”.</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">conta a história de Ikemoto, um imigrante japonês, e Isidoro, um descendente de escravos:</span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;"><b>O Catador de Batatas</b><br />IKEMOTO está em fuga de seu próprio passado. Sua família e toda a classe samurai se viu esquecida após a Reforma Meiji. Sem posses e sem futuro, Ikemoto vê o Brasil como um refúgio distante para curar as mágoas de seu passado. Veterano da guerra russo-japonesa (1904-05), foi prisioneiro de guerra no navio Kazan, agora de posse da frota japonesa sob o nome Kasato Maru.<br /><br /><b>O Filho da Costureira</b><br />ISIDORO não conheceu nem sua mãe nem seu pai. Foi criado por Dona Nâna, costureira de grande coração que acolhe crianças rejeitadas. Vivendo como colonos em uma fazenda de café, Isidoro destaca-se como um garoto esforçado e inteligente, o que o faz ser uma figura deslocada nesse ambiente rústico. Sem muitas perspectivas devido ao preconceito racial, Isidoro e Ikemoto acabam unindo forças e compartilhando problemas que os encaminham para um destino comum: a fuga para uma nova vida, com novos desafios e conquist<span style="background-color: white;">as. </span></i><span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">(extraído do site da JBC)</span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<center style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://farm4.static.flickr.com/3237/2760719234_3fdf1a12e6.jpg?v=0" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://farm4.static.flickr.com/3237/2760719234_3fdf1a12e6.jpg?v=0" data-original-height="380" data-original-width="500" height="303" width="400" /></a></div>
</center>
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">A idéia da revista é sensacional. O título duplo é justificável porque na realidade são duas revistas em uma. Lendo-se da esquerda para a direita (o modo ocidental de se ler) vemos os fatos da perspectiva de Isidoro com os textos em português e legendas em japonês no rodapé; da direita para esquerda, a história de Ikemoto é contada no modo oriental de se ler, em japonês com notas em português.</span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"><br /></span>
<span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">As duas histórias convergem para um único final que se encontra no meio da revista, o que parece intencionalmente ser uma metáfora para os encontros das histórias e culturas que tornaram o Brasil o que ele é.</span></span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Contudo, apesar da premissa criativa e interessante, o resultado final é um pouco desanimador. </span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Para começar, o resumo do site da JBC que eu coloquei aqui explica muito mais a história que o texto original. Quando nós lemos as trajetórias de Isidoro e Ikemoto, muitos fatos ficam obscuros ou são pouco explicados e explicitados. Muitas vezes me peguei perguntado sobre o que exatamente aconteceu, como se imensas lacunas tivessem sido deixadas no decorrer da narrativa.</span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Na realidade, essas lacunas realmente existem, vários fatos são mencionados porém não mostrados, como o modo pelo qual Ikemoto ajudou uma família de imigrantes com o racionamento de alguns alimentos (eu acho...). Aliás, não se sabe porque o menino da família auxiliada por Ikemoto deduz que o ex-militar era um catador de batatas, apesar de nunca ter sido um.</span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<center style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px;">
</center>
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">A suposta amizade entre Isidoro e Ikemoto é mal desenvolvida, e não se entende porque no fim das contas eles decidem se juntar e partir juntos do povoado que habitam. Parece algo completamente “deus ex machina” a amizade e aliança formada entre os dois.</span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Os desenhos deixam um pouco a desejar, muitas das cenas parecem esboços de croqui, se tornando tão confusos quanto a história.</span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Uma pena, pois os personagens são potencialmente interessantes e a ideia para uma homenagem a dois povos que tanto contribuíram para a formação do Brasil era genial. </span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"><br /></span>
<span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Vale ler apenas como uma curiosidade... lamentando-se que o resultado final fique tão aquém do desejado.</span></span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<b style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Minhas Imagens do Japão</span></b><br />
<b style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><br /></span></b>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEir0UXpmuhiWANDn5xB0pbq7TXGt_FDrNoyXATM2VjPkORsAPcMYkdszjPvEHzhFxGQycZl9dhWy-FJZRyfBFm1FtX2AYjnIY-fj9Xyc2SmUsBzG2hJWhs3ZXZo1W_4jqxCKsmToWzb1VaV/s1600/Minhas-Imagens-do-Japao-148337.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1000" data-original-width="1000" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEir0UXpmuhiWANDn5xB0pbq7TXGt_FDrNoyXATM2VjPkORsAPcMYkdszjPvEHzhFxGQycZl9dhWy-FJZRyfBFm1FtX2AYjnIY-fj9Xyc2SmUsBzG2hJWhs3ZXZo1W_4jqxCKsmToWzb1VaV/s400/Minhas-Imagens-do-Japao-148337.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Em compensação, a editora CosacNaify publicou um tempo atrás </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Minhas imagens do Japão</i><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, com texto e ilustrações de Etsuko Watanabe, traduzido por Cássia Silveira.</span></span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"><br /></span>
<span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">A autora traz aos leitores o dia a dia da pequena Yumi e de seu irmão caçula Takeshi em seu dia a dia no Japão.</span></span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Ela descreve todo o dia a dia daquelas crianças, a casa, o quarto de dormir, os apetrechos para se ir na escola, as refeições, a comida, a higiene pessoal, até mesmo o banho público. Assim como os festivais anuais e as tradições...</span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Tudo de um modo tão suave, inocente e natural que é nos é impossível não adentrarmos naquela cultura com olhos de aceitação, curiosidade e interesse.</span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8zmksIIMY6FRhtjPaljcAvkDMeRB83LMjHBzuFJpp5SvyUZrc30z49qT3tfmiTnpa-NSTZ05HkFHK1C5fMAwpvxNw0dgwGTwqqUHkUs21WrLvLjlbFmR0hc6EI4raNJcn3xlM2PoX-Ppr/s1600/P1050632.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8zmksIIMY6FRhtjPaljcAvkDMeRB83LMjHBzuFJpp5SvyUZrc30z49qT3tfmiTnpa-NSTZ05HkFHK1C5fMAwpvxNw0dgwGTwqqUHkUs21WrLvLjlbFmR0hc6EI4raNJcn3xlM2PoX-Ppr/s640/P1050632.jpg" width="640" /></a></div>
<center style="font-family: 'book antiqua';">
<br /></center>
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Sei que usualmente não gosto de fazer isso, preferindo escrever minhas próprias observações, mas, encontrei uma resenha tão perfeita sobre esse livro que achei válido reproduzi-la aqui:</span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">“Mais que uma crônica da vida urbana no Japão contemporâneo, esse livrinho guarda a chave para compreendermos um fato muitas vezes esquecido: que, apesar das diferenças, somos todos, essencialmente, seres humanos. Não é pouco. </span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Quando os meios de comunicação e a Internet nos bombardeiam com toneladas de informações superficiais ou inúteis - em que podemos vislumbrar, quase sempre, generalizações injustas e perigosas -, as diferenças culturais passam mais a afastar do que aproximar as pessoas, transformando o outro, o estranho, no rival, no inimigo. </span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Como vive uma menina de sete anos no Japão? Nesse lugar tão longínquo - não apenas em termos geográficos -, o que há de diferente e de semelhante em relação a nós? </span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Para responder a essa pergunta, Etsuko Watanabe nos apresenta o Japão e seu povo: os utensílios do cotidiano, os objetos escolares, a vida em família. E como a mesa é posta, quais as vestimentas do dia-a-dia, algumas brincadeiras - as minúcias, enfim, que constroem uma civilização. Conhecemos também as palavras, com seus sons inesperados, às vezes surpreendentes, donas de uma eufonia para a qual precisamos reeducar nossos ouvidos. </span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">A beleza do estranho nos assalta em inúmeros trechos da obra. A autora, formada pela Musashino Art University e com mais de sete livros infantis publicados, não despreza sequer os aspectos da intimidade. A importância da hora do banho, os vasos sanitários - curiosos e eficazes - e os banhos públicos - uma característica dessa cultura que não submeteu a nudez humana ao arbítrio da absoluta privacidade: todo o engenho do conforto e da higiene de uma civilização está resumido nesse livrinho. </span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">De repente, percebemos que não estamos distantes do Japão dos samurais, e é como se pudéssemos vislumbrar, sob cada gesto - principalmente sob os hábitos e a disciplina escolares -, o código de honra desses antigos guerreiros. </span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Nada é esquecido: das brincadeiras infantis às superstições, à busca da sorte e da ajuda dos deuses; as lendas e os costumes; as crenças pueris do povo e as festas que as materializam, comemorações que são marcos da passagem do tempo, cujas alegrias podem conceder uma nova força à vida banal, fragmentada entre o trabalho e as poucas horas de descanso. </span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Introdução a um mundo diverso do nosso, a obra de Watanabe oferece possibilidades quase infinitas de se trabalhar com as crianças, não só para diverti-las, mas também para mostrar como as diferenças, se quisermos, podem mais unir do que separar as pessoas. Sob o olhar imparcial de uma menina capaz de se encantar com as menores coisas, Minhas imagens do Japão descreve um povo cujas tradições e história engrandecem a espécie humana”. </span><br />
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"><br /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">(por Rodrigo Gurgel – “A beleza do diferente” em <a href="http://educacao.uol.com.br/resenhas/imagens-japao.jhtm" target="_blank">http://educacao.uol.com.br/resenhas/imagens-japao.jhtm</a>)</span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Enfim, apesar de ser um livro infantil, é uma leitura indicada para qualquer que seja a sua idade. </span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2187791068596331616.post-20381917118264904862017-10-26T12:30:00.000-07:002017-10-26T12:30:15.475-07:00Mad Monster Party? (Parte 02)<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">O</span><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> mistério explícito diz respeito à presença de</span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;"> It </i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">(a Coisa) na festa. Nos créditos iniciais, ele é mostrado como um dos protagonistas do filme, mas, não sabemos exatamente quem ou o que seria </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">It. </i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Apenas sabemos o quão perigoso e selvagem </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">It</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> é, fato reiterado nas falas do Barão e de Francesca no decorrer da história, o que acaba criando uma expectativa de que, apesar de não ter sido convidadp para a festa, </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">It</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> vai aparecer.</span><br />
<o:p style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;"></o:p><br />
<div style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; margin: 5pt 0cm; text-align: justify;">
O que, de fato, acontece. Francesca planeja, juntamente com Drácula, matar Felix e se apossar dos segredos de Frankenstein. Entretanto, o conde a trai e se junta ao Monstro e sua companheira. Encurralada e ressentida, Francesca manda um convite para <i>It,</i> que surge na Ilha, nos minutos finais do filme.<o:p></o:p><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/originals/ac/67/ba/ac67bab07cceb9119ba55dbc0cd15e2a.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="529" height="640" src="https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/originals/ac/67/ba/ac67bab07cceb9119ba55dbc0cd15e2a.jpg" width="422" /></a></div>
<br />
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; margin: 5pt 0cm; text-align: center;">
<span style="text-align: justify;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; margin: 5pt 0cm; text-align: justify;">
<i>It</i> é nada mais, nada menos, King Kong, o gorila gigante que apareceu pela primeira vez no filme de 1933, dirigido por <a href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Merian_C._Cooper&action=edit" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" title="Merian C. Cooper"><span style="color: black;">Merian C. Cooper</span></a> e <a href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ernest_B._Schoedsack&action=edit" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" title="Ernest B. Schoedsack"><span style="color: black;">Ernest B. Schoedsack</span></a>. Com a chegada dele à Ilha - que, neste momento, pode também ser inferida como referência à própria Ilha da Caveira, lar original de Kong - não apenas o caos já existente devido a perseguição dos monstros a Felix e Francesca aumenta, como elementos apresentados anteriormente na narrativa ganham sua real função. Kong vê a foto de Francesca e se apaixona pela ruiva, seqüestrando-a; os aeroplanos do Barão são utilizados na reprodução da famosa seqüência em que o gorila é abatido no alto do <i>Empire State</i>, sendo o prédio substituído por uma montanha da ilha.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; margin: 5pt 0cm; text-align: justify;">
Contudo, como dissemos, existe também um segundo mistério no filme, implícito nas entrelinhas e que se faz totalmente claro ao final do filme. A verdadeira natureza de Francesca. Pistas são lançadas no decorrer da história.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; margin: 5pt 0cm; text-align: justify;">
Quando a moça surge pela primeira vez, o Dr. Frankenstein solta a seguinte fala:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; margin-left: 4cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">Vê-la todo dia me dá grande prazer, se eu puder dizer, é uma obra de arte [referindo-se à Francesca, mote que ela própria retoma em diálogo com Felix ao fim do filme, sobre ela ser uma "obra de arte"]<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
<br />
Pouco antes do jantar, quando o Monstro e sua companheira descem pela grande escadaria do castelo em direção ao <i>hall</i> de entrada, o Doutor cochicha com Francesca, que estão ao pé da escada, ao notar a expressão de desagrado da ruiva com a chegada dos dois monstros criados pelo Barão:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; margin-left: 4cm; text-align: justify;">
<span style="line-height: 19px;"><br /></span>
<span style="line-height: 19px;">Lembre-se que somos todos uma família feliz aqui.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
<br />
Tal fala é tomada, inicialmente, como algo metafórico e não literal, entretanto, a revelação final muda completamente seu sentido.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
<br />
Depois de escapar do King Kong, sendo trocada pelo Barão, Francesca foge da ilha, de barco, com Felix. Logo após assistirem à destruição do lugar, ele se vira para ela, dizendo:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; margin-left: 4cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;"><br /></span>
<span style="font-size: 10pt;">(...)Vamos nos casar. E logo haverá o som dos pequeninos Flankens correndo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; margin-left: 4cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 10pt;">Francesca:</span></b><span style="font-size: 10pt;"> Oh, Felix [chora]<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; margin-left: 4cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 10pt;">Felix:</span></b><span style="font-size: 10pt;"> O que foi? O que eu disse? Compraremos uma casa maior. Vou parar de espirar. O que foi?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; margin-left: 4cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 10pt;">Francesca</span></b><span style="font-size: 10pt;">: Nunca poderei me casar com você.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; margin-left: 4cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 10pt;">Felix</span></b><span style="font-size: 10pt;">: Não pode? Não me ama?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; margin-left: 4cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 10pt;">Francesca</span></b><span style="font-size: 10pt;">: Sim, eu amo. Por isso não posso me casar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; margin-left: 4cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 10pt;">Felix</span></b><span style="font-size: 10pt;">: Tenho que lhe dizer algo. Não posso namorar você em selvas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; margin-left: 4cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 10pt;">Francesca</span></b><span style="font-size: 10pt;">: Há uma coisa que eu preciso dizer. Nunca pensou por que eu estava naquela ilha? Não sou um ser humano como você. Fui criada por Frankenstein, depois do Monstro e sua companheira. Fui sua obra-prima. Onde outras mulheres têm um coração, eu tenho uma mola que vai desenrolar. Onde outras mulheres têm pulmões, eu tenho uma bomba que usa baterias e que gasta. Onde outras mulheres têm cotovelos e joelhos, eu tenho juntas metálicas que vão enferrujar e endurecer. Sou uma máquina com centenas de peças que vão acabar de desgastando.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; margin-left: 4cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 10pt;">Felix</span></b><span style="font-size: 10pt;">: Bem, Francesca, nenhum de nós é perfeito... </span><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 10pt;">[</span><i><span style="font-size: 10pt;">Click</span></i><span style="font-size: 10pt;">] Perfeito... [<i>Click</i>] Perfeito... [<i>Click</i>] Perfeito...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
<br />
Deste modo, as pistas sutilmente lançadas no decorrer do filme acabam se encaixando ao descobrirmos que Francesca é uma criação do Barão. Por isso ela se considerava uma herdeira de direito, por isso ela foi apontada como a obra de arte, por isso o Barão a lembra que estão em família. Aqui, também temos outra dupla aproximação entre Felix e Francesca.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
<br />
O verdadeiro nome de Francesca se revela como um nome duplamente fonético como o de Felix: Francesca Frankenstein, quase como uma Lois Lane - namorada e atualmente esposa do Superman, vulgo Clark Kent. Francesca pode ser reduzido para Frankie, que pode ser também diminutivo de Frankenstein, mostrando não ser por acaso esse o nome dela.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
<br />
A segunda aproximação se dá através do estranho <i>click</i> que intercala a fala de Felix, como se ele fosse um robô que emperrou no meio de um procedimento, insinuando-se, que, assim como ela, ele não deve ser humano, mas sim, um construto.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://s3.drafthouse.com/images/made/mmp5_758_426_81_s_c1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="426" data-original-width="758" height="358" src="https://s3.drafthouse.com/images/made/mmp5_758_426_81_s_c1.jpg" width="640" /></a></div>
<span style="text-align: justify;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
A seqüência em questão é praticamente um diálogo do filme <i>Some Like It Hot</i> (EUA,1959), conhecido no Brasil como <i>Quanto mais quente melhor. </i>No filme original, roteirizado (em parceria com I.A.L. Diamond ), dirigido e produzido por Billy Wilder, Jerry/Daphne (Jack Lemon) tenta contar ao milionário Osgood Fielding III (Joe E. Brown), com quem se envolveu, que na verdade é um homem, enquanto estão ambos também fugindo em um barco, mas de mafiosos. Osgood apenas retruca:<i>Ninguém é perfeito</i>!<br />
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
<br />
Entretanto, apesar de ser a mais explícita, essa não é a única relação que se pode fazer entre a obra de Wilder e o filme <i>Mad Monster Party?.</i> Wilder era bastante conhecido por seus diálogos inteligentes, carregados de duplos sentidos, e que poderiam ser interpretados em diferentes níveis.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
Muitas dos diálogos de <i>Mad Monster Party?</i> são construídos de modo a darem aos espectadores a oportunidade de encontrarem nele um significado a mais, sem necessariamente fazer com quem não compreendeu esse sentido extra perca o desenrolar da trama.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
<br />
As melhores falas, sem dúvida, são ditas pelo espirituoso e, por vezes, sarcástico Conde Drácula. Abaixo, segue uma dos diálogos travados pelo vampiro. Na seqüência em questão, ele tenta seduzir Francesca, logo após o jantar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; margin-left: 4cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 10pt;"><br /></span></b>
<b><span style="font-size: 10pt;"><span style="font-size: 12px;"></span>Drácula:</span></b><span style="font-size: 10pt;"> Uma beijoca na orelha? Uma mordida no pescoço?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; margin-left: 4cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 10pt;">Francesca</span></b><span style="font-size: 10pt;">: Conde, eu estou com medo. Andou bebendo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; margin-left: 4cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 10pt;">Drácula:</span></b><span style="font-size: 10pt;"> Não o suficiente. Não a minha bebida favorita. Vamos, deixe-me beijá-la. Mulheres já morreram por um beijo meu.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
Em um primeiro nível a conversa pode ser compreendida apenas como a tentativa de um bêbado em beijar a moça, contudo, considerando quem é o bêbado em questão, o Conde Drácula, um notório vampiro, as falas "uma mordida no pescoço", "Mulheres já morreram por um beijo meu" ou a afirmação de que ele não bebeu o suficiente a bebida favorita dele (sangue) ganham um segundo sentido.<b><o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">
Assim através dessa análise e de várias outras referências que poderiam ser mostradas aqui, comprovamos que <i>Mad Monster Party?</i> se configura como um entretenimento inteligente.</div>
<center style="font-family: 'book antiqua';">
</center>
<center style="font-family: 'book antiqua';">
<br /></center>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">
<b>Referências:</b></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText2" style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">
ANDRADE A. L. <b>Entretenimento inteligente: </b>o cinema de Billy Wilder. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2004. 291 p.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">
FESTA do Monstro Maluco</div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">
(MAD Monster Party?, EUA, 1967)</div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">
<span lang="EN-US">Direção: Jules Bass<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">
<span lang="EN-US">Produção: Joseph E. Levine, Arthur Rankin Jr. e Larry Roemer.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">
<span lang="EN-US">Roteiro: Len Korobkin, Harvey Kurtzman e Arthur Rankin Jr.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">
<span lang="EN-US">Interpretes (vozes): Boris Karloff; Allen Swift; Gale Garnett; Phyllis Diller; Ethel Ennis e outros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">
<span lang="EN-US">Works Filmes, DVD (94 min)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">
<b><span lang="EN-US">Mad Monsters and Parties. </span></b><i>Retrojunk. Sobre Mad Monster Party e sua continuação Mad, Mad Monsters. </i>Disponível em <a href="http://www.retrojunk.com/details_articles/694/" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" target="_blank">http://www.retrojunk.com/details_articles/694/</a><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">
<b>A Festa do Monstro Maluco. </b><i>Boca do Inferno</i>, sem data. Disponível em <a href="http://www.bocadoinferno.com/romepeige/artigos/madmonster.html" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" target="_blank">http://www.bocadoinferno.com/romepeige/artigos/madmonster.html</a></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">
<b>A Festa do Monstro Maluco. </b><i>Casa do Horror</i>, 10 jan 2006. Disponível em <a href="http://www.casadohorror.t5.com.br/catalogo/a_festa_do_monstro_maluco_frame.htm" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" target="_blank">http://www.casadohorror.t5.com.br/catalogo/a_festa_do_monstro_maluco_frame.htm</a></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; margin-top: 5pt; text-align: justify;">
<b>Mad Monster Party?<i> </i></b><i>Internal Movie Database</i>, sem data. Disponível em <a href="http://www.imdb.com/title/tt0061931/" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" target="_blank">http://www.imdb.com/title/tt0061931/</a></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; margin-top: 5pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; margin-top: 5pt; text-align: justify;">
<b>Mad Monster Party?<i> </i></b><i>Wikipedia</i>, sem data. Disponível em <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Mad_Monster_Party" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" target="_blank">http://en.wikipedia.org/wiki/Mad_Monster_Party</a></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; margin-top: 5pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; margin-top: 5pt; text-align: justify;">
<b>Nostalgia: A Festa do Monstro Maluco em DVD. </b><i>Universo HQ</i>, 02 mai 2006. Disponível em <a href="http://www.universohq.com/quadrinhos/2006/n02052006_03.cfm" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" target="_blank">http://www.universohq.com/quadrinhos/2006/n02052006_03.cfm</a></div>
<div style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">
<br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="http://www.freewebs.com/mahouamaterasu/tsuru/numero8/mmp2.htm#_ftnref1" name="_ftn1" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" title=""><span class="MsoFootnoteReference" style="color: black;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt;">[1]</span></span></span></a> Existe uma versão cinematográfica dessa história chamada de <i><a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Island_of_Lost_Souls_%281933_film%29" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" title="Island of Lost Souls (1933 film)"><span style="color: windowtext;">Island of Lost Souls </span><span style="color: windowtext; font-style: normal;">(</span><span style="color: windowtext;"> </span><span style="color: windowtext; font-style: normal;">EUA, 1933)</span></a></i> com <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Charles_Laughton" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" title="Charles Laughton"><span style="color: windowtext;">Charles Laughton</span></a> e <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Bela_Lugosi" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" title="Bela Lugosi"><span style="color: windowtext;">Bela Lugosi</span></a>.</div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="http://www.freewebs.com/mahouamaterasu/tsuru/numero8/mmp2.htm#_ftnref2" name="_ftn2" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" title=""><span class="MsoFootnoteReference" style="color: black;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt;">[2]</span></span></span></a> Existe uma versão cinematográfica de 1925, estrelada por Lon Chaney Sr.</div>
<div>
<br /></div>
</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2187791068596331616.post-13591717909631195872017-10-24T10:30:00.000-07:002017-10-24T10:30:13.431-07:00Mad Monster Party? (Parte 1)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
</div>
<h4 style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghaV2-XgqkIoP5UjpA7RThycLVL_0oomcmCUvsYXqFXnGksd1LCtQU3YcNvUc20kXm3cizXS1LCBfhuGi8Yt_dYyCzAfu0UO_m9Ei1CRE_VafnQKk-v_2FAZ3YizC4BNS_lntVg4NIZwM5/s1600/91-A7uwMgOL._SY445_.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="445" data-original-width="314" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghaV2-XgqkIoP5UjpA7RThycLVL_0oomcmCUvsYXqFXnGksd1LCtQU3YcNvUc20kXm3cizXS1LCBfhuGi8Yt_dYyCzAfu0UO_m9Ei1CRE_VafnQKk-v_2FAZ3YizC4BNS_lntVg4NIZwM5/s400/91-A7uwMgOL._SY445_.jpg" width="281" /></a></div>
<center>
<span style="background-color: #eaeaea; text-align: justify;"> </span></center>
</h4>
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Uma das diversas possibilidades do cinema, e, possivelmente a mais utilizada e difundida de todas, é a arte de se contar uma história.</span><br />
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "book antiqua";"><span style="font-size: 12px;"><br /></span></span></div>
<o:p style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;"></o:p><br />
<div style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
Entretanto, existe um modo próprio e peculiar de se narrar uma história através do meio cinematográfico, calcado na relação entre imagem e texto para se criar um sentido. O verdadeiro significado do que se mostra, na maioria das vezes, não repousa apenas no texto ou apenas na imagem, mas na junção de ambos, criando um terceiro sentido, seja pelo reforço do texto sobre a imagem - e vice-versa- , seja por sua contraposição. O cinema, é claro, pode prescindir do texto, sendo apresentando através de imagens somente. Contudo, ainda assim, existe um texto primário, configurado pelo roteiro, que depois será convertido em imagens.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
No entanto, existem milhares de possibilidades de se contar uma história. Interessa-nos aqui o que a professora Ana Lúcia Andrade (2004) configura como <i>entretenimento inteligente</i> ou <i>entretenimento de qualidade</i>, compreendido como:<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; margin-left: 117pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;">Filmes narrados de forma a atingir tanto o espectador <i>ingênuo</i>, preocupado com o desenvolvimento da trama, num primeiro nível de leitura, quanto o espectador <i>crítico</i>, atento, principalmente, à forma como o discurso se constituí, e à possibilidade de uma segunda leitura nas entrelinhas da narrativa (p 22-23, grifo da autora)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
È com esse conceito em mente que nos propomos a analisar o filme <i>A Festa do Monstro Maluco</i><b> </b>(<i>Mad Monster Party?</i>, EUA, 1969).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
A trama, aparentemente simples, trata do dilema do Doutor - e Barão - Boris von Frankenstein (voz de Boris Karloff). Chefe da Organização Mundial dos Monstros, ele descobre uma fórmula capaz de destruir a matéria, assim, acreditando estar no ponto alto de sua carreira, Frankenstein decide se aposentar, e, convoca todos os monstros para uma reunião, na qual, nomeará seu sucessor.<o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
Realizado através da técnica de animação em <i>stop motion</i>, em uma primeira leitura, <i>Mad Monster Party?</i> aparenta ser apenas um filme infantil, estrelado por monstros clássicos. Entretanto, observando-se com mais atenção, percebemos que estamos diante de, não apenas uma comédia espirituosa com diálogos que permitem mais de uma interpretação, mas também de uma homenagem a vários gêneros do cinema americano, tanto do período mudo, quanto do período clássico ou dos filmes B dos anos 50 ou a comédia <i>camp</i> dos anos 60.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
Dirigido por Jules Bass, que também realizou <i>Rudolph, a Rena do Nariz Vermelho </i>(EUA, 1964), a animação teve também sua equipe Harvey Kurtzman, no roteiro, e Jack Davis como <i>character designer</i>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
Os nomes desses dois profissionais no projeto merecem certo destaque pela contribuição de ambos em outra mídia cuja narrativa está também calcada na interação texto-imagem : as histórias em quadrinhos.<br /><br /><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
Kurtzman era escritor da revista <i>Mad</i>, famosa por seu humor ácido, e Davis fazia ilustrações para a <i>Mad</i> e para a revista de terror <i>Tales from the Crypt</i>, ambas publicadas pela EC Comics.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
Quem sabe a presença dos dois seja totalmente proposital. Assim como a indústria de cinema, o mercado de quadrinhos passou pelo crivo da censura. O <i>Comics Code Authority</i>, criado em 1954, era o Código Hayes dos quadrinhos. A EC Comics foi famosa por não se submeter a esse código. Talvez, por isso, nada mais apropriado para homenagear o cinema clássico, onde driblar a censura se tornou uma arte sutil e inteligente, que dois artistas que também lidaram com a censura, ainda que nos quadrinhos. Soma-se a isso, o fato de que tanto a <i>Mad</i> e, principalmente, <i>Tales from Crypt</i> possuírem estreitas relações com os filmes de terror B dos anos 50, também homenageados em <i>Mad Monster Party?.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
O duplo sentido já começa no nome do filme em inglês, <i>Mad Monster Party?</i>, cuja expressão pode remeter tanto ao fato de se tratar de uma festa onde estarão monstros, mas também pode ser traduzido como "uma festa de arromba", dando a proporção da celebração que será mostrada no filme.<br /><br /><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
Antes de se começar a tratar especificamente do filme, deve-se ressaltar a presença de Boris Karloff como dublador do Dr. Frankestein, cujo primeiro nome no filme é Boris, em uma correlação direta com o ator. Karloff se tornou famoso por sua atuação como o Monstro de Frankenstein no filme de 1931, dos estúdios Universal, dirigido por James Whale. Dessa forma, Boris Karloff surge - e é homenageado - triplamente no filme: através de sua voz, através da caracterização do cientista, que nada mais é que uma versão <i>puppet</i> do ator, e através da caracterização do boneco do Monstro, praticamente uma cópia da versão de 1931.<o:p></o:p><br />
<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
O filme inicia-se como muitos dos filmes do período clássico <i>hollywoodiano</i>, especialmente os realizados por Alfred Hitchcock. A seqüência inicial mostra, em plano geral, uma ilha - talvez uma referência à <i>Ilha do Doutor Moreau</i> (1), na qual um cientista recluso criava monstros. Gradativamente somos apresentados ao ambiente: a selva, o cemitério que lá existe, o castelo, uma das janelas do castelo - mais especificamente a janela do laboratório, até que, finalmente, o Dr Frankestein é mostrado realizando uma experiência. Ou seja, vamos do geral para o particular, de modo a mostrar ao espectador não apenas a ambientação da história, mas também o tom do filme.</div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
Ainda nesse começo, tem-se uma citação de outra obra importante na literatura de terror.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; margin-left: 117pt; text-align: justify;">
<b><span style="line-height: 19px;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; margin-left: 117pt; text-align: justify;">
<b><span style="line-height: 19px;">Dr. Frankenstein:</span></b><span style="line-height: 19px;"> Há-há-há. Como disse o Corvo: nunca mais...nunca mais...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
A fala do cientista refere-se ao corvo em que usara a fórmula de destruição da matéria e que acabara de explodir, mas também está relacionada ao poema <i>O Corvo</i>, escritor por Edgar Allan Poe, que por sua vez foi adaptado para o cinema em 1935, em um filme estrelado por Boris Karloff e Bela Lugosi - cujo papel mais famoso é o Conde Drácula, no clássico da Universal, de 1931.<o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: center;">
<span style="text-align: justify;"><br /></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: center;">
<span style="text-align: justify;">Após constatar seu sucesso, o Doutor envia, através de morcegos-corujas, convites para os mais renomados monstros da literatura e do cinema. Acompanhamos o vôos dos morcegos e as respectivas entregas de convites: Conde Drácula, o Lobisomem, Dr. Jekyll e Sr. Hyde, a Múmia, o Homem Invisível, o Corcunda de Notre Dame, o Monstro da Lagoa Negra. Entre os convivas também estarão a Criatura de Frankenstein e sua Noiva.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
Cada um desses monstros apareceu em clássicos filmes de terror, quase em sua maioria, produzidos pelo estúdio da Universal: <i>Dracula</i> (EUA ,1931), <i>The Wolf Man</i> (EUA, 1941), <i>The Hunchback of Notre Dame </i>(EUA, 1923), <i>The Invisible Man</i> (EUA,1933),<i>Dr. Jekyll and Mr Hyde</i> (EUA,1931), <i>The Mummy</i> (EUA, 1932). Grande parte deles estrelados pelos atores-ícones do gênero no período: Bela Lugosi, Boris Karloff, Lon Chaney Sr. e Lon Chaney Jr.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
Mesmo o misterioso It - que o Doutor se recusa a convidar por ser selvagem demais - pertence a um filme desse período, como mencionaremos mais adiante.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
<i>Creature from the Black Lagoon</i> (EUA,1954), também foi produzido pela Universal, mas é tido como representante dos filmes de Horror B que fizeram fama nos anos 50.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
A composição visual das personagens refere-se diretamente a cada um desses filmes, pois, são, praticamente uma reprodução da caracterização deles nessas obras. Drácula, por exemplo, notadamente possui todos os trejeitos de Lugosi: a sobrancelha arqueada, o ato de colocar a capa diante de si, tampando parcialmente o rosto.<o:p></o:p><br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrobj1SdN0YItkI2wGvW31e4J8pOkR4lEI_mzBA4ZzxD_-mR5OrAhJzc2n7T45RKaJvQp6Y14SLbp8crG0DMmvTYMYj_kg-gmvOpgFVhqGzs84F1PDJOQ6KKFkxNbmDVLGE8BayEzthubj/w1200-h630-p-k-no-nu/Mad-Monster-Party.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrobj1SdN0YItkI2wGvW31e4J8pOkR4lEI_mzBA4ZzxD_-mR5OrAhJzc2n7T45RKaJvQp6Y14SLbp8crG0DMmvTYMYj_kg-gmvOpgFVhqGzs84F1PDJOQ6KKFkxNbmDVLGE8BayEzthubj/w1200-h630-p-k-no-nu/Mad-Monster-Party.jpg" data-original-height="452" data-original-width="700" height="412" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
No caso do Lobisomem, vale acrescentar que, ao invés de representar Larry Talbot (Lon Chaney Jr), seu visual cigano é referência ao papel de Bela Lugosi, o lobisomem cigano que mordeu Talbot, o que acaba tornando até mais divertido o fato de que, em <i>Mad Monster Party?, </i>serem Drácula e Lobisomem grandes amigos.<o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: center;">
<span style="text-align: justify;"><br /></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: center;">
<span style="text-align: justify;">Outras referências marcantes aos filmes de terror, estão na presença dos garçons-zumbis e do mordomo-zumbi Yetch, uma menção a </span><i style="text-align: justify;">White Zombie </i><span style="text-align: justify;">(EUA,1932), dirigido por </span><a href="http://www.imdb.com/name/nm0356931/" style="color: #333333; font-weight: bold; text-align: justify;"><span style="color: black;">Victor Halperin</span></a><span style="text-align: justify;"> e estrelado por Bela Lugosi; na seqüência em que o Doutor Frankestein toca um órgão - remetendo indiretamente ao Fantasma da Ópera (2) - e a menção a Mefistófeles, na música de abertura. Mefistófeles é o demônio presente na história de Fausto, cuja adaptação feita em 1926, por Murnau, foi um dos marcos do Expressionismo Alemão, cuja influência no cinema de horror americano dos anos 30 é inegável.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
As onomatopéias são referência tanto à linguagem dos quadrinhos quanto às comédias <i>camp</i> dos anos 60, estilo estético calcado no mal-gosto e na ironia, cujo maior representante, é a série de TV <i>Batman </i>(EUA ,1966-68), que também teve uma versão cinematográfica. Alguns enquadramentos, inclusive, especialmente na apresentação da banda de esqueletos, são típicos do estilo <i>camp</i>, forçosamente inclinados, causando uma certa estranheza no espectador.<o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
Outros gêneros são explicitamente homenageados, como as seqüências de música e dança, notadamente inspiradas nos antigos musicais. A comédia pastelão do cinema mudo pode ser vista retratada na guerra de comidas e tortas durante o jantar dos monstros. E, o cozinheiro do castelo, genialmente chamado de Máfia Machiavelli - referência tanto à máfia propriamente dita quanto ao escritor Maquiavel, cujo mote mais famoso é "os fins justificam os meios" e cujo nome deu origem ao termo "maquiavélico"-, é caracterizado como um italiano mal-encarado, careca, semi-barbado, com uma cicatriz no rosto - talvez uma referência a <i>Scarface </i>(EUA ,1932), de Howard Haws. Máfia Machiavelli é a perfeita caracterização do personagem típico de filmes de <i>gangster</i> dos anos 30. Inclusive, a especialidade do <i>chef</i> é fazer pratos literalmente mortais. A seqüência em que o Conde Drácula tenta, em vão, matar o herdeiro do Barão Frankenstein parece ser inspirada nos <i>cartoons</i> como <i>Papa-Leguas, Tom e Jerry, Pernalonga </i>ou <i>Droopy.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
Depois da apresentação de cada um dos monstros que estarão presente na reunião são introduzidos aos espectadores, inclusive com direito a algumas discretas piadas visuais como o convite do Homem-Invisível ser escrito com tinta invisível, o herói da história é apresentado.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
Através de uma fusão entre as bolhas do Lagoa Negra e as bolhas do remédio que o protagonista prepara para si somos apresentados a ele, Felix Flanken. Tal passagem não é aleatória. Ela não mostra apenas uma mudança de local, mas já cria um ligação entre o rapaz e os monstros, que, dado os aspectos de Felix, aparentemente não possuíriam nenhuma relação entre si.<o:p></o:p><br />
<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
O destaque para o remédio é importante por outra razão, pois, por se assemelhar à poção da destruição criada por Frankenstein, ela será confundida com a mesma e salvará a vida de Felix mais adiante no filme. Esse e vários outros elementos são colocados de forma discreta na trama, mas não acidental, pois, no decorrer do filme se revelam cruciais para a narrativa - como, por exemplo, os aeroplanos do Barão, ou o porta-retrato da personagem feminina principal, cuja importância falaremos mais adiante.<o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
Felix Flanken, cujo nome foneticamente duplo pode ser considerado referência a uma tradição dos quadrinhos vista em diversos personagens como Clark Kent (Superman), Peter Parker (Spiderman) ou Bruce Banner (Hulk), é apresentado como rapaz de aparência frágil, desastrado, ingênuo e de bom coração. Um farmacêutico que trabalha - de graça - em uma loja de conveniência, e que passa mais tempo na farmácia, fazendo experiências e se ocupando em lidar com suas alergias, que cuidando do lugar e atendendo os clientes.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://nightflight.com/wp-content/uploads/MAD-MONSTER-PARTY-3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://nightflight.com/wp-content/uploads/MAD-MONSTER-PARTY-3.jpg" data-original-height="576" data-original-width="800" height="459" width="640" /></a></div>
<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
Se por um lado, a aparência dele remete a um herói frágil, o entusiasmo com que ele recebe o convite para a festa de Frankenstein, acreditando ser um convite para a apresentação de uma experiência cientifica, mostra que existe mais que mera timidez em Flanken, fazendo com que o tomemos como nosso herói de fato.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
Flanken é o sobrinho de Frankenstein, filho da irmã dele, a "ovelha branca da família", herdeiro por direito do Barão, embora nem todos concordem. Em especial, Francesca, a secretária do Frankenstein. Em oposição a Flanken, ela é ruiva, curvilínea e<i> sexy</i>, fazendo o tipo <i>femme fatale</i>, que remete aos filmes<i> noir </i>dos anos 40. Entretanto, o casal formado pelo rapaz tímido e comum e a mocinha voluptuosa também é típico dos filmes B de monstros dos anos 50.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; text-align: justify;">
A fala do Doutor Frankenstein já dá a entender que, apesar de todas as diferenças, existirá uma aproximação entre os dois.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; margin: 5pt 0cm 5pt 4cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 10pt;"><br /></span></b>
<b><span style="font-size: 10pt;">Dr. Frankenstein: </span></b><span style="font-size: 10pt;">Quero que os dois sejam amigos.[(ele diz e saí]<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; margin: 5pt 0cm 5pt 4cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 10pt;">Francesca replica: </span></b><span style="font-size: 10pt;">Gostar dele? Eu vou amá-lo a ponto de despedaçá-lo.<b><o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; margin: 5pt 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; margin: 5pt 0cm; text-align: justify;">
Apesar das intenções explícitas de Francesca em eliminar Felix, já que ela, por razões plausíveis e posteriormente reveladas, se considera a verdadeira herdeira, a fala do doutor já induz os espectadores a verem os dois como um provável casal. Além disso, o fato de ambos serem, aparentemente, os únicos humanos jovens do lugar também leva a essa dedução.<o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://nightflight.com/wp-content/uploads/MAD-MONSTER-PARTY-13.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://nightflight.com/wp-content/uploads/MAD-MONSTER-PARTY-13.jpg" data-original-height="573" data-original-width="800" height="458" width="640" /></a></div>
<center>
<br /></center>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; margin: 5pt 0cm; text-align: justify;">
A seqüência em que eles se beijam é completamente cinematográfica. Imagens de elementos da natureza como ondas quebrando contra rochas, raios, uma árvore caindo, são usadas para externalizar o turbilhão emocional que o beijo ocasionou em ambos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; margin: 5pt 0cm; text-align: justify;">
Da cena do beijo propriamente dita, a câmera se movimenta, e, com uma pequena e discreta fusão, enquadra a lua cheia - reconhecido símbolo de romance. Logo depois, temos um corte seco para o casal na selva. Francesca faz uma serenata para Felix. Como em muitos filmes dos anos 30 e 40, especialmente nas <i>screwball comedies</i>, é ela - a mulher - quem comanda a ação.</div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; margin: 5pt 0cm; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; margin: 5pt 0cm; text-align: justify;">
A cena logo posterior à serenata, em que os dois namoram na selva parece decalcada de um filme dirigido por Ernst Lubitsch. Francesca beija Felix em cima do galho de uma árvore, os dois caem para trás, no meio dos arbustos. Não vemos absolutamente mais nada do casal, apenas a paisagem, a luz gradativamente diminui, quase em um <i>fade in</i>, indicando uma passagem de tempo. O que exatamente os dois fizeram escondidos sob os arbustos fica a cargo da imaginação do espectador.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; line-height: 18px; margin: 5pt 0cm; text-align: justify;">
Convém abrir, no próximo artigo, um parêntesis sobre os dois mistérios que surgem na trama. Um implícito e outro explícito.</div>
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2187791068596331616.post-56543065994850618042017-10-19T10:20:00.000-07:002017-10-19T10:20:12.600-07:00Por que Harry Potter é um Herói Universal? - Parte 02<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjafUUBmNSIMJ7skHBHqQuK1pui58lhx3ubGFNiP3lxNMLu38IvsUqgzMOZS_KT5NCInZfAVLhgUs6Kqk1rY0mqLtdbJD6RfCR2asf8qxzL7WKCwg9BYzAlLOKoYsDyrOnmbVc764KcQutT/s1600/03-3kdP5L3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="499" data-original-width="625" height="510" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjafUUBmNSIMJ7skHBHqQuK1pui58lhx3ubGFNiP3lxNMLu38IvsUqgzMOZS_KT5NCInZfAVLhgUs6Kqk1rY0mqLtdbJD6RfCR2asf8qxzL7WKCwg9BYzAlLOKoYsDyrOnmbVc764KcQutT/s640/03-3kdP5L3.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<h4 style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;">
<center>
<span style="background-color: #eaeaea; text-align: justify;">Dentre os perigos enfrentados por Harry Potter no decorrer da série, dois merecem destaque: </span><b style="text-align: justify;">os dementadores e Voldemort.</b></center>
</h4>
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">Os dementadores são uma criação pessoal da própria Rowling.São criaturas mágicas que não possuem rosto e vestem mantos longos, que cobrem inteiramente seu corpo “cinzento, de aparência viscosa e coberto de feridas”. Dementadores “esgotam a paz, a esperança e a felicidade do ar à sua volta”, enfim se alimentam de tudo que é bom nas pessoas, tornando-as tristes e vazias. De acordo com a própria autora, tais criaturas são uma personificação de uma doença psíquica grave: a depressão. Se o sofrimento e a tristeza podem levar a uma maturidade, a depressão seria caracterizada por uma paralisação no viver. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">Estar deprimido poderia corresponder a estar no </span><b style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;">Tártaro</b><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">, um dos três níveis dos </span><b style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;">Mundos Inferiores ou Hades</b><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;"> (os outros dois seriam os Campos Elísios, espécie de Paraíso, e o Érebo, uma espécie de purgatório). O Tártaro propriamente dito seria o local de suplício eterno, o que nos remete a pessoas que se acham em situações de desespero que aparentemente não tem volta, tal qual pode ser caracterizada a depressão. Enfrentar os dementadores é enfrentar a si próprio, é encontrar uma saída do Tártaro, e superar essa paralisação no viver. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">Também os dementadores-depressão podem ser comparados ao </span><b style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;">Caos.</b><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;"> A um caos interno da pessoa. Na mitologia, Caos é a personificação de um vazio primordial, “quando a ordem ainda não havia sido imposta aos elementos do mundo”, enfim, é aquele espaço no qual os elementos do universo ainda estariam confusos e pouco claros, e que após uma certa organização, dariam origem a um novo universo. A sensação de caos faria parte da depressão: nesse momento, a pessoa se encontra em um estado confuso, se sente perdida e descentrada, contudo, diferente do caos mitológico e da sensação de caos dissociada da depressão, aqui, os elementos negativos estão evidenciados. Para enfrentar a depressão, a pessoa necessitaria perceber que seu micro-universo interno está desestabilizado, e que, ao conseguir superar sua paralisação, seria como se recriasse a si própria (um novo “micro-universo”). </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">Mas, o grande inimigo de Harry Potter se encontra na figura de </span><b style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;">Voldemort.</b><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;"> Assim como Harry contém em si características presentes nos mais diversos heróis das mais diversas mitologias, Aquele-que-não-deve-ser-nomeado possui características dos mais diversos vilões, enfim, Voldemort é a personificação do clássico Senhor das Trevas (como também é chamado pelos bruxos). O vilão deseja se tornar o Príncipe deste mundo, é representado como uma “força abstrata”, menos carne e sangue e mais energia sobrenatural, simboliza uma “degradação” (um colapso moral), pratica o mal por inveja e, principalmente tenta perverter as leis naturais, submete-las a seus desígnios (retratado em sua busca por imortalidade). </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">O sonho maior de Voldemort não é dominar o mundo todo, tanto o dos trouxas quanto o dos bruxos, mas sim vencer a Morte. Ele sempre busca realizar tal intento das mais diversas formas possíveis, seja na tentativa de possuir a </span><i style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;">Pedra Filosofal</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">, capaz de produzir o </span><i style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;">Elixir da Longa Vida</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">, seja através da profanação do túmulo de seu pai, em </span><i style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;">O Cálice de Fogo</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">, ou ainda através da maculação de uma criatura pura como um unicórnio, ao mata-lo e alimentar-se de seu sangue, como visto em </span><i style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;">A Pedra Filosofal.</i><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">Essa busca de imortalidade empreendida por Voldemort remete-nos a um antigo mito grego: </span><b style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;">a história de Sísifo.</b><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;"> Sísifo era um rei de Corinto, que por duas vezes tentou enganar a morte. Em uma das vezes, ele aprisionou a própria Morte (em algumas versões consta que ele aprisionou Hades), em seu castelo. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">Enquanto a </span><b style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;">Morte (ou Hades)</b><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;"> estivesse aprisionada, ninguém morreria. Por fim, ela foi libertada e Sísifo foi condenado à morte. Entretanto, o esperto rei pediu à sua esposa que o enterrasse sem os ritos funerários usuais. Chegando no Mundo Inferior, reclamou a Hades do procedimento da esposa, e este permitiu que o rei retornasse para punir a esposa. Contudo, o rei permaneceu na Terra até que foi capturado por Hermes e forçado a empurrar uma pedra para o topo de uma colina, mas, toda vez que alcança o topo, a pedra cai de novo, e ele novamente é obrigado a empurra-la para cima. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">Essa obsessão pela vida eterna é a essência da depravação do Senhor das Trevas. Tanto Sísifo quanto Voldemort desafiam a ordem natural das coisas e ambos são punidos por essa violação, um com seu castigo eterno no Tártaro, outro ao ser transformado em um bom tempo num ser menos que humano, tendo que habitar cobras e outras bestas similares para continuar vivo. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">Apesar do comportamento de Sísifo e Voldemort parecer imoral e insano, é muito mais comum do que imaginamos, especialmente em uma sociedade como a nossa em que a beleza (dentro de certos padrões estabelecidos), a juventude e o poder são, por muitos, os aspectos mais valorizados nas pessoas. Quantos não submeteram seus corpos às mais terríveis torturas e deformações (cirurgias plásticas) para tentar alcançar esse ideal, numa tentativa de enganar o tempo e atrasar a chegada da velhice e, fantasiosamente, da Morte? </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">Mas, não apenas no aspecto estético tal comportamento pode ser observado. Voldemort é a personificação da deturpação da magia que, no nosso mundo, é nada mais nada menos que a Ciência. Enfim, ele representa uma evolução da ciência sem ética ou reflexão, em que o conhecimento é válido por si só e não por suas conseqüências. Mas, será que vale a pena construir um conhecimento sem sabedoria, que no fim mais prejudica que ajuda? Uma coisa é pesquisar a cura de doenças para tentar salvar vidas, outra é estudar bactérias para se criar armas químicas. Sem falar na polêmica envolvida nas pesquisas genéticas, em especial na possível criação de clones humanos. Muitas pessoas acreditam que tais clones poderiam ser uma forma de garantir sua imortalidade, esquecendo, contudo que uma pessoa é mais que suas características biológicas, sendo que os meios ambientes, culturais e históricos, além de outros fatores, interferem na constituição do sujeito. Uma cópia genética não é de modo algum uma cópia psicológica de alguém. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">O que Rowling parece questionar não é a evolução da tecnologia e da ciência, ela não prega a estagnação desses meios, a questão está em se refletir sobre eles, ter um olhar mais crítico sobre o assunto. Não é negar ou virar as costas para a ciência (ou magia), afinal, em seus livros tanto os heróis quanto os vilões utilizam mágica, a questão está em usar tanto a magia quanto a ciência com ética e responsabilidade. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">Enfim, por todas as razões apontadas neste trabalho, podemos afirmar que a saga de Harry Potter possui em si temas simultaneamente antigos e atuais, pois os mitos se constituem em algo eterno uma vez que dizem respeito à vivência humana, apenas mudam de roupagem, mas continuam presentes em nossas vidas, mesmo que não tenhamos consciência disso. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<b style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;">Referências Bibliográficas</b><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">BRANDÃO, Junito Souza Mitologia Grega volume 1. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">__________ Mitologia Grega volume 3. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">CAMPBELL, Joseph O Herói de mil faces Rio de Janeiro: Ediouro, 2001. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">COLBERT, David . O Mundos Mágico de Harry Potter Rio de Janeiro: Sextante, 2002.</span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">FREUD, Sigmund “Romances Familiares” In: Edição Eletrônica das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud IMAGO ELETRÔNICA. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">ROWLING, J. K. Harry Potter e a Pedra Filosofal Rio de Janeiro: Rocco, 2000. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">__________ Harry Potter e a Câmara Secreta Rio de Janeiro: Rocco, 2000. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">__________Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban Rio de Janeiro: Rocco, 2001. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">__________Harry Potter e o Cálice de Fogo Rio de Janeiro: Rocco, 2001. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">__________Harry Potter e a Ordem da Fênix Rio de Janeiro: Rocco, 2003. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">__________Harry Potter e o Enigma do Príncipe. Rio de Janeiro: Rocco, 2005. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">__________Harry Potter e as Relíquias Mortais. Rio de Janeiro: Rocco, 2007. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">HarryPotter.com - http://harrypotter.warnerbros.com/</span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<center style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px;">
**********<br /><br /><span style="font-size: x-small;"><b>Nota da Autora:</b></span></center>
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">Este trabalho é apenas uma pequena parte das muitas referências existentes no texto da JK. Foi feito como trabalho final de um curso que fiz. Queria ter citado mais coisas, mas por falta de tempo e por limitação de tamanho precisei tirar algumas coisas.Recomendo que leiam os livros que usei como base, especialmente O Herói de Mil faces de Campbell.Outro livro que recomendo é "Fadas no Divã", de Diana e Mário Corso, que trazem relatos e análises de vários contos de fadas clássicos e modernos, incluindo Harry Potter. </span><a href="http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT1041014-1655-1,00.html" style="color: #333333; font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; font-weight: bold; text-align: justify; text-decoration: initial;"><span style="color: #993399;">Nesse link</span></a><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">, é possível perceber o ritmo das análises feita pela dupla Corso em torno das diferentes histórias de contos de fadas.</span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">A imagem usada para ilustrar a página é da desenhista Mary Grandpre, ilustradora oficial de Harry Potter nos Estados Unidos. </span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2187791068596331616.post-70054232715944777742017-10-17T10:18:00.000-07:002017-10-17T10:18:08.197-07:00Por que Harry Potter é um Herói Universal? - Parte 01<h4 style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;">
<center>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQYM-dO0D63CYxpAbCzw4TaH0DdT2vLQKC7pWNKXcKvjb70_YJ-rL51LRsJE36q12gaoR7_Ra7a_Q4Q6jxPFr3bPiVNqipziV2EXDVeYoG6x0ZFNpbXKVCLkysZ9QhEffkooYoaIrZNmyL/s1600/554160ba4b00fc6252550cb1fcba8826--golden-web-the-golden.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="477" data-original-width="625" height="488" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQYM-dO0D63CYxpAbCzw4TaH0DdT2vLQKC7pWNKXcKvjb70_YJ-rL51LRsJE36q12gaoR7_Ra7a_Q4Q6jxPFr3bPiVNqipziV2EXDVeYoG6x0ZFNpbXKVCLkysZ9QhEffkooYoaIrZNmyL/s640/554160ba4b00fc6252550cb1fcba8826--golden-web-the-golden.jpg" width="640" /></a></center>
</h4>
<br />
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Nos últimos anos um novo fenômeno surgiu na mídia mundial, se tornando lentamente um sucesso literário para posteriormente se tornar uma febre nos mais diversos meios, desde videogames até sucedidas adaptações cinematográficas. Trata-se da saga do bruxo Harry Potter.</span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Criado por Joanne K. Rowling, Harry Potter dá uma roupagem moderna às antigas histórias de magia e feitiçaria. Em todo o decorrer da saga de Potter são citados os mais diversos mitos. Pelas páginas dos livros somos confrontados por esfinges, grifos, quimeras, modernas versões de Cérbero, o cão de três cabeças guardião do Hades, fênix, espelhos mágicos, centauros, sereias, basiliscos, só para citar alguns exemplos. Analisar cada uma dessas citações renderia páginas e páginas que possivelmente originariam um livro. </span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Portanto, este artigo visa abordar principalmente o tema maior de toda a saga do pequeno bruxo: sua ressonância com </span><b style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">o mito do herói.</b><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> </span></span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Para que isso seja possível, é necessário que um breve resumo da história de Harry Potter seja aqui relatado. </span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Harry Potter é um jovem mago que teve os pais assassinados pelo maligno bruxo Voldemort (ou Aquele-que-não-deve-ser-nomeado), sendo que apenas Harry escapou do ataque, com uma cicatriz em forma de raio na testa. Criado pelos tios trouxas (pessoas que não possuem magia), Harry só foi descobrir que era bruxo aos 11 anos quando recebeu uma carta para se matricular na escola de bruxaria Hogwarts. Lá ele se torna amigo de Ron Weasley (aprendiz de bruxos, filho de bruxos) e Hermione Granger (aprendiz de bruxa, filha de trouxas). Também entra em contado com o guardião das chaves da escola, Hagrid, um meio gigante, com o diretor da escola, Albus Dumbledore, considerado um dos maiores magos da época, e com a professora Minerva, que se tornam uma espécie de protetores, tutores e conselheiros de Harry. A cada ano que passa, Voldemort tenta recuperar seu poder e sua forma física (já que esta foi destruída quando tentou matar Harry, quando este ainda era um bebê), tentando simultaneamente assassinar Potter. A cada novo embate, Harry torna-se mais forte mais consciente de suas capacidades e menos dependente de seus protetores. No decorrer da série, ele também descobre um pouco sobre o passado de seu pai (a quem ele lembra fisicamente) e conhece Sirius Black, melhor amigo de seu pai e seu padrinho. </span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Harry possui diversas similaridades com os mais diversos heróis encontrados nas mais diversas mitologias e literaturas. Assim como Édipo, Moisés, o rei Arthur ou mais recentemente Luke Skywalker de </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Guerra nas Estrelas</i><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, Potter é caracterizado como um </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">príncipe perdido</i><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> ou um </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">rei oculto.</i><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> Harry ignorava completamente sua origem “nobre” (o fato de que era um bruxo) até o dia em que foi convocado para estudar em Hogwarts. </span></span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Entretanto, Harry já sabia que era diferente, não se sentia adequado ao seu lar adotivo, como se não pertencesse àquele lugar. Em contrapartida, seus tios, os Dursley, o tratavam como lixo, colocando-o para dormir debaixo da escada, maltratando-o, humilhando-o. </span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">É aí, então, que Harry descobre realmente não pertence ao mundo dos Dursley (seus “pais” trouxas), mas que na realidade é filho de “nobres”, seus pais bruxos: Lily e James Potter. </span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Tal configuração da estrutura familiar de Harry remete-nos ao texto </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Romances Familiares</i><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> de Freud. </span></span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">De acordo com Freud, a criança pequena vê seus pais de uma forma bastante idealizada, eles são “a autoridade única e a fonte de todos os conhecimentos”. São perfeitos. Sendo assim, seu maior desejo seria o de ser como os pais, ser grande como eles (Harry é constantemente comparado a James, e, como ele, é um exímio atleta no esporte dos bruxos, o </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">quadribol</i><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">). Contudo, com o passar dos anos, a criança começa a reconhecer os defeitos, limites e fraquezas dos pais, passando a criticá-los. </span></span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Somando-se a essa desvalorização dos pais, a criança passa a se sentir negligenciada por eles (como Harry é pelos Dursley), sentindo que não está recebendo todo o amor dos pais, especialmente se tem de compartilha-los com irmãos e irmãs (representados em Potter por seu mimado primo Duda, que sempre fica com as melhores roupas e brinquedos). A partir daí, a criança passa a desenvolver a fantasia de que seus pais são na realidade seu padrasto e sua madrasta. </span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Como aponta Freud: </span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<i style="background-color: white; font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">“(...) a imaginação da criança entrega-se à tarefa de libertar-se dos pais que desceram em sua estima, e de substituí-los por outros, em geral de uma posição social mais elevada. Nessa conexão ela lançará mão de quaisquer coincidências oportunas de sua experiência real, tal como quando trava conhecimento com o senhor da Casa Grande ou com o dono de alguma grande propriedade, se mora no campo, ou com algum membro da aristocracia, se mora na cidade. Esses acontecimentos fortuitos despertam a inveja da criança, que encontra expressão numa fantasia em que seus pais são substituídos por outros de melhor linhagem”.</i><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Os pais imperfeitos de Harry são os Dursley, enquanto seus pais bruxos, Lily e James configurariam os pais de “melhor linhagem”. </span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Mas, como Freud afirma, esses pais de “melhor linhagem” na realidade não passam de uma tentativa da criança de recuperar aqueles seus pais perfeitos da primeira infância, se mostrando, no fim, inalcançáveis e impossíveis de se recuperar, tal qual os pais de Harry, que estão </span><b style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">mortos.</b></span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Sendo esse tipo de fantasia comum à maioria das pessoas, ela, em Harry, constitui uma das primeiras características que o torna tão próximo de todos nós. </span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Outra característica diz respeito a todas as dúvidas, medos e incertezas que Potter carrega e demonstra no decorrer de suas histórias. Especialmente em um ponto específico: Quando Harry ingressou em Hogwarts, ele passou por um teste (o do Chapéu Seletor) que determinaria a qual casa ele pertenceria. Hogwarts é um colégio interno, sendo assim, cada aluno é designado a um dormitório diferente, de acordo com suas características pessoais, que são observados pelo Chapéu Seletor – um chapéu mágico falante. Assim, o chapéu mágico determina em qual casa (num total de quatro, três “do bem” e uma “do mal”) a que o aluno pertence. O Chapéu, ao analisar Harry, ficou em dúvida se seu lugar era na Grifinória (representado por um leão e a mais forte das “boas” casas) ou na Sonserina (cujo símbolo é uma serpente, e é a casa “má”). Apesar de ter sido colocado na Grifinória (por pedido do próprio Potter), o jovem bruxo constantemente se debate sobre essa escolha. Enfim, se vê dividido, como cada um de nós, entre o bem e o mal, pois, apesar de ele próprio ter decidido seguir o caminho do bem, muitas vezes ele precisa lutar contra suas dúvidas e desejos internos de ceder ao mal. </span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Tal temática: da dualidade do mal e do bem, da necessidade de se domar as forças irracionais da natureza (e do ser humano) se encontra presente desde os primórdios da humanidade. Para os gregos, tais forças irracionais eram representadas por criaturas bestiais como </span><b style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">os Titãs, Ciclopes, Gigantes e Hecatonquiros</b><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">. Sua contenção era necessária, daí a importância da ascensão de um deus que representasse e possibilitasse um caminho mais racional e comedido, apesar de ocasionalmente não conseguir manter essa postura. Tal deus é </span><b style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Zeus</b><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, que não só aprisionou essas forças bestiais, como também gerou a deusa da sabedoria, </span><b style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Atena, Diké</b><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, a justiça humana e foi pai das </span><b style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Musas</b><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, que representam o Pensamento e a Arte nas suas mais diversas formas. </span></span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Enfim, sejam nas dúvidas de Harry Potter sobre se na realidade pertence à Grifinória ou à Sonserina, seja no embate de Zeus com bestas antigas e no seu papel de progenitor da sabedoria, justiça e pensamento, encontramos aqui metáforas para esse contraste que existe em cada um de nós. Tentamos controlar nosso lado maligno e irracional, que se apresenta através de sentimentos como ira, inveja e violência, ao mesmo tempo em que buscamos alcançar uma “elevação espiritual”. </span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">As histórias de Harry Potter seguem um padrão que, de acordo com Joseph Campbell (</span><b style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">O Herói de Mil Faces</b><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">), seria comum a quase todos os heróis das mais diversas culturas e mitos mundiais. </span></span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Campbell resume tais histórias da seguinte maneira: </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">“Um herói se arrisca a deixar o mundo cotidiano e penetra numa região do sobrenatural e do fantasioso. Forças miraculosas estão à sua espera, e ele alcança um triunfo decisivo. O herói retorna de sua misteriosa aventura dotado agora do poder de auxiliar seus semelhantes humanos”.</i></span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">A aventura do herói é dividida em três etapas distintas: </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Partida, Iniciação e Retorno</i><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">. Tais etapas estão presentes na história de Harry como um todo e em cada um de seus livros em particular, como descreveremos a seguir. </span></span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<b style="background-color: white; font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">(A) Partida</b><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white;"><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">O herói é chamado à aventura: o herói, primeiramente visto no mundo cotidiano. Ele está iniciando uma nova etapa em sua vida. Um mensageiro pode ser enviado para anunciar o destino que chama pelo herói. Muitas vezes esse mensageiro parece ser uma figura pouco confiável.</i><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Tal descrição se encaixa perfeitamente ao início da saga de Harry: </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Harry Potter e a Pedra Filosofal</i><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">. Ele se encontra no mundo trouxa (cotidiano), nas mãos dos “cruéis” Dursley, quando é chamado para estudar em Hogwarts (ganhando acesso ao mundo místico e sobrenatural). Inicialmente as cartas da escola são interceptadas pelos tios, até que Hagrid, o mensageiro, vem busca-lo. Por ser meio gigante, Hagrid não é considerado por todos, mesmo no meio bruxo, como uma pessoa confiável. </span></span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Esse movimento de sair do mundo cotidiano e entrar no mundo mágico é constantemente retomado nos livros da série, uma vez que Harry se vê obrigado a passar as férias com os tios. </span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Dentro desta etapa, Campbell aponta que </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">o herói pode rejeitar o chamado da aventura, pelas mais diversas razões, mas, por mais que resista, vai acabar descobrindo que não tem escolha a não ser seguir em frente.</i><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> No início, Harry não dá as costas ao mundo bruxo, mas no decorrer da série, ele tenta dar as costas à sua vocação de herói. Entretanto, as ocorrências ao seu redor o levam novamente a seguir o seu destino de herói, especialmente em </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">HP e o Cálice de Fogo</i><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">. Nesse livro, um torneio entre as escolas de bruxos da Europa será realizado, mas só alunos com mais de dezessete anos podem participar e Harry só tem quatorze. Ele serão selecionados pelo citado Cálice. Contudo, o Cálice aponta Harry como um dos participantes do torneio. </span></span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<i style="background-color: white; font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">O herói encontra um protetor, um guia, que lhe oferece uma ajuda através de poderes sobrenaturais, freqüentemente sob a forma de amuletos.</i><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Como já falamos, Harry possui diversos protetores e guias, representados por Hagrid (sendo inclusive ele quem tirou Harry ainda bebê dos destroços da casa onde seus pais foram assassinados), Dumbledore (que determinou que Harry deveria ser criado por trouxas para sua proteção, e sempre lhe fornece os mais preciosos conselhos e ensinamentos), a professora Minerva (contraparte feminina de Dumbledore), seu padrinho Sirius e até mesmo seus amigos Ron e Hermione. Também são diversos os amuletos mágicos que Harry recebe desses protetores: Hagrid o ajudou a comprar seu material escolar de bruxo, em especial a varinha mágica e lhe deu sua coruja, Edwiges. Graças a Dumbledore, ele recebeu a capa de invisibilidade de seu pai. E um velho mapa, criado por Sirius e James Potter é essencial nas jornadas de Harry. Também no sexto ano, o novo professor de poções, Horace Slughorne o presenteia com uma poção de boa sorte, a Felix Felicis, que é de suma importância para Harry descobrir uma informação essencial sobre seu arquiinimigo. Também as Reliquias Mortais fazem parte desse arquetipo,, pois foram essenciais para a derrocada de Voldermort, especialmente a Varinha das Varinhas.</span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white;"><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">O herói encontra a primeira entrada para o novo mundo. O protetor pode apenas levar o herói até a entrada, ele deve atravessá-la sozinho. O herói pode ter de lutar, inicialmente, com um guardião da entrada que está ali para impedi-lo de atravessa-la, ou supera-lo pela astúcia.<br /><br />O herói penetra na “barriga da baleia"; uma expressão tirada das lendas, como a história de Jonas, que representa "ser tragado pelo desconhecido".</i><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Cada história de Harry tem no seu clímax a necessidade de que Harry adentre sozinho uma entrada para enfrentar um inimigo desconhecido. </span></span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Em </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">A Pedra Filosofal</i><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, ele precisa enfrentar um guardião representado por um cão de três cabeças, só assim poderá impedir Voldemort de colocar suas mãos na pedra e se tornar imortal. Para vencer o cão, ele usa música para adormece-lo. Ron e Hermione o acompanham e o ajudam nos perigos intermediários, mas é Harry quem enfrenta o vilão no fim da jornada. </span></span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Em </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">O Cálice de Fogo</i><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, ele precisa decifrar o enigma de uma esfinge (tal qual Édipo) para alcançar a Taça do torneio entre as escolas. Contudo, a taça revela ser um portal que o transporta a um lugar inesperado, bem nas garras do inimigo. </span></span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<b style="background-color: white; font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">(B) Iniciação</b><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white;"><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">O herói segue um caminho no qual continuamente é posto à prova.</i><b style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">(O que, como pôde ser visto até aqui, é uma constante nas aventuras de Potter).</b><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">O herói pode encontrar companheiros que o ajudem a passar pelas provas.</i><b style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">(Representados freqüentemente por Ron e Hermione)</b><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;"> e forças invisíveis podem também vir em seu auxílio.<br /><br />O herói é raptado, ou precisa empreender uma jornada à noite ou pelo mar.</i></span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Como já foi apontado por nós, Harry foi transportado durante o torneio entre as escolas, caindo nas garras de Voldemort, sendo literalmente raptado pelo bruxo das trevas. </span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white;"><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">O herói enfrenta um dragão simbólico. Ele pode sofrer uma morte ritual, talvez mesmo desmembramento.</i><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Em cada aventura Potter enfrenta monstros diferentes, todos eles reflexos da maldade de Voldemort, que seria o verdadeiro dragão simbólico e contraparte maligna de Harry. Também sofre os mais diversos ferimentos (“desmembramentos”): em</span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">A Câmara Secreta</i><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, quebra o braço durante uma partida de quadribol e seus ossos são acidentalmente removidos por um feitiço malfeito; no mesmo livro, um gigantesco basilisco (uma cobra capaz de matar com o olhar), rasga com uma de suas presas o braço do herói. </span></span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">No </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Cálice de Fogo</i><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, ele finalmente enfrenta Voldemort (o “dragão") de igual para igual, já que o bruxo das trevas recuperou sua força total, mas não sem antes sofrer “desmembramentos”: torce o pé em uma batalha com uma espécie de escorpião gigante e sofre um corte profundo no braço quando foi capturado para que seu sangue fosse usado no ritual de retorno de Voldemort. </span></span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Em as Relíquias Mortais, Harry chega mesmo a morrer e é recebido por Dumbledore em uma espécie de limbo, de onde Potter retorna para o duelo final com Voldemort.</span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<i style="background-color: white; font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">O herói é reconhecido por seu pai ou se reúne a ele.</i><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Harry sempre vivencia um profundo momento de contato com seus pais, como quando eles aparecem em um espelho mágico, na </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Pedra Filosofal</i><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, ou como imagens-fantasmas emitidas pela varinha mágica de Voldemort, em O Cálice. Também em </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">O Prisioneiro de Azkaban</i><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, ele se encontra com Sirius, seu padrinho, ou seja, um substituto do pai, que o reconhece como “filho”. No final de As Relíquias Mortais, Harry reecontra todas as figuas paternas (e materna) que de uma forma ou outra influeciaram sua jornada. Reencontra Dumbledore no limbo, como já foi mencionado, assim como reencontra as formas espectrais de James, Lily, Sirius e Remus</span></span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<i style="background-color: white; font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">O herói torna-se quase divino. Ele ultrapassou a ignorância e o medo.</i><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">A cada vitória alcançada, ele supera o medo, descobrindo que possuí uma força interna que não julgava ter. A "divinização" pode ser apontada como o já mencionado retorno de Harry do mundo dos mortos e pelo reconhecimento de Potter como seu mestre por um dos mais poderosos artefatos mágicos (A Varinha das Varinhas) </span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<i style="background-color: white; font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">O herói recebe a última dádiva, o objetivo de sua busca. Pode ser um elixir da vida. E pode ser diferente do objetivo original do herói, pois ele se tornou mais sábio durante seu percurso.</i><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Em cada livro, ele recebe uma recompensa: em </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">A Pedra Filosofal</i><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, recupera a pedra do título - algo que de fato produz um elixir da vida — ao derrotar Voldemort. Em </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">A Câmara Secreta</i><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, as lágrimas de uma fênix curam a ferida causada pelo basilisco, impedindo que ele morra. Em </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">O Prisioneiro de Azkaban</i><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, ele ganha um padrinho e conhecimento maior sobre os pais. No </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">O Cálice de Fogo</i><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, é o vencedor do torneio, derrota </span><u style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">sozinho</u><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, porém momentaneamente, Voldemort (para escapar dele), descobrindo assim que é capaz de lutar de igual para igual com o bruxo, tendo esperança de derrota-lo definitivamente.Em </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">O Enigma do Principe</i><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, ele consegue informações essenciais que o auxiliarão a finalmente derrotar o Lord das Trevas. Em Relíquias Mortais, como mencionamos, ele se torna o mestre da Varinha das Varinhas, embora, abra mão do objeto após derrotar Voldemort</span></span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<b style="background-color: white; font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">(C) Retorno</b><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<i style="background-color: white; font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">O herói empreende um vôo mágico de volta ao seu lugar de origem. Ele pode ser salvo por forças mágicas. Um de seus protetores iniciais pode ajudá-lo. Uma pessoa ou alguma coisa de seu mundo de origem pode aparecer para traze-lo de volta</i><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">. Em </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">A Pedra Filosofal</i><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, Dumbledore chega para resgatar Harry, inconsciente, do subterrâneo onde Harry se encontra. Em </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">A Câmara</i><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, uma fênix é enviada para ajuda-lo. </span></span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<i style="background-color: white; font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">O herói volta ao mundo cotidiano, atravessando de novo a passagem. Ele pode ter alguma dificuldade para se readaptar à sua vida original onde as pessoas não conseguem compreender o que vivenciou.</i><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Essa passagem ocorre em todos os livros de Harry, uma vez que ele sempre precisa retornar para a casa dos tios, onde definitivamente ninguém o compreende. E, ocorre quando Harry finalmente morre e retorna, sendo essa uma metáfora explicita do processo de mudança dele, onde, o menino morre para dar lugar ao homerm, capaz de, finalmente, derrotar seu antagonista. </span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<i style="background-color: white; font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">O herói se torna senhor de ambos os mundos: o do cotidiano, que representa a sua existência material, e o mundo mágico, que significa seu íntimo.</i><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Harry compreende tanto os mecanismo de funcionamento do mundo dos trouxas quanto do mundo dos bruxos, mas é nesse mundo mágico que adquire as experiências que o tornam espiritualmente mais forte e maduro (o domínio de seu íntimo).</span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<i style="background-color: white; font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">O herói conquistou sua liberdade para viver como desejar. Superou os medos que o impediam de viver plenamente.</i><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">O medo é, considerado pela autora, como o maior inimigo de Potter, maior até do que Voldemort, e são representados pelas figuras do </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">dementadores</i><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, das quais falaremos adiante, Em </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">O Prisioneiro de Azkaban</i><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, Harry aprende como dominar esse medo, decorrente do trauma da morte de seus pais, utilizando uma conjuração chamada </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Patrono</i><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">. Apenas, após superar esse desafio, é que ele se viu capaz de prosseguir seu caminho de autoconhecimento (descobrir algo sobre o passado do pai) e de se perceber mais independente. </span></span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">É interessante apontar aqui em que todos os livros da série, o herói se vê preso em </span><b style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">uma caverna</b><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, que pode ser representada pelos subterrâneos da escola (em </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">A Pedra</i><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">), pela </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Câmara Secreta</i><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> ou por uma passagem subterrânea que leva a uma mansão abandonada (em </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">O Prisioneiro de Azkaban</i><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">), ou mesmo pela caverna onde vai buscar um medalhão em </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">O Enigma do Príncipe</i><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">,ou a caverna metafórica da "morte" de Harry, em que ele foi à outro mundo, antes de retornar. Enfim, ele vive uma </span><b style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">katabásis.</b><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Em </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">O Cálice de Fogo</i><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, a caverna é substituída por um </span><b style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">labirinto</b><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">. Como Brandão aponta, a caverna simboliza a </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">morte ritual</i><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> - também citada por Campbell na jornada do herói. É como se a caverna fosse uma espécie de útero (da grande deusa e mãe Terra) onde o sujeito (no caso Harry) pudesse passar por um processo de crescimento espiritual, adquirindo experiência. Essa morte ritual leva a um novo nascimento desse “feto”, possibilitando-o iniciar uma nova vida (simbolicamente). O labirinto também envolve essa questão do nascimento, ainda mais quando visto sob a luz do mito do Minotauro, em que Brandão aponta a questão do fio de Ariadne como uma metáfora para o cordão umbilical. Sair do labirinto também é renascer. Todos nós adentramos continuamente em cavernas e labirintos simbólicos durante o percorrer de nossas vidas. Cada vez que sofremos uma perda ou passamos por uma crise, nos isolamos (física e/ou introspectivamente). Esse movimento é similar ao adentrar em uma caverna, para que possamos “renascer” novamente com mais força e experiência. Sofremos pequenas mortes e pequenos renascimentos durante toda a nossa vida. </span></span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<b style="background-color: white; font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Mas, por que o mito do herói e a saga de Harry Potter nos tocam tanto? O que essas histórias dizem para nós e dizem de cada um de nós?</b><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">O herói é aquele que está começando uma nova saga, iniciando uma nova etapa de sua vida. Alguém que no início não conhece quase nada, se mostra dependente de outros e se sente incapaz de realizar qualquer coisa que seja. Mas, mesmo contra sua vontade, ele se vê obrigado a enfrentar desafios e encontrar forças para vence-los. Descobre-se mais forte e capaz do que supunha. E emerge dessa experiência mais maduro e experiente, com o “espírito mais forte”. </span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Tendo em vista o que foi acima descrito não somos todos nós heróis? Volta e meia iniciamos novas etapas em nossas vidas, nos sentimos incapazes, mas no fim descobrimos que é possível enfrentarmos os desafios, e não saímos mais fortes de cada experiência? É por isso que sempre torcemos pelo sucesso do herói, pois ele reflete nosso próprio sucesso (ou pelo menos nosso desejo de obtê-lo). </span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Talvez nosso maior desafio seja a saída da infância e o ingresso na vida adulta. Como Freud também aponta em </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Romances Familiares:</i></span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<i style="background-color: white; font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">“Ao crescer, o indivíduo liberta-se da autoridade dos pais, o que constitui um dos mais necessários, ainda que mais dolorosos resultados do curso do seu desenvolvimento. Tal liberação é primordial e presume-se que todos os que atingiram a normalidade lograram-na pelo menos em parte. Na verdade, todo o progresso da sociedade repousa sobre a oposição entre as gerações sucessivas”.</i><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">O herói inicia sua jornada como uma criança, incapaz, sem nenhum conhecimento, necessitando da ajuda de protetores e guias, que podem ser consideradas como personificações de nossos pais. Ao enfrentar os mais diversos perigos e desafios, vai se tornando mais autônomo e independente, passa por uma morte ritual (a criança que éramos morre), para que seja possível iniciar uma nova vida, com mais sabedoria, como adulto. </span><br />
<span style="background-color: white;"><br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Harry passa por uma jornada dupla: a jornada de herói e de adolescente, talvez por isso mesmo ele diga tanto de nós e tanto sucesso envolva a série. Potter, apesar de viver em um mundo mágico, é um herói como cada um de nós. </span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2187791068596331616.post-36517770576818716382017-10-12T10:13:00.000-07:002017-10-12T10:13:03.907-07:00Crimson: Confissões de um Vampiro Adolescente<br />
<h4 style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;">
<center>
</center>
</h4>
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">Quando em 1998 a WildStorm lançou o selo Cliffhanger, ela contava com criações de dois desenhistas que podem ser considerados como "jovens estrelas" da indústria quadrinística : J. Scott Campbell, com sua Danger Girl, e Joe Madureira, com seu Battle Chasers. Embora não tão conhecido como os outros dois, pelo menos aqui no Brasil, Humberto Ramos era o terceiro integrante do selo, com o seu Crimson. E, ironicamente, sua criação é a mais interessante e elaborada das três.</span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">Humberto Ramos é conhecido por aqui por seu trabalho na história "Um Mundo sem Adultos", que deu origem à série Young Justice, e saiu aqui no Brasil na Melhores do Mundo # 30. Assim como Madureira, o estilo de Ramos é notadamente influenciado pelos quadrinhos japoneses. Com roteiros de Brian Augustyn, Crimson conta a história de Alex Elder, um típico adolescente de 16 anos de Nova York, que, numa bela noite, ao sair com seus amigos, é atacado por uma gangue de vampiros, os Jelly-Bats. Enquanto os amigos de Alex são mortos, ele é transformado em vampiro pela líder do grupo, Rose, the Puppet.</span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">Alex é, então, encontrado por Ekimus, um antigo Grigori (uma raça criada por Deus antes dos seres humanos). Agora, Alex precisa aprender a conviver com seus poderes de vampiro, ao mesmo tempo que tenta manter sua humanidade. Além de Ekimus, Alex se torna amigo de um vampiro meio mexicano, meio índio, chamado Joe. Quem acha que os Jelly-Bats são os grandes vilões da história, está completamente enganado. Após assassinarem Julie Ryde, a namorada de Alex, nosso herói resolve acertar as contas com a gangue e acaba por destruí-los.</span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">Na realidade, as coisas são muito mais complicadas do que aparentam ser. Tudo tem origem na Criação: quando Deus criou o mundo, ele não criou os homens logo de cara: criou primeiro os dragões e os Grigori, só então criou os homens. Mas parece que as coisas não deram muito certo e houve uma grande guerra entre as criações de Deus. Os dragões foram confinados a uma região desconhecida da Terra, enquanto Ekimus se tornou o último dos Grigori. Além disso, havia uma linda (e ardilosa) mulher chamada Lisseth, que acabou se envolvendo com Ekimus, e dessa união surgiram todos os vampiros do mundo.</span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">Alex, por outro lado, é muito mais que um vampiro. Ele é o Escolhido, aquele capaz de derrotar Lisseth, que quer destruir todos os seres vivos e refazer a criação à imagem e semelhança dela. Se não bastasse ter que se preocupar com a Mãe de Todos os Vampiros, Alex ainda é perseguido por uma organização chamada Red Hood, cuja origem está ligada à história de Chapeuzinho Vermelho, e é uma espécie de ramo "caça-monstros" da Ordem dos Cavaleiros Templários. Os membros da Red Hood são descendentes de Chapeuzinho Vermelho, que na realidade era uma prostituta que foi atacada por um lobisomem e salva por um caçador, com quem acabou se casando. Como resultado do ataque do lobo, Chapeuzinho deu a luz a um casal de gêmeos, os primeiros da linhagem de caçadores. Desses caçadores, uma se envolve mais diretamente com Alex: Scarlet, que tenta descobrir o porquê de Alex ter sido transformado em vampiro, além de ter um passado em comum com Joe.</span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">Outros personagens são o policial negro George Davis, que descobre ser a reencarnação de São Jorge, o caçador de dragões; o Senador Van Fleet, patrão do pai de Alex, que na realidade se revela um vampiro, trabalhando para Lisseth (e que pode sair à luz do dia!); além deles, temos mais alguns anjos, monstros, tribos indígenas e o próprio Lúcifer. Assim como na série Preacher da linha Vertigo (recentemente lançada no Brasil pela Pixel), aparentemente Deus abandonou o Paraíso, deixando a sua administração a cargo dos Arcanjos, dentre os quais inclui uma versão feminina de Gabriel, Gabrielle. Uma das edições mais interessantes, inclusive, é a que conta o primeiro Natal de Alex como vampiro, no qual ele é julgado pelos Arcanjos, e em que ele é constantemente abordado por uma garotinha, que pode ou não ser Deus.</span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">Outra personagem importante, mas que surgiu apenas em edições mais recentes, é a "anja" caída Zophiel, que foi expulsa do Paraíso e agora tem que viver na Terra, entre os mortais, tentando aprender a conviver como eles. Alex acaba por se tornar seu guia e mentor, e, com o tempo, algo mais.</span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">E, bem como no mundo real, no universo de Crimson não é possível definir realmente o que é certo e o que é errado ou quem são os bandidos e quem são os mocinhos. Nem todos os monstros são realmente a encarnação do mal, como Alex e Joe, por exemplo, e a Ordem dos Templários não é tão nobre assim, não se importa de usar meios escusos para concretizar sua cruzada "santa". Até alguns anjos são um pouco assustadores, como o arcanjo da morte.</span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">A narrativa e o clima de Crimson parecem ser uma mistura dos próprios quadrinhos japoneses que influenciaram os desenhos de Ramos com RPG, contos de fadas e sagas místicas. Isso sem falar das referências bíblicas e a ícones da mídia, como Arquivo X, Simpsons, Disney (os amigos de Alex que foram assassinados no primeiro número se chamavam Huey, Dewey e Loie, os nomes originais de Huguinho, Zezinho e Luisinho, sobrinhos do Pato Donald). Sem falar que os roteiros sabem equilibrar os problemas pessoais e emocionais de Alex e sua vida de vampiro com eventos de pura ação, coisa difícil de se encontrar atualmente nesse tipo de HQ.</span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;">Crimson chegou a ser publicado no Brasil pela Pandora Books.Clicando </span><a href="http://www.coverbrowser.com/covers/crimson" style="color: #333333; font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; font-weight: bold; text-align: justify; text-decoration: initial;" target="_blank">AQUI</a><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;"> pode-se ver todas as capas de Crimson</span><br />
<b style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;"></b><br />
<center style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px;">
<b>Imagens</b><br /><a href="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/crimson_tpb1.jpg" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" target="_blank"><img src="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/th_crimson_tpb1.jpg" style="border: 0px;" /></a> <a href="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/crimson_tpb2.jpg" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" target="_blank"><img src="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/th_crimson_tpb2.jpg" style="border: 0px;" /></a> <a href="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/crimson_tpb3.jpg" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" target="_blank"><img src="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/th_crimson_tpb3.jpg" style="border: 0px;" /></a> <a href="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/crimson_tpb4.jpg" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" target="_blank"><img src="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/th_crimson_tpb4.jpg" style="border: 0px;" /></a> <a href="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/002_crimson16_400.jpg" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" target="_blank"><img src="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/th_002_crimson16_400.jpg" style="border: 0px;" /></a> <a href="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/RamosHumberto_crimson11cov_sm.jpg" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" target="_blank"><img src="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/th_RamosHumberto_crimson11cov_sm.jpg" style="border: 0px;" /></a> <a href="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/crimson-alex-ramos-original.jpg" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" target="_blank"><img src="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/th_crimson-alex-ramos-original.jpg" style="border: 0px;" /></a> </center>
Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2187791068596331616.post-72684968086171120242017-10-10T10:00:00.000-07:002017-11-06T04:26:59.769-08:00O moderno Robin Hood<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://vignette1.wikia.nocookie.net/marvel_dc/images/7/75/Green_Arrow_0001.jpg/revision/latest?cb=20130716221719" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://vignette1.wikia.nocookie.net/marvel_dc/images/7/75/Green_Arrow_0001.jpg/revision/latest?cb=20130716221719" height="640" width="422" /></a></div>
<br />
Para quem curte Arrow e quer conhecer um pouco mais sobre o personagem nos quadrinhos, nos debruçamos sobre a aclamada minissérie do Arqueiro Verde, escrita por Kevin Smith, figurinha carimbada do público cinematográfico (dirigiu, entre outros, Dogma e Procura-se Amy), e também nos quadrinhos com seu fenomenal arco de histórias estrelado pelo Demolidor e a minissérie Cacofonia, do Batman.<br />
<br />
Kevin Smith - que também pode ser chamado de "homem bombril", pois tem mil e uma utilidades, embora ultimamente tenha errado um pouco a mão nos filmes - trouxe de volta dos mortos o Arqueiro Verde original e transformou o seu título em um dos mais vendidos no período de lançamento. Antes de analisarmos a série escrita por Smith, vale a pena darmos uma retrospectiva na personagem.<br />
<br />
A origem clássica do Arqueiro comumente aceita é a de que o milionário entediado Oliver Queen um dia caiu de seu iate durante uma viagem e ficou preso em uma ilha, dependendo de um rústico arco para sobreviver. Depois de certo tempo, pessoas estranhas chegaram nessa mesma ilha. Queen, descobrindo que elas na verdade eram traficantes de drogas, consegue prende-las, sendo depois resgatado pela guarda costeira. Ao voltar à civilização, vestido de Robin Hood, salva de um assalto os participantes de uma festa à fantasia. Após esse evento, associado com a grande crítica social que desenvolveu em seu exílio forçado, resolve se tornar um herói. Depois de um tempo, adota o jovem Roy Harper (atual Arsenal) e transforma-o em seu parceiro.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/236x/45/0e/81/450e811412724267c4e96c7302f99dcf.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/236x/45/0e/81/450e811412724267c4e96c7302f99dcf.jpg" width="228" /></a></div>
<br />
O Arqueiro Verde, como a maioria das personagens da DC, é originário da Era de Ouro. Criado em 1941 por Mort Weisinger (roteiro) e George Papp (desenho), era publicado inicialmente na revista More Fun Comics. O Arqueiro nada mais era, nessa época, que uma versão do Batman vestida de Robin Hood. Como ele, tinha um parceiro mirim Ricardito (Speedy), além de outros apetrechos similares aos que Batman usava nessa época, como um carro-flecha, um flechacóptero e até mesmo (em alguns números) habitava numa caverna. Suas flechas de mil e uma utilidades nos remetiam aos badulaques do cinto do Homem-Morcego. Como Bruce Wayne, Oliver também era um milionário. Mas, apesar de ser praticamente um xerox do Batman, fazia um relativo sucesso no período.<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://ecx.images-amazon.com/images/I/61HI-PwzkSL._SY344_BO1,204,203,200_.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://ecx.images-amazon.com/images/I/61HI-PwzkSL._SY344_BO1,204,203,200_.jpg" height="400" width="261" /></a></div>
<br />
Foi nos anos 70 que as coisas realmente começaram a mudar para a personagem. Em uma de suas melhores e mais badaladas fases (desenhado por Neal Adams, responsável também pelo cavanhaque que se tornou marca característica de Ollie), ele se juntou ao Lanterna Verde/Hal Jordan e à sua amada Canário Negro para uma road trippin' através dos Estados Unidos, na qual enfrentavam traficantes e lidavam de frente com questões sociais, algumas relativamente polêmicas para a época. Vale ressaltar também que, nesse período, seu ex-pupilo Ricardito tornou-se viciado em heroína - tal história mostrou-se revolucionária quando de sua publicação.<br />
<br />
Outra obra de destaque lançada com a personagem foi a minissérie Caçadores, publicada aqui pela Abril. Nela, temos um Oliver Queen mais envelhecido, não mais um milionário, residindo em Seattle (sua base original de operações era Star City, e durante um tempo atuou em Boston) com Dinah Lance, a Canário Negro. O tom é pesado (nessa série, Canário foi torturada e violentada por traficantes), mais próximo do estilo Vertigo que dos quadrinhos de heróis tradicionais.<br />
<br />
Após a morte de Queen em uma explosão, seu filho Connor Hawke assume seu manto mas, não tendo a mesma empatia do pai, não chega a fazer muito sucesso. É aí que entrou Kevin Smith e sua série. Nela, Oliver Queen aparece desmemoriado em sua cidade natal, Star City. Após salvar a vida de Stanley, um velho milionário excêntrico, este passa a ajuda-lo para que volte a combater o crime. Entretanto, nada é o que parece.<br />
<br />
Se os desenhos de Phillip Hester causam estranhamento nos fãs de estilo mais clássico, o roteiro e os diálogos de Smith empolgam. Mais experiente e menos prolixo que no Demolidor, ele mostra aqui porque era apontado, na época, como um dos mais proeminentes roteiristas do momento. Sendo um fã e respeitando a inteligência dos demais fãs, Kevin não só tentou amarrar toda a cronologia da personagem, como também buscou nos seus momentos mais gloriosos (artisticamente falando) a inspiração para o seu retorno. Falar demais vai estragar a surpresa da história de quem ainda, depois de todos esses anos ainda não leu a série, mas só para dar uma canja, já no primeiro número algumas importantes pistas são lançadas sobre quem está envolvido no retorno de Queen.<br />
<br />
Outra façanha de Smith foi construir a história do retorno do Arqueiro ao mundo dos vivos de um modo original e sem parecer estúpido, como as milhares de ressurreições ocorridas na Marvel (que já viraram motivo de chacota para os fãs) ou o esdrúxulo retorno do Super-Homem. E mais um aspecto fascinante da história é essa amnésia de Queen. Oliver é um cara preso ao passado, aproximadamente nos anos 80, e é hilariante ver sua inaptidão com a tecnologia de nossos dias.<br />
<br />
Depois que Kevin Smith encerrou com sucesso sua participação no título, Brad Meltzer, autor de livros de grande sucesso nos Estados Unidos, assumiu a publicação, e também estar alcançou um bom êxito com a personagem.<br />
<br />
Sem sombra de dúvidas, essa série é recomendável para todos aqueles que gostam de quadrinhos, mesmo não sendo fãs do Arqueiro.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/4/4d/Green_Arrow_v3_01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/4/4d/Green_Arrow_v3_01.jpg" width="414" /></a></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2187791068596331616.post-40273031198444223222017-10-05T10:11:00.000-07:002017-10-05T10:11:01.132-07:00Nem todos os anjos pertencem ao Céu<h4 style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">
<center>
</center>
</h4>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvcC1XZqfMb602ZNrvQ9UrFCu7NW11VyRGHqBmCXGHS4vYtwUbAEq143Ha40zaet6ry9Nb37OJFM5Fenl79MI_4qwlBIMPofFEk1_xpELoFBRAN_s82IRTx5bOA5ibdZS6rz05c7A8vWM7/s1600/81T5Blzq5XL.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="1043" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvcC1XZqfMb602ZNrvQ9UrFCu7NW11VyRGHqBmCXGHS4vYtwUbAEq143Ha40zaet6ry9Nb37OJFM5Fenl79MI_4qwlBIMPofFEk1_xpELoFBRAN_s82IRTx5bOA5ibdZS6rz05c7A8vWM7/s400/81T5Blzq5XL.jpg" width="277" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<b style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Estrada para Perdição</b><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> foi publicada em 1998 pela DC Comics, através do selo Paradox Press, e seu autor é Max Allan Collins. Além de escritor de quadrinhos, Collins é autor de diversas histórias de detetive, tendo inclusive ganhado duas vezes o Prêmio Shamus de Escritores de Histórias de Detetive por seus romances True Detective e Stolen Away. A arte ficou a cargo do talentoso e também premiado ilustrador Richard Piers Rayner, que já trabalhou nas seguintes publicações: Hellblazer, Monstro do Pântano, L.E.G.I.Ã.O. e Doutor Destino. Aqui no Brasil a graphic novel foi publicada pela editora Via Lettera, em três edições encadernadas. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">O espaço entre a concepção da história e sua publicação foi de aproximadamente cinco anos. Todo esse tempo se deveu principalmente ao trabalho do ilustrador, que demorou em média seis meses para ilustrar cerca 25 a 30 páginas (num total de mais de 300). Mas toda essa demora valeu a pena, pois tanto o trabalho de Collins no roteiro quanto o de Rayner nas ilustrações são magníficos, refletindo a extensa pesquisa de que são frutos. A obra pode ser considerada como uma das mais detalhadas, fidedignas e realistas reconstituições dos anos 30. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Sam Mendes (Beleza Americana, Soldado Anônimo) dirigiu a versão cinemoatográfica estrelada por Tom Hanks, Jude Law e Paul Newman. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Estrada para Perdição é um bom filme, com atuações impecáveis, direção de primeira, além de uma reconstituição de época primorosa (a história se passa nos anos 30). Talvez o grande porém seja o seu final, por demais óbvio ao espectador, o que pode gerar uma espécie de anticlímax para os mais críticos. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">A história do filme e da revista é mais ou menos a seguinte: Sullivan (Tom Hanks) é um assassino profissional que trabalha para Rooney (Paul Newman), gângster que controla a região das "Três Cidades" e é subordinado a Al Capone. Certa noite, o filho mais velho de Sullivan, Michael Jr. (Tyler Hoechlin), presencia um assassinato cometido por Connor, filho de Rooney. Connor resolve matar o menino, não apenas por este ter visto o crime, mas também por nutrir um certo sentimento de ciúmes contra Sullivan, já que o matador é alvo de afeto especial por parte de Rooney, que o considera como um filho. Entretanto, Connor acaba matando por engano o filho mais novo e a esposa de Sullivan, que acaba fugindo com o filho mais velho, Michael. Juntos, pai e filho percorrem, literal e metaforicamente, uma estrada para Perdição - o nome de uma cidade onde Sullivan pretende esconder Michael. Além de tudo, ele ainda busca vingança pela morte de sua família. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<a href="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/perdition_page0716.gif" style="color: #333333; font-family: 'book antiqua'; font-weight: bold; text-align: justify; text-decoration: none;" target="_blank"><img align="right" alt="Clique para ver versão ampliada" border="0" src="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/th_perdition_page0716.gif" style="border: 0px;" /></a><br />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Como em qualquer adaptação, existem diferenças substanciais entre a graphic novel e o filme. Primeiramente, é possível apontar certas diferenças de nomes. Na revista, Michael Sullivan é chamado de Michael O´Sullivan e recebe a alcunha de Anjo da Morte (the Archangel of Death, no original), nem ao menos citada no filme. Já Mr. Rooney, nos quadrinhos, é chamado de Looney, um personagem real. Além disso, o tempo que O´Sullivan e seu filho passam na estrada também é diferente. No filme, são gastas seis semanas para se chegar à Perdição, enquanto na revista são necessários seis meses. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Se no cinema temos a presença de Frank Nitti, um dos mais proeminentes auxiliares de Capone, na HQ, além dele, somos brindados também com a participação do famoso intocável Eliot Ness. No filme, Michael Junior escapa da morte por ter ficado de castigo depois da aula devido a uma briga, enquanto na revista ele havia saído para uma festa de aniversário. Também é fato digno de nota que tanto o início quanto o final da HQ são bastante diferentes do que vemos no filme. </span><br />
<br />
<br />
<br />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">A mudança mais óbvia, no entanto, diz respeito à criação do excêntrico assassino de aluguel Harlen Maguire (Jude Law), em substituição às dezenas de gangsters que perseguem Sullivan e seu filho na história impressa. Mas a principal diferença entre as duas obras está no tom escolhido por seus realizadores para narrar a história. Ironicamente, a história em quadrinhos é muito mais movimentada que o filme, com diversas e elaboradas seqüências de ação e tiroteios - talvez uma espécie de reflexo da experiência de Collins em histórias policiais. Já o filme de Sam Mendes procura ser mais intimista, concentrando-se mais nos conflitos pessoais das personagens, especialmente nas relações entre pais e filhos, estabelecendo um paralelo entre Rooney/Connor e Sullivan/Michael Jr. De qualquer maneira, as diferenças apontadas não diminuem em nada as qualidades de ambas as obras.</span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Em relação à história em quadrinhos, não é possível deixar de assinalar a estreita relação de Estrada para Perdição com outra obra da arte seqüencial: </span><a href="http://www.freewebs.com/mahouamaterasu/tsuru/numero2/lonewolf.htm" style="color: #333333; font-family: 'book antiqua'; font-weight: bold; text-align: justify; text-decoration: none;" target="tsuru">Lobo Solitário</a><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Criado por Kazuo Koike e Goseki Kojima e publicado no Japão na década de 70, Lobo Solitário conta a história de Ito Ogami, o executor oficial do Shogun que, acusado injustamente de traição, passa a vagar pelo Japão ao lado de seu filho Daigoro. Quem conhece a obra de Koike e Kojima reconhece imediatamente que Collins usou-a deliberadamente como fonte de inspiração para a sua história. Ele transpôs o Japão Feudal e seus rígidos códigos de honra para os anos da Lei Seca nos Estados Unidos: os clãs japoneses encontram correspondência nas famílias de mafiosos, e O´Sullivan faz as vezes de Ito Ogami, enquanto seu filho Michael ocupa o lugar de Daigoro. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Assim como Ogami, O´Sullivan é um reconhecido e eficiente assassino a serviço de seu "senhor"; de repente, se vê caindo em desgraça, traído e perseguido por aqueles em quem um dia confiou, além de ter sua família assassinada no desenrolar dos acontecimentos. Resta-lhe apenas o filho como companheiro de travessia. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">O próprio título da HQ americana já é uma referência ao mangá. Quem já leu Lobo Solitário, mesmo em português, se lembra da escolha que Ito Ogami fez após a tragédia que se abateu sobre sua vida: ele escolheu seguir a trilha do assassino, um caminho de sangue e morte no qual não existe nenhuma misericórdia e que, no fim das contas, acaba o conduzindo ao meifumado, o inferno japonês. Nada muito diferente da escolha de O´Sullivan. Tanto ele quanto Ogami caminham para o inferno ou, em outras palavras, percorrem uma estrada para a perdição. </span><br />
<br />
<center style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px;">
</center>
<br />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Apesar de beber em fonte japonesa, Collins consegue construir uma obra marcante, de qualidade tão extraordinária quanto sua correspondente oriental. Mais que isso: consegue que seu trabalho seja apreciado por suas próprias qualidades, sem ser ofuscado ou reduzido pela sua inspiração. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Collins escreveu duas outras continuações, em prosa, da história: Road to Purgatory (2004) e Road to Paradise (2005), contando a trajetória de Michael Jr. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Em resumo, a graphic novel Estrada para Perdição pode ser considerada um dos mais formidáveis trabalhos de quadrinhos adultos realizados nos últimos anos. Merecer ser conferido, não apenas por quem gostou do filme ou é fã de Lobo Solitário, mas por todos aqueles que querem ler uma história empolgante, de qualidade, magnificamente escrita e ilustrada. </span><br />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXiTKUfu2cWC-ZJWF-esRTA9F2lxYS9UCyDaMnqXLNOnZPUOKoItT7-fQH0_CkwsGuDcuL52Shmc5By2PrIHjkMiUcOupBsuX8RoLiUzg1_FIlE7DGB2wwhRLAZVOjw4C0FbPUGuxXDnlb/s1600/perdition.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="299" data-original-width="723" height="264" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXiTKUfu2cWC-ZJWF-esRTA9F2lxYS9UCyDaMnqXLNOnZPUOKoItT7-fQH0_CkwsGuDcuL52Shmc5By2PrIHjkMiUcOupBsuX8RoLiUzg1_FIlE7DGB2wwhRLAZVOjw4C0FbPUGuxXDnlb/s640/perdition.jpg" width="640" /></a></div>
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"><br /></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2187791068596331616.post-5626393794435155322017-10-03T10:01:00.000-07:002017-10-16T07:16:05.884-07:00As 3 faces de Coraline.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcrgxmQtKzaXEwcvhgO6OPgMSxhYoZPKILo_zsafkCKQB9nIYIijZWnt1pGm4qyk2fzme6HeVpl5LXO9oeYUfPRL1ErzBh3_S2m1OLOqUYOidDykyj8MMB_hDJu3cGAsqdSMU98iepSPyW/s1600/3f08cac976be23e900e1f3501470219f.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="637" data-original-width="805" height="505" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcrgxmQtKzaXEwcvhgO6OPgMSxhYoZPKILo_zsafkCKQB9nIYIijZWnt1pGm4qyk2fzme6HeVpl5LXO9oeYUfPRL1ErzBh3_S2m1OLOqUYOidDykyj8MMB_hDJu3cGAsqdSMU98iepSPyW/s640/3f08cac976be23e900e1f3501470219f.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<br />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;">Coraline nasceu como um livro do autor inglês Neil Gaiman e ilustrado pelo genial Dave MacKean. </span><br />
<br />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;"><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;">Neil Gaiman pode ser considerado um dos mais importantes escritores de fantasia da atualidade. </span>Entretanto, ele começou sua carreira como jornalista. </span><br />
<br />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;">Um dos seus primeiros trabalhos foi </span><span style="font-size: small;"><i style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Violent Cases</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, no qual ele traçava um paralelo entre a brincadeira infantil da dança das cadeiras e o massacre de São Valentino cometido por Al Capone. Essa foi a primeira vez em que ele e Dave McKean trabalharam juntos.</span></span><br />
<span style="font-size: small;"><br /></span>
<span style="font-size: small;"></span><br />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;">Graças a essa obra, ele e McKean conseguiram uma vaga na DC e realizaram a minissérie </span><span style="font-size: small;"><i style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Orquídea Negra</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> - que está sendo relançada no Brasil. Essa minissérie falava sobre uma obscura super-heroína da editora e possibilitou que eles alcançassem vôos maiores. Gaiman passou a escrever a série mensal </span><i style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Sandman</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> e McKean, além de ser o capista oficial de </span><i style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Sandman</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> e de </span><i style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Hellblazer</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, também realizou o especial </span><i style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Asilo Arkham</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, escrito por Grant Morisson e estrelado pelo Batman.</span></span><br />
<span style="font-size: small;"></span><br />
<span style="font-size: small;"><br /></span>
<span style="font-size: small;"><i style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Sandman</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, que é considerada como a maior obra de Gaiman para os quadrinhos, é uma das mais fascinantes histórias já publicadas pela DC Comics, e foi, juntamente com o </span><i style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Monstro do Pântano</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> de Alan Moore, um dos catalisadores que possibilitou a criação da linha de quadrinhos adultos da DC: a Vertigo. Além de Sandman, Gaiman também escreveu para os quadrinhos: Livros da Magia (estrelado por um jovem mago de 12 anos, dono de uma coruja e que usa óculos, muito antes de Harry Potter aparecer), Miraclemen, Angela, algumas minisséries estreladas pelos Perpétuos (personagens de Sandman), entre outras coisas.</span></span><br />
<br />
<br />
<div style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;">Mas Gaiman não se contentou em escrever apenas para os quadrinhos. Graças ao seu talento, se saiu bem em praticamente tudo o que fez. Ele já escreveu livros de contos e poesias (Fumaças e Espelhos), séries de TV (Neverwhere), romances de fantasia (o premiado Deuses Americanos e o divertido Bela Maldições, a quatro mãos com o saudoso Terry Pratchett), fábulas para adultos (Stardust), livros infantis (The day I swapped my dad for 2 goldfishes e Wolves in the Walls) e cinema, o roteiro de Beowulf é dele e a adaptação de Princess Mononoke para o inglês também. Também ganhou diversos prêmios importantes, como o Eisner, World Fantasy Award, Brain Stocker Award, American Library Association's Alex Award e o Nebula.</span></div>
<span style="font-size: small;"><br /></span>
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;">Como já disse, a parceria entre Gaiman e McKean é antiga e começou em </span><span style="font-size: small;"><i style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Violent Cases</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">. Mais que parceiros profissionais, Gaiman e McKean se tornaram grandes amigos e juntos realizaram </span><i style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Mr. Punch</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, </span><i style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">The day I swapped my dad for 2 goldfishes</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, </span><i style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Sandman</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">(a série) e </span><i style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Sandman Noites sem Fim</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> (McKean era o capista), </span><i style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Wolves in the Walls</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, entre outros. Os dois trabalharam juntos em </span><i style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Mirror Mask</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, um filme ao estilo de </span><i style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Labirinto</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, clássico dos anos 80, em que Gaiman foi o roteirista e McKean foi o diretor, além de ser também responsável pelo designer das personagens e cenários. E há, é claro, </span><i style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Coraline</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">.</span></span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"><i style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Coraline</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> é uma obra especial para Gaiman. Ele começou a escrevê-la cerca de 15 a 20 anos atrás para sua filha mais velha, Holly. No livro, somos apresentados a Coraline Jones, uma garotinha que vive em uma velha mansão com seus pais. Como muitas casas antigas da Inglaterra, o casarão onde Coraline vive foi dividido em pequenos apartamentos. Em um deles moram as senhoritas Forcible e Spink, duas velhinhas simpáticas que já foram atrizes de teatro. No sótão vive um estranho senhor que diz treinar uma banda de música composta por ratos brancos.</span></span><br />
<br />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;">Coraline é uma menina comum, um pouco mimada (não gosta de experimentar comidas diferentes), e que detesta que falem o seu nome errado ou que não prestem atenção no que ela diz (o que acontece praticamente o tempo todo, pois os adultos insistem em chamá-la de Caroline). Mas, antes de tudo, Coraline é uma exploradora.</span><br />
<br />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;">Em um dia de chuva, sem nada para fazer, seu pai sugere que ela explore o apartamento, anotando, entre outras coisas, o número de portas da casa. Coraline descobre que, das 14 portas do apartamento, uma não se abre. Depois que sua mãe abre a porta com uma velha chave negra, primeiro a menina acredita que a porta dá apenas em uma parede de tijolos.</span><br />
<br />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;">Mas, ao destrancar a porta, a mãe de Coraline abriu passagem para um mal antigo, que está atrás da menina. Certa noite, Coraline abre novamente a porta, que agora revela um longo corredor. Do outro lado, ela encontra uma outra versão de sua casa, com uma outra mãe, um outro pai, outros vizinhos, praticamente tudo igual, tirando o fato de que lá todos sabem o seu nome, tudo é como ela mais gosta e as pessoas que ela conhece têm reluzentes botões negros no lugar dos olhos(!?).</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"><i style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"></i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Como diz o velho ditado, quando a esmola é muita, o santo desconfia. As coisas não são o que parecem e Coraline vai passar por grandes apertos para sair daquele lugar, contando apenas com sua coragem, sua habilidade de exploradora e a ajuda de um gato preto.</span></span><br />
<br />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;">O livro traz de volta elementos clássicos da literatura infantil inglesa, presente em obras de autores como Lewis Carroll (</span><span style="font-size: small;"><i style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Alice no País das Maravilhas</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> e </span><i style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Alice no País dos Espelhos</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">) ou C.S. Lewis (</span><i style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Crônicas de Nárnia</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">) ou J.M. Barrie (</span><i style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Peter Pan</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">). Tem em comum com esses trabalhos o tema da criança que, através de um portal (um buraco ou um espelho no caso de </span><i style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Alice</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, um guarda-roupa nas </span><i style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Crônicas de Nárnia</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">) ou de um artefato mágico (o pó mágico de </span><i style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Peter Pan</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">), encontra um lugar mágico e fantástico, a princípio bastante agradável, mas que se revela cheio de segredos sombrios e obscuros - especialmente no caso de </span><i style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Alice</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> e </span><i style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Peter Pan</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">.</span></span><br />
<br />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;">Gaiman não é como muitos autores atuais, que pintam em suas obras um mundo politicamente correto, florido e cor-de-rosa. Os tons empregados em Coraline são negros e cinzentos. Há passagens que certamente nos fazem estremecer de medo, mas também não faziam isso os velhos contos infantis de outrora? </span><br />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;">Lembro-me muito bem do meu horror ao saber que, na história do </span><span style="font-size: small;"><i style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Pequeno Polegar</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, o gigante decapitou suas sete filhas achando que era o Polegar e seus irmãos, e ainda assim eu adorava essa história. Ler </span><i style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Coraline</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> me trouxe essa velha sensação perdida em minha infância, um misto de medo e atração. Por isso, só posso brindar à ousadia de Gaiman.</span></span><br />
<br />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;">Com seu texto inteligente, ágil e envolvente, Gaiman não subestima a capacidade dos seus leitores infantis, criando uma obra que pode ser apreciada prazerosamente por platéias de qualquer idade.</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Quanto às ilustrações de Dave McKean, não poderia deixar de dizer que elas foram uma agradável surpresa. Apesar de conhecer a obra desse artista há anos, a maior parte de seu trabalho que eu conhecia era feito através das técnicas de pintura ou uma mescla entre pintura e fotografia. Em </span><i style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Coraline</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, McKean trabalha basicamente com desenhos em preto, cinza e branco, feitos em nanquim e tinta, se eu não me engano. Fiquei surpresa exatamente por ele dominar tão bem técnicas tão distintas e ainda colocar sua marca pessoal nas obras. Você vê uma capa de </span><i style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Sandman</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> ou uma página de </span><i style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Orquídea Negra</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, e depois olha uma ilustração de </span><i style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Coraline</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, sabe imediatamente que é Dave McKean, e o melhor, adora o que vê. </span><span style="font-family: "book antiqua";">As </span></span><span style="font-size: small;"><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">ilustrações em preto e branco remetem, em sua distor</span></span><span style="font-size: small;"><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">ção a ambienta</span></span><span style="font-size: small;"><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">ção dos filmes do Expressionismo Alem</span></span></span></span><span style="font-size: small;"><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">ão, que exploravam o mundo interior e perturbado dos personagens.</span></span><br />
<br />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;">Os desenhos em </span><span style="font-size: small;"><i style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Coraline</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> conseguem passar simultaneamente o clima de conto infantil e de história de terror que os textos de Gaiman demandam. Também gostaria de cumprimentar a tradutora do livro, Regina de Barros Carvalho, pelo excelente trabalho feito, ao respeitar a obra original e, ao contrário de certos tradutores, não ficar trocando nomes próprios de personagens ou abrasileirando coisas que não tem a mínima necessidade de serem abrasileiradas, dada a universalidade do tema.</span></span><br />
<br />
<br />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;">Na animação stopmotion, Coraline se tornou uma garotinha de cabelos azuis e capa de chuva amarela. Os traços e o estilo, não
por acaso, lembravam algo de “James e o Pêssego Gigante” ou mesmo de “O
Estranho Mundo de Jack”</span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/736x/61/27/d5/6127d5aa8804512bd1b3068ee975a345.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/736x/61/27/d5/6127d5aa8804512bd1b3068ee975a345.jpg" width="395" /></a></div>
<br />
<span style="font-size: small;"><br /></span>
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;">Não
por acaso exatamente pelo fato de serem todos esses três filmes
dirigidos pelo sensacional Henry Selick. Pouca gente sabem, mas, apesar
de Jack ser uma criação do Tim Burton (Noiva Cadáver) foi Selick quem
dirigiu a película. </span><br />
<span style="font-size: small;"><br style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;">Produzido pelo fenomenal estudio Laika (</span><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;"><i>Noiva Cadáver, Paranorman, Boxtrolls</i>), o filme mantém exatamente as mesmas linhas narrativas do livro, contudo, ser permite à mudanças de ritmo e a introdução de novos personagens: Wybie Lovat, vizinho da mesma idade de Coraline, e sua avô. Também altera a ocupação dos pais da protagonista e explicita alguns elementos sobre a mansão onde a garotinha se mudou com os pais</span><br />
<span style="font-size: small;"><br style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;">Eu, particularmente, não sou uma fã purista daquelas que se ressente porque determinado trecho do livro não foi literalmente transposto para a tela de cinema. Exatamente porque, da minha perspectiva, por mais que possam existir aproximações entre cinema e literatura (e muitos movimentos de vanguarda inclusive reforçam essa aproximação, mas discorrer sobre isso aqui é fugir do nosso tema), cinema e literatura são efetivamente meios diferentes. Cada um com recursos e gramáticas próprias, portanto, muitas são as vezes em que aquilo que fica maravilhosamente bem nos livros, pode ser tornar enfadonho e sem graça na telona.</span><br />
<span style="font-size: small;"><br style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;">E, no caso de Coraline, acredito que até o mais radical fã de Gaiman vai se render à forma meticulosa e bem amarrada que Selick adaptou a história, afinal, todas essas mudanças são exatamente para tornar visuais algumas explicações e situações que podem ser descritas formidavelmente em palavras, mas se tornariam enigmáticas visualmente.<br /><br />O filme respeita a premissa e o clima do livro, mas as caracteriza</span><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;">ções dos personagens puxam para o cartoon, se distanciando da concep</span><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;"><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;">ç</span><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;">ão original de Dave McKean,</span> em uma forma de expressar fisicamente a personalidade dos personagens e tornar o processo de anima</span><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;">ç</span><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;">ão mais fluido.<br /><br />No caso da O</span><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;">utra Mãe e da </span><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;">Mãe real, por exemplo, sutilezas de detalhes na aparencia delas s</span><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;">ão importantes e evidenciam suas diferen</span><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;">ças. Um cabelo arrumado, postura ereta, maquiagem e um sorriso tornam da Outra </span><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;"><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;">Mãe</span>, em compara</span><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;">ç</span><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;">ão com os ombros caidos, cabelos desgrenhados e palidez da verdadeira </span><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;">Mãe, a tornam bem mais atraente, pelo menos no come</span><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;">ç</span>o, para a sonhadora Coraline.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://vignette2.wikia.nocookie.net/coraline/images/d/d9/Prigmore_Other_Mother_11.jpg/revision/latest?cb=20140926195259" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://vignette2.wikia.nocookie.net/coraline/images/d/d9/Prigmore_Other_Mother_11.jpg/revision/latest?cb=20140926195259" height="414" width="640" /></a></div>
<br />
<br />
A presen<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;">ç</span>a de <span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;">Wybie Lovat se mostra como um recurso narrativo eficiente para substituir os monologos internos de Coraline em conversas, trazendo dinamica a filme.<br /><br />O filme foi adaptado como <i>game</i> para o X-Box 360, Playstation 3, Nintendo 3DS e PSP.</span><br />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.cheatcc.com/imagesds/coraline_00.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.cheatcc.com/imagesds/coraline_00.jpg" height="400" width="266" /></a></div>
<br />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;">Existe uma vers</span><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;">ão em quadrinhos para o livro, escrita e desenhada por P. Craig Russell, que trabalhou com Gaiman em Sandman. Lançado aqui pela editora Rocco, a HQ tenta ser bem fiel ao livro, inclusive usando trechos do livro. Contudo a caracterização se distancia bastante tanto do trabalho original de McKean quanto da interpretação dada pela Laika. O visual da menina lembra muito mais uma Alice Moderna que suas contrapartes, a paleta de cor mais clara e vibrante que no filme reforça o quanto o livro de Lewis Carrol influenciou na HQ de Coraline.</span><br />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAKU4x2EIxB0wAzKY2eem7nfvAWcU8mvNpr8dcu3u_AhY0bTquqv0UHU83q7qp0p5wYx10EEMcJKOElx5YJm6O1yvxDxh6CnpZX7Jtb64BxhRDr00sB_SuONvoL0unKfj_83f8Icfv9rw/s1600/coraline-graphic-novel.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAKU4x2EIxB0wAzKY2eem7nfvAWcU8mvNpr8dcu3u_AhY0bTquqv0UHU83q7qp0p5wYx10EEMcJKOElx5YJm6O1yvxDxh6CnpZX7Jtb64BxhRDr00sB_SuONvoL0unKfj_83f8Icfv9rw/s1600/coraline-graphic-novel.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;"><br /></span>
<span style="font-size: small;"><br style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;" /></span>
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: small; text-align: justify;">Enfim, Coraline é um livro para ser lido e relido diversas vezes, sejam vocês adultos ou crianças Coraline também é um filme que merece ser visto várias e várias vezes pelas mesmas razões. . Se nenhum dos motivos que eu dei for suficiente para te convencerem disso, basta lembrar que </span><span style="font-size: small;"><i style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Coraline</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> é na verdade um conto de fadas e, colocando aqui uma citação feita por Gaiman na introdução do livro, vocês não poderiam achar motivo maior, afinal:</span></span><br />
<div style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">
</div>
<br />
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<span style="font-size: small;"><br /></span>
<span style="font-size: small;"><b style="font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">“Contos de Fadas são a pura verdade: não porque nos contam que os dragões existem, mas porque nos contam que eles podem ser vencidos. (G. K. Chesterton)”</b></span><br />
<div style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;">
</div>
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<br />
<b style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;"></b><br />
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<center style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px;">
<b>Imagens do filme - Clique para ampliar</b><br /><a href="http://s135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/coraline_02.jpg" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" target="_blank"><img alt="Photobucket" border="0" src="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/th_coraline_02.jpg" style="border: 0px;" /></a> <a href="http://s135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/coraline.jpg" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" target="_blank"><img alt="Photobucket" border="0" src="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/th_coraline.jpg" style="border: 0px;" /></a> <a href="http://s135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/poster-2.jpg" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" target="_blank"><img alt="Photobucket" border="0" src="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/th_poster-2.jpg" style="border: 0px;" /></a> <a href="http://s135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/coraline3.jpg" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" target="_blank"><img border="0" src="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/th_coraline3.jpg" style="border: 0px;" /></a> <a href="http://s135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/coraline4.jpg" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" target="_blank"><img alt="Photobucket" border="0" src="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/th_coraline4.jpg" style="border: 0px;" /></a> <a href="http://s135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/coraline5.jpg" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" target="_blank"><img alt="Photobucket" border="0" src="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/th_coraline5.jpg" style="border: 0px;" /></a> <a href="http://s135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/coraline7.jpg" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" target="_blank"><img alt="Photobucket" border="0" src="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/th_coraline7.jpg" style="border: 0px;" /></a> </center>
<center style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px;">
</center>
<center style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px;">
</center>
<center style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px;">
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<b style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;">Nota</b><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; font-size: 12px; text-align: justify;"> A
título de curiosidade, existe também um curta-metragem italiano,
maravilhoso, inspirado em Coraline </span><br />
<br />
</center>
<center>
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/wgcwsZ8tRE8" width="560"></iframe><center>
</center>
</center>
Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2187791068596331616.post-11039698831359301902017-09-28T10:30:00.000-07:002017-10-02T06:54:21.654-07:00O dia que o Homem sem Medo amarelou<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://static4.comicvine.com/uploads/scale_small/0/4/46651-7513-55294-1-daredevil-yellow.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://static4.comicvine.com/uploads/scale_small/0/4/46651-7513-55294-1-daredevil-yellow.jpg" height="640" width="427" /></a></div>
<br />
<br />
Em geral, não sou muito fã do trabalho de Jeff Loeb nos quadrinhos, mas, quando ele se junta com Tim Sale, algo mágico parece acontecer, pois usualmente somos brindados com séries de excelente qualidade. Uma das minhas séries favoritas é a trilogia das cores.<br />
<br />
A primeira, que vou mencionar hoje, é o Demolidor Amarelo, lançado no Brasil pela Panini Comics.<br />
<br />
Para quem não conhece a trajetória conjunta da dupla, eis o resumo: <br />
<br />
Tim Sale e Jeff Loeb já trabalharam juntos em outras séries, como Batman
Longo Dia das Bruxas e sua continuação Vitória Sombria, além da
minissérie sobre o Homem de Aço intitulada As Quatro Estações. Claro,
uma dobradinha na série de TV Heroes... <br />
<br />
<br />
Assim como nas minisséries já citadas, Demolidor Amarelo trata dos primórdios da carreira de um herói, no caso, óbvio, o Demolidor. Entretanto, a série não tem como proposta recontar a origem do herói, mas sim abordar certos aspectos dos seus primeiros anos de carreira como vigilante mascarado sob uma nova perspectiva, do mesmo modo como foi feito com Batman e Super-Homem em suas respectivas séries.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
Para quem não conhece o Demolidor ou teve pouco contato com o herói (assina logo a Netflix!), sua historia é mais ou menos a seguinte: o Demolidor, criado nos anos 60 por Stan Lee e originalmente desenhado por Wally Wood, tem um diferencial importante em relação à maioria dos outros heróis - ele é cego.<br />
<br />
Não que um personagem cego fosse novidade no mundo dos quadrinhos: o doutor Meia-Noite (Doctor Midnight), herói da Era de Ouro, era cego; entretanto, podia enxergar durante a noite com o auxilio de óculos especiais. Já Matt Murdock, o alter ego do Demolidor, não se utiliza desse tipo de artefato para lutar contra o crime. Na realidade, apesar de ser cego, ele "enxerga" as coisas ao seu redor através de uma espécie de radar, como o dos morcegos, além de ter todos os outros sentidos ampliados devido a um produto químico que atingiu seu rosto enquanto tentava salvar um velho cego de ser atropelado.<br />
<br />
Matt foi criado pelo pai, um boxeador chamado Jack Murdock, homem desejoso de que seu filho se tornasse "alguém importante, não um lutador" como ele. Obedecendo aos desejos do pai, Matt se formou em direito, mas treinava boxe escondido. Tudo ia bem até que seu pai foi assassinado e ele resolveu assumir a identidade do Demolidor.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
Apesar de ser um herói do segundo escalão da Marvel, não tão popular quanto o Homem-Aranha e os X-Men por exemplo, ele é um dos personagens mais importantes da editora. Talvez exatamente por ser do segundo escalão ele pôde alcançar essa importância. Afinal de contas, com o Demolidor foi possível fazer um tratamento mais adulto de um super-herói, especialmente durante a fase escrita por Frank Miller, o que acabaria por repercutir nas histórias mais comerciais, ou na fase escrita por Brian Michael Bendis, desenhada magnificamente por Alex Maleev.<br />
<br />
<b>(Para quem não leu os quadrinhos e apenas viu o seriado do Netflix, vai rolar <i>spoilers</i>)</b><br />
<br />
Durante a fase de Miller, não apenas somos apresentados a novas e importantes personagens como a ninja Elektra, ex-paixão do herói, ou a irmã Maggie, que na realidade é a mãe de Matt que ele acreditava estar morta. Também estão presentes temas polêmicos, como prostituição e drogas, principalmente através da figura de Karen Page - que já tinha sido secretária no escritório de advocacia de Matt e seu amigo Foggy Nelson, além de namorada do herói. Karen havia largado o emprego de secretária para tentar a carreira de atriz, mas acabou de tornando atriz pornô, prostituta e usuária de drogas.<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.thegeekedgods.com/wp-content/uploads/2015/04/Daredevil-5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.thegeekedgods.com/wp-content/uploads/2015/04/Daredevil-5.jpg" height="550" width="640" /></a></div>
<br />
Outra fase de destaque foi feita pelo cineasta Kevin Smith,que escreveu um consagrado arco de histórias para a personagem, homenageando a fase de Miller no qual Karen Page, já "regenerada", acaba sendo assassinada por um dos inimigos do Demolidor, o Mercenário. É exatamente neste ponto que a minissérie de Loeb e Sale se inicia: o Demolidor de agora começa a história escrevendo uma carta para a sua amada e falecida Karen. Aparentemente, a situação atual está intolerável e "conversar com Karen, ao mesmo tempo fazendo uma retrospectiva do seu começo de carreira, quando ainda usava o uniforme amarelo, foi a melhor solução que encontrou". Portanto, em Demolidor Amarelo temos um homem maduro relembrando uma época aparentemente mais feliz e inocente.<br />
<br />
Assim como nos outros trabalhos dos autores, a arte nos remete à época em que o herói surgiu pela primeira vez, principalmente pelos figurinos e cortes de cabelo - Batman e Super-Homem aos anos 30 e 40, e Demolidor aos anos 60. O traço de Sale é bastante expressivo e a colorização da minissérie, toda pintada, é um show à parte. Também o texto de Loeb, seja nos trechos das cartas ou seja nos diálogos, é cativante, aproximando-nos fortemente dos aspectos humanos do herói, provocando-nos uma identificação com ele.<br />
<br />
Mais uma vez essa dupla não nos decepciona, proporcionando aos leitores uma obra fenomenal, tanto do ponto de vista visual quanto literário. Junto com os trabalhos de Miller, Bendis e Smith, Demolidor Amarelo pode ser considerado como um dos melhores trabalhos já realizados com a personagem.<br />
<br />
Além de Demolidor Amarelo, a dupla realizou para a Marvel a minissérie Homem-Aranha Azul (que ainda vou relembrar) e também Hulk Cinza (que infelizmente não li).<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://d1466nnw0ex81e.cloudfront.net/n_iv/600/2086019.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://d1466nnw0ex81e.cloudfront.net/n_iv/600/2086019.jpg" width="265" /></a></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2187791068596331616.post-58439491253798837642017-09-26T09:57:00.000-07:002017-09-26T09:57:00.932-07:00Go Speed Go!<h4 style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">
<center>
</center>
</h4>
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Poucos são os animes que depois de 41 anos ainda são reconhecidos pelo grande público ou cujas reprises ainda são bastante freqüentes. Ou mesmo são capazes de levar a produção de um blockbuster de dimensões astronômicas. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Quando se pergunta ao pessoal mais jovens sobre algum "anime das antigas", invariavelmente, é o corredor do Mach 5 que cruza a linha de chegada nas lembranças das pessoas. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Para quem não sabe, </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Speed Racer</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> é o nome americano da série de anime japonesa chamada </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Mach Go Go Go</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, baseada em uma série de mangás do início dos anos 60, criada por Tatsuo Yoshida. A animação foi realizada pela Tatsunoko Productions, e lançada pela primeira vez em 1967. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">A título de curiosidade, vale ressaltar as inspirações que levaram à criação de Speed Racer, no original, Mifune Gō. O sobrenome do rapaz foi uma homenagem nada discreta ao grande Toshiro Mifune, um dos maiores atores japoneses daquela época, astro de muitos dos filmes do diretor Akira Kurosawa (</span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Rashomon, Os sete samurais e Yojimbo</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">), o visual com o lencinho no pescoço e topete veio do rei, Elvis Presley, em especial do filme Viva Las Vegas, onde Presley vive o piloto de corridas Lucky Jackson, cujo sonho é ganhar o Grand Prix de Las Vegas. E, para finalizar, o gosto pelas aventuras ao redor do mundo, com toques de espionagem em alguns episódios, e as parafernálias do carrão Mach 5 viram de ninguém menos que James Bond. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Outro fato interessante se refere ao nome original do protagonista. Foneticamente, Gō se refere tanto ao inglês Go (Vai!) quando ao japonês Go (Cinco). Não por acaso, o número do carro do Speed é o </span><b style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">cinco</b><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> (Um parêntesis nada a ver, mas, pulando para outro mangá, também não é por acaso que, em </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Bleach</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, Ichigo tem o número 15 na porta do quarto dele, ou é mostrado com roupas com o 15 estampado. Ichi é um em japonês, e Go, vocês já sabem.) </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Em linhas gerais, a trama do anime se foca no jovem piloto Speed Racer (Mifune Gō) que viaja pelo mundo competindo em corridas e rallies perigosos, cujos corredores podem até mesmo jogar sujo, e muitas são as explosões e acidentes durante esses percursos. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<center style="font-family: 'book antiqua';">
<a href="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/speed-racer-1.jpg" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" target="_blank"><img src="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/th_speed-racer-1.jpg" height="213" style="border: 0px;" width="320" /></a></center>
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Speed é sempre acompanhado por sua família: Pops (Daisuke Mifune), o pai do rapaz, responsável pela criação do fantástico Mach 5, antes engenheiro de uma grande coorporação, a qual abandonou para fundar a Racer Motors (Mifune Motors); Mamãe (Mom/Aya Mifune), o irmão caçula Gorducho (Spritle/Kurio Mifune) sempre acompanhado do macaco Zequinha (Chim-Chim/Senpei), que além de serem o alívio cômico da história, quebra-galhos ocasionais, sempre conseguiam a incrível façanha de se esconderem no porta-malas do Mach 5 (mesmo que a família inteira ficasse de olho nos dois).</span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<center style="font-family: 'book antiqua';">
<a href="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/Mom_Racer.jpg" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" target="_blank"><img alt="Mamãe" border="0" src="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/th_Mom_Racer.jpg" style="border: 0px;" /></a> <a href="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/Spritle_and_Chim-chim.jpg" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" target="_blank"><img alt="Gorducho e Zequinha" border="0" src="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/th_Spritle_and_Chim-chim.jpg" style="border: 0px;" /></a><b><br /></b></center>
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Para completar a família - que também é a equipe de corrida de Speed - temos o mecânico Sparky (Sabu) e Trixie (Michi Shimura), namorada do herói, que ás vezes se fazia de co-piloto ou auxiliava Speed observando a corrida em um helicóptero. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<center style="font-family: 'book antiqua';">
<center>
<a href="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/Speed_Racer.jpg" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" target="_blank"><img alt="Speed" border="0" src="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/th_Speed_Racer.jpg" style="border: 0px;" /></a><a href="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/Trixie.jpg" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" target="_blank"><img alt="Trixie" border="0" src="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/th_Trixie.jpg" style="border: 0px;" /></a><b><br /></b></center>
</center>
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Em relação a Trixie, vale destacar que, juntamente com Safiri, de </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">A Princesa e o Cavaleiro</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, é uma das precursoras das heroínas (japonesas) que se encontram em pé de igualdade com o mocinho da história. Trixie dirige bem, luta, pilota, sabe usar disfarces, é inteligente, sem deixar de ser feminina, tornando-se uma espécie de modelo para as garotas da época. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Também não podemos nos esquecer, é claro, daquele que é considerado por muito como o personagem mais </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">cool</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> dos animes, o misterioso Corredor X (Racer X/ Fukumen (Masked) Racer), que, na realidade, parafraseando o narrador do desenho é "Rex Racer, o irmão desaparecido de Speed</span><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> "</span>, cujo nome original é Ken'ichi Mifune. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Na versão original, Rex saiu de casa depois de uma briga séria com o pai. Anos depois, surge o Corredor X, cujo talento nas pistas lembra o do mais velho dos irmãos Racer. Aparentemente, tanto Speed quanto Pops desconfiam da real identidade de X. Rex se tornou agente da Interpol, e viaja pelo mundo, enfrentando criminosos e investigando falcatruas, sabotagens e vários outros delitos que se escondem no circuito internacional de corridas. Em mais de uma ocasião, o Corredor X ajudou Speed nas pistas, muitas vezes sacrificando sua vitória para auxiliar o caçula. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<center style="font-family: 'book antiqua';">
<a href="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/Racer_X.jpg" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" target="_blank"><img alt="Corredor X" border="0" src="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/th_Racer_X.jpg" style="border: 0px;" /></a><a href="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/Rex_Racer.jpg" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" target="_blank"><img alt="Rex Racer" border="0" src="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/th_Rex_Racer.jpg" style="border: 0px;" /></a><b><br />Clique para ampliar</b></center>
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Embora tenha durado apenas uma temporada (entre 1967 e 1968), o anime foi reprisado diversas vezes, obtendo sempre o mesmo retorno inicial. No Brasil, as últimas reprises foram feitas pela Rede Record, pelo Cartoon Network e posteriormente pelo Boomerang. O tema do anime é possivelmente um dos mais marcantes da história da animação (tanto a versão americana quanto a nipônica) e já dava, desde a abertura, o tom de "adrenalina" (na medida certa) do que viria a seguir. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Além da séries dos anos 60, outras séries derivadas, tanto continuações, quanto remakes, foram realizadas. A primeira delas foi a americana </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">The New Adventures of Speed Racer</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, produzida em 1993 pela Fred Wolf Filmes. Com uma animação sofrível, um tema de abertura pior ainda, uma completa descaracterização dos personagens</span><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, merece ser conhecido apenas como curiosidade ou como exemplo do que </span><b style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">não se deve fazer</b><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> com um personagem clássico (ou melhor, com qualquer personagem). </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<center style="font-family: 'book antiqua';">
<a href="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/New20Adventures20Speed20website.jpg" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" target="_blank"><img alt="The New Adventures of Speed Racer" border="0" src="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/th_New20Adventures20Speed20website.jpg" height="320" style="border: 0px;" width="189" /></a><b><br /></b></center>
<center style="font-family: 'book antiqua';">
</center>
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Em 1997, em comemoração aos 30 anos da série original, foi lançado um remake também pela Tatsunoko Productions, </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Mach Go Go Go ou Speed Racer X</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> trazia basicamente os mesmos elementos da história clássica, com uma roupagem moderna. Nesta versão, Rex Racer finge-se de morto para a família, </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">plot</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> que seria reutilizado no filme de 2008. O visual do desenho é interessante, não muito diferente do que era produzido nos anos 90, a animação tem qualidade, o ritmo por vezes fica aquém do esperado, mas vale a pena uma conferida. Ele chegou a ser exibido nos Estados Unidos em 2002 pela Nickelodeon, e, posteriormente, no Brasil, pelo Cartoon Network.</span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<center style="font-family: 'book antiqua';">
<a href="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/speed_racer_2.jpg" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" target="_blank"><img alt="Speed Racer X" border="0" src="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/th_speed_racer_2.jpg" height="240" style="border: 0px;" width="320" /></a><b><br /></b></center>
<center style="font-family: 'book antiqua';">
</center>
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Em 2008, iniciou-se a produção de </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Speed Racer: The Next Generation</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, focada na história dos filhos de Speed e Trixie (?). Produzido pelos criadores da série cômica Kappa Mickey, traz, como protagonista, Speed Jr., um órfão que vai para uma escola de corridas (?!), dirigida pelo Gorducho (o único personagem da série original que aparece). Lá Speed Jr conhece X Racer, o filho mais velho do Speed original, com quem começa uma relação de rivalidade, até descobrirem que são irmãos. Speed Jr. foi mandando para um orfanato para ser protegido.</span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">A premissa, os traços e o estilo da animação </span><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">não empolgam.</span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<center style="font-family: 'book antiqua';">
<a href="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/SpeedRacer_TheBeggining.jpg" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" target="_blank"><img alt="Speed Racer: The Next Generation" border="0" src="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/th_SpeedRacer_TheBeggining.jpg" style="border: 0px;" /></a><a href="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/62554161.jpg" style="color: #333333; font-weight: bold; text-decoration: initial;" target="_blank"><img alt="Speed Racer: The Next Generation 2" border="0" src="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/th_62554161.jpg" style="border: 0px;" /></a><b><br /></b></center>
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Contudo, apesar de não ter sido completamente feliz em suas continuações e remakes, Speed Racer se tornou parte importante da história da televisão mundial. O TV Guide (a "bíblia" da TV norte-americana) aponta o episódio em que o Corredor X revela sua identidade à Speed como um dos momentos mais memoráveis da história da TV. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Speed também é referenciado em vários outras animações, como </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Harvey , o Advogado</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> (onde ele é um dos clientes do ex-Homem-Pássaro) ou </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Family Guy ou Frango Robot</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">. Vale destacar o episódio do </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Laboratório de Dexter</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> em que os personagens praticamente encarnam o jeito "speed racer" de ser. Dexter faz as vezes de Speed, Dee Dee alterna entre Gorducho e Corredor X, o Pai do Dexter age exatamente como Pops. Outro que também merece ser visto é o episódio da série </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Os Padrinhos Mágicos</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, chamado A Caçada dos Padrinhos Mágicos, em que Timmy Turner, Cosmo e Wanda (os padrinhos) entram no mundo da televisão revisitando vários clássicos animados, inclusive Speed Racer. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Se não bastasse todas essas referências e homenagens, em 1996, Speed e sua família foram "garotos-propaganda" de um comercial da Volkswagen. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Depois de tudo isso, acredito que só nos resta uma coisa a dizer: </span><b style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Go Speed Go!</b><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; text-align: justify;" />
<center>
<span style="font-family: "book antiqua";"><span style="font-size: 12px;"></span></span></center>
<center>
</center>
<center>
</center>
<center>
<br />Minha resenha do filme - <a href="http://www.freewebs.com/mahouamaterasu/tsuru/numero5/speedmovie.htm" target="_blank">http://www.freewebs.com/mahouamaterasu/tsuru/numero5/speedmovie.htm</a><br /><br /><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="background-color: #eaeaea; text-align: justify;">Veja também algumas das </span><a href="http://www.freewebs.com/mahouamaterasu/tsuru/numero5/speedvideos.htm" style="background-color: #eaeaea; color: #333333; font-weight: bold; text-align: justify;">aberturas</a>: </span></span><span style="font-family: "book antiqua";"><span style="font-size: 12px;"><a href="http://www.freewebs.com/mahouamaterasu/tsuru/numero5/speedvideos.htm"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">http://www.freewebs.com/mahouamaterasu/tsuru/numero5/speedvideos.htm</span></span></a></span></span></center>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2187791068596331616.post-13940611975812687212017-09-21T09:56:00.000-07:002017-09-21T09:56:06.317-07:00O Triste Herói<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://static.comicvine.com/uploads/scale_large/10/100239/2100026-spider_man__blue_v2009__1___spider_man__blue__2009_1____page_1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://static.comicvine.com/uploads/scale_large/10/100239/2100026-spider_man__blue_v2009__1___spider_man__blue__2009_1____page_1.jpg" height="640" width="416" /> </a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
Relembrar é viver, assim, nada melhor que trazer uma das histórias que melhor trabalhou a relação de Gwen-Peter-Mary Jane: Homem-Aranha Azul.<br />
<br />
Homem-Aranha Azul é a segunda parte de uma "trilogia" sobre os primórdios de alguns heróis da Marvel. A primeira foi a já lançada minissérie Demolidor Amarelo, a terceira investida é Hulk Cinza.<br />
<br />
Jeff Loeb e Tim Sale parecem ter se especializado em mostrar os heróis mais famosos dos quadrinhos no começo de suas carreiras, quando eram quase amadores - mesmo que esse não seja o enfoque principal da história em alguns casos, como em Batman Longo Dia das Bruxas, na sua continuação Dark Victory e nas já citadas séries da Marvel, quando é exatamente sobre isso que eles queriam tratar, como na minissérie sobre o Homem de Aço intitulada As Quatro Estações.<br />
<br />
Suas histórias têm um certo ar de saudosismo, seja na estrutura dos roteiros, sejam nos cenários e vestuários, que acabam por nos remeter ao passado, enquanto paradoxalmente sempre acrescentam um novo elemento. O mesmo pode ser visto em Homem Aranha Azul, que retrata um dos melhores períodos da história do Aracnídeo, quando ele estava na faculdade morando com Harry Osbourne, apaixonando-se por Gwen Stacy, mas ainda assim sentindo-se um pouco atraído pela bela e audaciosa Mary Jane.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.chasingamazingblog.com/wp-content/uploads/2013/02/SM-Blue-Cover.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.chasingamazingblog.com/wp-content/uploads/2013/02/SM-Blue-Cover.jpg" height="640" width="412" /></a></div>
<br />
<br />
Foi exatamente nessa época (durante a década de 70) que a áurea de herói trágico e ao mesmo tempo humano do Aranha se consolidou. Se na sua origem a morte do Tio Ben e a culpa indireta de Peter no ocorrido já nos forneciam uma carga dramática poderosa, nas histórias da década de 70 (desenhadas magistralmente, em sua maioria, por John Romita Sr.) a trajetória do herói ganha um status de tragédia quase grega.<br />
<br />
Peter se apaixona por Gwen e se torna amigo de Harry, que por sua vez namora Mary Jane, que tem uma queda por Peter. Mas não se resume apenas a isso: Harry, o melhor amigo de Peter, é na verdade filho do Duende Verde/Norman Osbourne, arquiinimigo do herói. Como se isso ainda não fosse o suficiente, as histórias dessa época ainda lidavam com temas polêmicos como discriminação racial, política e drogas, tornando-se um marco não apenas na trajetória de Peter Parker, mas na história das HQ's. A importância desse período ainda pode ser notada na grande influência que essas histórias tiveram na elaboração do roteiro dos filmes do Aranha, tanto os dois primeiros realizados por Sam Raimi (desconsidero o terceiro), mas principalmente nos filmes estrelados por Andrew Garfield e Emma Stone.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://m0vie.files.wordpress.com/2010/07/spidermanblue.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://m0vie.files.wordpress.com/2010/07/spidermanblue.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
Como eu já havia dito, a história toda pode ser classificada como uma tragédia, pois Gwen morre nas mãos do Duende, talvez por culpa de Peter, e Harry assume o legado do pai, passando a odiar seu ex-melhor amigo. Muita água rolou depois disso: Peter casou-se com Mary Jane, Harry também morreu... Mas isso não vem ao caso, voltemos à série. Nela, temos o Peter de agora relembrando seu passado, uma época em que era feliz e não tinha noção da tormenta que o aguardava. Um Peter nostálgico, blue (triste), como nos lembra o título. Ele narra à sua amada Gwen seu passado em comum, ao qual não podem mais voltar, numa mistura de diário e "carta" de despedida.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
Se levássemos em conta a minissérie isoladamente, ela seria uma excelente história sobre um excelente herói. Entretanto, depois de começarmos a ler, ficamos com a ligeira impressão de que já vimos aquilo em algum lugar. E realmente vimos: na minissérie Demolidor Amarelo. Nela, Matt Murdock também se volta para o passado e para a sua amada e falecida Karen Page. Só que Matt escreve uma carta para desabafar, enquanto Peter utiliza um gravador. Se não fosse o triângulo amoroso Gwen-Peter-MJ, poderíamos pensar que não passa da mesma história com outros personagens.<br />
<br />
Por que tantas similaridades entre as minisséries? Pura intencionalidade, pois a trilogia das cores traz a importância de suas mulheres na vida desses heróis.<br />
<br />
No caso do Demolidor e do Aranha, já existiam, de antemão, outras confluências. Como muitos leitores já devem ter percebido, Matt e Peter têm muito em comum: a importância das figuras paternas em suas vidas (Ben Parker e Jack Murdock), a tragédia em suas vidas amorosas (as mortes de Gwen e Karen), seus romances com badgirls (Elektra e Gata Negra), alguns inimigos em comum (o Rei do Crime, por exemplo, arquiinimigo do Demolidor, surgiu nas histórias do Aranha), entre outros detalhes... Mas dizer que o Demolidor é uma versão mais cult do Aranha ou que o Aranha é uma versão mais comercial do Demolidor é esvaziar ambas as personagens. Afinal de contas, tanto Demolidor e Aranha possuem características próprias, fortes e marcantes. Talvez o ideal não seja negar essas semelhanças, mas explora-las. Loeb e Sale fizeram isso, assim como Kevin Smith fez (soberbamente, diga-se de passagem) em sua série sobre o Homem sem Medo. É fácil pensar em Murdock quase como um irmão mais velho e mais maduro de Peter, que já se fixou na vida adulta, enquanto Peter ainda começa a dar seus primeiros passos nesse sentindo.<br />
<br />
Pensando assim, Homem Aranha Azul e Demolidor Amarelo são séries que se complementam, mesmo que não seja obrigatório ler uma para entender a outra.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2187791068596331616.post-61998639905156316482017-09-14T09:51:00.000-07:002019-04-26T08:33:26.009-07:00Colocando as Cartas na Mesa<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="background-color: white;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWO0AZq3OfmwHwsUv_zdlMLSPlolIVrnNamvSe-6USSfuMQbq-Ew8EGaHz6KHHbWUeJEY53QEaVPgrw47wzdB4-zYadu8uVQMVgHcXBVu7LM7i1Wdr7GUccq810Lp2sRV3l3VuROLAJIgk/s1600/Cardcaptor_Sakura.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="475" data-original-width="316" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWO0AZq3OfmwHwsUv_zdlMLSPlolIVrnNamvSe-6USSfuMQbq-Ew8EGaHz6KHHbWUeJEY53QEaVPgrw47wzdB4-zYadu8uVQMVgHcXBVu7LM7i1Wdr7GUccq810Lp2sRV3l3VuROLAJIgk/s400/Cardcaptor_Sakura.jpg" width="265" /></a></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Em 2017, Sakura Card Captors completou 21 anos no lançamento do mangá original.</span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">.</span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><span style="color: red; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"></span></b></span></div>
<div style="background-color: white;">
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O primeiro mangá, que é de criação do grupo Clamp, foi publicado originalmente e<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">ntre</span> 199<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">6 e 2000</span>, na revista <i>Nakayoshi</i>, da editora Kodansha (na qual também foi publicada, por exemplo, a saga das guerreiras lunares <i>Sailormoon</i>). O anime foi ao ar entre 1998 e 2000, <span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">e gerou dois filmes<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">.</span></span></span><br />
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O suce</span></span></span>s<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">so foi tamanho que <span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">as a<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">utoras ret<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">ornaram <span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">(mais ou menos) ao<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">s personagens no inicialmente promossor <i>Tsubasa Resevoir Ch</i><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><i>ronicles</i><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">, mas <span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">constantes univer<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">sos paralelos, clones, identidades tr<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">ocadas, tornaram o </span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">mangá demasia<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">damente confuso e <span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">muito aqu</span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">ém de S<i>akura Card Captors </i><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">ou de outras obras do Clamp.</span></span> </span></span></span></div>
<div style="background-color: white;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">As meninas do Clamp são conhecidas como as rainhas do Shoujo (em<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">bora<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"> tenham fe<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">ito</span> <span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">diversos outros est<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">ilos de <span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">quadrinhos japo<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">neses)</span></span></span></span></span></span>. Shoujo, para quem não sabe, é um estilo de mangá voltado principalmente para o público feminino, com características marcantes tais como traços dos desenhos mais finos, leves e estilizados, valorizando, principalmente, as características psicológicas das personagens, seus sentimentos, conflitos pessoais e relações amorosas. É muito comum nesse tipo de mangá garotos com uma aparência andrógina, relacionamentos amorosos entre personagens do mesmo sexo e romances meio impossíveis.</span></div>
<div style="background-color: white;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><i>Sakura Card Captors</i> é considerado, juntamente com <i>Guerreiras Mágicas de Rayearth</i> e <i>X 1999</i>, um dos melhores trabalhos do Clamp.</span></div>
<div style="background-color: white;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A arte é primorosa e, como a maioria das artes de mangás shoujo, é delicada. A delicadeza desses traços, associada com um cuidado com os detalhes de caracterização de cada personagem (acessórios, cabelos, olhos, etc., que acabam por refletir as personalidades dos mesmos), além de uma grande exploração da linguagem de mangás (as “gotinhas”, o diálogo integrado às cenas e por aí vai), fazem de <i>Sakura</i> um trabalho belíssimo de se ler e se ver. Entretanto, em algumas cenas de batalha, devido ao traço fino e a uma arte-finalização mais limpa os quadros se mostram um pouco confusos.</span></div>
<div style="background-color: white;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Além disso, a caracterização psicológica das personagens também é fantástica, pois elas se apresentam como seres complexos e cheios de nuances e sutilezas. Os </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">relacionamentos amorosos, no mangá, são bem mais explícitos e intrincados que no anime. É bem mais evidente no mangá que no anime que Shoran é apaixonado por Yukito, ou que o que Tomoyo sente por Sakura é realmente bem mais que amizade, formando uma rede amorosa capaz de dar dor de cabeça no fã mais fiel. Também são notáveis as diferenças cronológicas ou o modo como algumas cartas foram capturadas no anime e no mangá, mas sem que isso torne um inferior ao outro. E diferente da maioria dos quadrinhos com os quais estamos acostumados, nos quais existem sempre heróis e vilões, mesmo que esses vilões sejam ambíguos, em <i>Sakura Card Captors</i> não temos nenhum vilão de verdade.<br /><br />Meu <span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">unico por</span></span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">ém <span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">sobre a obra </span></span></span></span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">é <span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">o relacionamento entre R<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">ika, amiga de Sak<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">ura,</span> e o professor delas, sutil no anime e ma<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">is <span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">escancarado no </span></span></span></span></span></span></span></span></span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">mangá, e que daria <span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">para ser discutido<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"> e debatido infinitamente.</span></span> </span></span></span></span></span></span></span></span></span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></div>
<div style="background-color: white;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"></span></div>
<div style="background-color: white;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Q<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">uem </span> já viu o anime ou leu o </span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">mangá </span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"></span>deve se <span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">lembrar (e quem </span></span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">não conhece<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">, convido a conhe<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">cer)</span></span></span></span>, a história de Sakura é mais ou menos a seguinte: Sakura é uma menina de 10 anos que, ao abrir um estranho livro que encontrou na biblioteca de seu pai, liberta as cartas Clow, criadas pelo poderoso mago Clow. Agora, com a ajuda de Kerberus/Kero-chan, antigo guardião do lacre do livro, e de sua melhor amiga Tomoyo, Sakura deverá juntar todas as cartas ou uma grande desgraça se abaterá sobre a Terra.</span></div>
<div style="background-color: white;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Embora as cartas dêem muito trabalho para serem capturadas, ou por vezes acabem por prejudicar uma ou outra pessoa, não há porque classifica-las como malignas. As cartas ou estão confusas diante dessa nova situação de liberdade, ou não querem abrir mão dela - ou ainda querem testar se a nova card captor é digna de ser sua nova dona.</span></div>
<div style="background-color: white;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Quanto a Shoran Li, o rival de Sakura na captura das cartas (e no amor de Yukito), o único motivo de sua implicância inicial com Sakura se deve ao fato de ele não achar que ela seja forte suficiente para capturar as cartas. Ele acredita que reunir as cartas seja uma obrigação familiar, já que é descendente da família de Clow. O próprio Eriol, reencarnação do mago Clow que aparece na fase final da história, não pode ser classificado como vilão. Suas manipulações míticas visam mais a testar Sakura e auxilia-la no desenvolvimento de seus poderes que a qualquer intento perverso.</span></div>
<div style="background-color: white;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><i>Sakura Card Captors</i> não é uma história sobre a eterna luta entre o bem e o mal, mas uma metáfora sobre a passagem da infância para a adolescência, seus conflitos. Sobre questões como amadurecimento e aquisição de responsabilidades. É uma história sobre relações humanas. E é aí que reside seu charme. Quando Sakura abre o livro das Cartas, é como se ela se abrisse às infinitas possibilidades que a adolescência nos oferece. A captura das cartas representa as responsabilidades que essa nova fase de nossa vida nos impõe, mas ao mesmo tempo que adquirimos novas responsabilidades também nos tornamos mais experientes e mais sábios. A cada carta Clow que Sakura capturava, ela se tornava misticamente mais forte: tornava-se mais experiente e menos criança (mas sem perder as características que a faziam únicas). Ou seja, ela estava mudando como todos nós mudamos durante esse período de nossas vidas.</span></div>
<div style="background-color: white;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">As dificuldades que ela passou para prender as cartas e o julgamento de Yue não são nada mais que a representação de todos os obstáculos e problemas que enfrentamos durante toda a vida. E a transformação das cartas Clow, que eram as cartas de outra pessoa, experiência vinda do meio externo, em cartas Sakura, está relacionada a um processo de reflexão no qual pegamos as experiências que o meio nos ofereceu e delas extraímos lições para nossa vida. Só depois de passar por essas transformações e por este amadurecimento é que Sakura pode se perceber não mais como uma criança, mas quase uma adulta e se permitir a amar.</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Metáforas à parte, <i>Sakura Card Captors</i> é um dos melhores e mais poéticos mangás do Clam<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">p<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"> e merece ser conferido (ou <span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">relembrado)</span></span></span></span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://img1.ak.crunchyroll.com/i/spire3/005450049c9c7d7634fc669a7c135d461461680197_full.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://img1.ak.crunchyroll.com/i/spire3/005450049c9c7d7634fc669a7c135d461461680197_full.jpg" height="640" width="480" /> </a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b>Sakura 2016</b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<b>Dica de site:</b><br />
<a href="http://clampfiles.blogspot.com.br/" style="color: #7b0c0c;" target="_blank">Clamp Files: Um Guia sobre a obra das mangakás mais famosas do Japão</a><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"> </span></span></span></span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2187791068596331616.post-4778690314672824582017-09-12T10:30:00.000-07:002017-09-12T10:30:05.146-07:00Hey Arnold!!!<h4 style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #eaeaea; text-align: justify;"><div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2187791068596331616" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAd1eh2r876ywww3Q6Mffh109i93kcXTXfMIG5GgHLX7VOSZsouoDYeBB0eR_Lr5crJCyHoeS7wTfAWRLuBFfSDb96nmLx__mhyphenhyphenHSsOm33Wvr-feR-SnDQg68qFPzxil7_B3IliFAKUoTc/s1600/20969.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAd1eh2r876ywww3Q6Mffh109i93kcXTXfMIG5GgHLX7VOSZsouoDYeBB0eR_Lr5crJCyHoeS7wTfAWRLuBFfSDb96nmLx__mhyphenhyphenHSsOm33Wvr-feR-SnDQg68qFPzxil7_B3IliFAKUoTc/s640/20969.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;">Muitos são os desenhos animados estrelados por crianças que,
juntamente com seus amigos mais próximos, vivem as mais incríveis aventuras.
Como exemplos, podemos citar <i>Os Anjinhos
(Rugrats), Angela Anaconda, Doug, Punk-A Levada da Breca</i> (derivado da série
de tv), <i>A Turminha da Sala 402, Sorriso
Metálico, Rocket Power, Jimmy Neutron, Hora do Recreio, Phineas e Ferb</i>, só
para mencionar alguns exemplos...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;">Mas realmente poucos são como <i>Hey Arnold!</i>,
estrelado pelo “cabeça de bigorna” mais simpático do mundo dos <i>cartoons</i>.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;">Talvez eu não seja a pessoa mais indicada para falar desse desenho, pois
sou completamente apaixonada pela série e dificilmente conseguirei fazer um
artigo isento de minha paixão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-weight: normal;"><i><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">Hey Arnold!</span></i><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;"> é uma série animada criada por Craig Bartlett, que estreou na
Nickelodeon norte-americana em 1996. No Brasil, ela chegou a passar na Globo
pelas manhãs, no extinto programa infantil da Angélica, e também no Band Kids. Nos Estados Unidos, além da série de TV, <i>Hey
Arnold!</i> se tornou uma série em quadrinhos publicada pela Bongo Comics
- mesma editora dos quadrinhos de <i>Os Simpsons</i>. Aliás, Craig Bartlett
é cunhado de Matt Groening, o criador da família amarela. E na dublagem
original, Dan Castellaneta, o Homer americano, dubla o avô de Arnold. Em 2002,
Arnold estrelou um longa animado, que na realidade era um episódio duplo para a
TV, infelizmente, precariamente convertido para a mídia de cinema.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-weight: normal;"><i><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">Hey Arnold!</span></i><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;"> tem como personagem principal o Arnold do título, um garoto
loirinho de nove anos criado pelos avós paternos. Os pais de Arnold, um
arqueólogo e uma médica, desapareceram durante um vôo na América do Sul, quando
realizavam uma missão humanitária. Hey Arnold! foi um dos primeiros desenhos da
Nick americana a tratar do tema da morte, mesmo que de forma indireta, quando
isso ainda era tabu na emissora.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;">Apesar de estar sempre pronto para ajudar seus amigos, através de
conselhos ou de outras formas, Arnold não é aquele típico personagem
irritantemente bonzinho, sabe-tudo e perfeito que geralmente estrelam esse tipo
de desenho. Arnold possui vários defeitos. É capaz de cabular aulas para se
divertir em um parque de diversões, pregar peças no primeiro de abril, marcar
encontro com duas garotas diferentes no dia dos namorados e tirar sarro da cara
do professor novato junto com os demais alunos. <o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;"><br /></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;">Juntamente com Arnold, os outros personagens que podem ser quase considerados como co-principais da série são Gerald, o melhor amigo de Arnold, e Helga G. Pataki.</span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;"><br /></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6YNLMPIShfCgadwOWYkI8RfV_JOJpdpDcFs05WIacW4WITUIFHwfhlLmdBCsefjl8UeGWOZYI8ye7fhnBnK-iuCRVer-lHGUYWIphV7pW2Bv9gWZfCR15ACpD6x-uZU9EBW7__-c6aHL1/s1600/hey-arnold_612x380.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="247" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6YNLMPIShfCgadwOWYkI8RfV_JOJpdpDcFs05WIacW4WITUIFHwfhlLmdBCsefjl8UeGWOZYI8ye7fhnBnK-iuCRVer-lHGUYWIphV7pW2Bv9gWZfCR15ACpD6x-uZU9EBW7__-c6aHL1/s400/hey-arnold_612x380.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="font-weight: normal;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;">Gerald tem uma família comum (pai, mãe, irmão mais velho e irmã caçula).
Em um desenho mais tradicional, provavelmente ele seria o personagem principal.
Mas aqui, ele se torna um divertido coadjuvante, com suas tiradas sarcásticas e
piadas constantes. Gerald é o guardião das lendas urbanas do bairro. Quem
quiser saber mais sobre qualquer história de fantasma ou bizarrice do gênero
que tenha acontecido na região, basta perguntar a ele.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;">Já Helga Geraldine Pataki é a personificação da anti-heroína. Ela não é
necessariamente bonita (está mais para um Patinho Feio que no futuro se
revelará), não é popular, nem é um doce de garota. Helga é mandona, briguenta,
sarcástica e falastrona. Mas ainda assim não há como não se apaixonar por Helga.
Certamente é uma das personagens mais fascinantes da série (e minha favorita).
Apesar de toda essa máscara de maldade, Helga tem um coração de ouro, que bate
acelerado por Arnold. Mas como na realidade é tímida e insegura, Helga esconde
sua paixão, destratando Arnold e chamando-o de cabeça de bigorna (<i>football head</i> no original, o pior de
tudo é que esse é mesmo o formato exato da cabeça do Arnold!). Helga é uma das
alunas mais inteligentes da escola, além de poetisa nata.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZpo9Vherr7H1ZCYiZrZl7td9wZt1gNuL6nJ6N9fx9sg_m3_4rkAlvw2RLaTwbUrZ2Hu1fqIoYmJoYxqf2UaXPAgkYvAILRpGGILahC0nQPa0bK2lctqvWXoBvIse0vH_nG16uK7yzo9Yg/s1600/hey-arnold-rex.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="255" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZpo9Vherr7H1ZCYiZrZl7td9wZt1gNuL6nJ6N9fx9sg_m3_4rkAlvw2RLaTwbUrZ2Hu1fqIoYmJoYxqf2UaXPAgkYvAILRpGGILahC0nQPa0bK2lctqvWXoBvIse0vH_nG16uK7yzo9Yg/s400/hey-arnold-rex.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-weight: normal;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;">Mas afinal, o que diferenciava <i>Hey Arnold!</i> das demais
séries estreladas por crianças da época? Bem, muitas coisas... <i>Hey Arnold!</i> não
é uma série infantil convencional... Aliás, convencional é tudo o que esse
desenho não é.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;">Para começar, seu personagem principal não é membro de uma família
tradicional (pai, mãe, irmãos, etc). O que já começa a denotar certa
diferenciação dessa série para muitos desenhos do gênero. A família de
Arnold é seus avós, Phil e Gertie, e os demais moradores da pensão Sunset Arms,
de propriedade dos avós do cabeça de bigorna. O avô de Arnold é uma figura,
adora inventar lorotas e contar vantagens dos seus feitos de juventude. A avó é
completamente maluca, vive fantasiando a realidade, esquecendo coisas, mas
quando é preciso, do seu modo completamente estranho, sabe dizer as coisas mais
sensatas no mundo. Os pensionistas são: Ernie, um anão irritado especialista em
demolições; o Sr. Hyunh, um refugiado vietnamita que veio para os Estado Unidos
em busca de sua filha, enviada para a América ainda bebê durante a guerra; e o
casal Oskar e Suzie. Oskar nunca trabalhou na vida. Jogador compulsivo, ele
vive às custas de sua pobre esposa Suzie.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;">A “heroína” da série, Helga, também não possui uma família padrão, mas
não no mesmo sentido do Arnold. Ela é a desmistificação da infância feliz em
pessoa. Helga é a filha caçula de Bob e Miriam. Bob é um empresário do comércio
de bips e celulares. Ganancioso e viciado em trabalho, ele passa pouco tempo
com a família. Miriam é uma dona de casa desmotivada, que certamente sofre de
algum tipo de depressão. A filha mais velha, Olga é a combinação ideal entre
beleza e inteligência (e chatice). Estudante de faculdade, Olga nunca tirou
menos que A na escola. Por mais que Helga seja inteligente e talentosa, nunca
conseguiu sair da sombra de Olga. E sempre foi deixada para segundo plano. Por
todos esses motivos, Helga é, de certo modo, uma menina abandonada à própria
sorte. E muito de sua agressividade é reflexo de sua enorme carência. Não que
os Pataki sejam pessoas ruins e tratem Helga mal intencionalmente, são apenas
humanos, cheios de defeitos e problemas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<!--[if gte vml 1]><v:shape id="Imagem_x0020_3"
o:spid="_x0000_s1027" type="#_x0000_t75" alt="http://i135.photobucket.com/albums/q147/expressohogwarts2/presentes/imagens/tsuru/arnold4.jpg"
style='position:absolute;left:0;text-align:left;margin-left:72.5pt;
margin-top:0;width:112.5pt;height:79.5pt;z-index:2;visibility:visible;
mso-wrap-style:square;mso-wrap-distance-left:3.75pt;mso-wrap-distance-top:3.75pt;
mso-wrap-distance-right:3.75pt;mso-wrap-distance-bottom:3.75pt;
mso-position-horizontal:right;mso-position-horizontal-relative:text;
mso-position-vertical:absolute;mso-position-vertical-relative:line'
o:allowoverlap="f">
<v:imagedata src="file:///C:\Users\Carol\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image004.jpg"
o:title="arnold4"/>
<w:wrap type="square" anchory="line"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;">Também, diferentemente de muitos desenhos, as
personagens secundárias não são apenas acessórios dos personagens principais.
Cada um dos colegas de escola de Arnold, por exemplo, possuí uma personalidade
tão única e distinta que os torna tão interessantes como Arnold ou Helga. E são
tantos que fica até difícil descreve-los aqui. Aliás, apesar de o desenho se
chamar <i>Hey Arnold!</i>, muitos dos episódios são exatamente estrelados
pelos amigos de Arnold. A grande maioria deles teve pelo menos um episódio de
destaque durante as cinco temporadas do desenho.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpFFwD2SiJol6jrSlwaKB9YSmekt5yEt3Zl8R10gXSOcN952xiBdncP2NyqsZOt5clvQn2epzLEl4UwaKyM1FxsxkCJHAZDz-rFqVmOUaDvdUII9UfXODwC_-K9LOTQsopFPE8PMgGRBbH/s1600/250093-hey-arnold.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="452" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpFFwD2SiJol6jrSlwaKB9YSmekt5yEt3Zl8R10gXSOcN952xiBdncP2NyqsZOt5clvQn2epzLEl4UwaKyM1FxsxkCJHAZDz-rFqVmOUaDvdUII9UfXODwC_-K9LOTQsopFPE8PMgGRBbH/s640/250093-hey-arnold.jpg" width="640" /></a></div>
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;">Arnold também é um dos poucos desenhos infantis que nunca teve pudor de
lidar com temas um pouco mais sérios e polêmicos (para os americanos e
levando-se em conta seu público alvo) como morte, guerra do Vietnã, velhice,
casamentos fracassados, Segunda Guerra Mundial, pobreza, psicoterapia, só para
citar alguns. Sem falar de outros muito mais polêmicos, que ficam bem
subentendidos nos episódios, mas que podem ser percebidos pelos telespectadores
adultos mais atentos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; font-weight: normal;">E apesar de seu anticonvencionalismo, Hey Arnold não beira ao bizarro,
pois seu criador e realizadores tratam com respeito suas personagens, mesmo as
mais esquisitas. Além disso, as situações são mostradas de um modo tão natural
que não causam choque ou estranhamento nos telespectadores. Aliás, outra grande
qualidade da série é certo equilíbrio que ela mantém entre um realismo
fantástico (especialmente nos episódios das lendas urbanas) e certo
naturalismo, quase como se um retrato da vida como ela é. Ou seja, sempre com
um pezinho na fantasia e outro na realidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;"><span style="font-weight: normal;">Sinceramente, é uma pena que essa série não tenha
tido mais destaque na TV aberta como outras séries da Nickelodeon, do
tipo <i>Rugrats</i> ou <i>Bob Esponja</i>. Mais triste ainda é
saber que a série foi cancelada nos Estados Unidos, não por falta de audiência
ou popularidade, mas por picuinhas </span><span style="font-weight: normal;"><span style="font-weight: normal;">jurídicas entre a Nickelodeon e o criador da
série, Craig Bartlett.</span><o:p></o:p></span></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;"><span style="font-weight: normal;"><span style="font-weight: normal;"><br /></span></span></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;"><span style="font-weight: normal;"><span style="font-weight: normal;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: small; font-weight: bold;"><span style="font-weight: normal; line-height: 18.4px;">Os fãs fizeram uma petição pra desengavetar o filme que encerra a história, com isso a </span></span><span style="font-size: small; line-height: 18.4px;">Nickelodeon se juntou novamente com o criador da série,</span><span style="font-size: small; line-height: 18.4px;"> Craig Bartlett, e um novo filme chamado </span><span style="font-size: small; line-height: 18.4px;"><i>Hey Arnold!: The Jungle Movie</i></span><span style="font-size: small; line-height: 18.4px;"> </span><span style="font-size: small; line-height: 18.4px;">está previsto para 2017. Ele i</span><span style="font-size: small; line-height: 18.4px;">rá retomar de onde a série parou em 2004, finalmente revelando o que aconteceu com os pais desaparecidos de Arnold. A </span><span style="font-size: small; line-height: 18.4px;">maioria dos dubladores originais está confirmada no elenco.</span></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-weight: normal;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="font-family: 'book antiqua'; font-size: 12px;">
<div style="font-family: "book antiqua"; font-size: 12px;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 115%;">Para quem não conhece Hey Arnold! vale muito a pena
conferir o desenho. Afinal, esse é um dos desenhos mais inteligentes e divertidos
da TV. Não é difícil de achar. :)</span></div>
<div style="font-family: "book antiqua"; font-size: 12px;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-weight: normal; line-height: 18.4px;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "book antiqua"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">No Mundo Nick tem alguns vídeos da série:</span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /><span style="line-height: 18.4px;"><a href="http://mundonick.uol.com.br/programas/hey-arnold/pdvhrt" target="_blank">http://mundonick.uol.com.br/programas/hey-arnold/pdvhrt</a></span></span></div>
</span></h4>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2187791068596331616.post-15895930855911903292017-09-05T09:48:00.000-07:002017-10-02T07:23:08.487-07:00De volta aos anos 80<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10pt;">Momento nostalgia para quem foi criança nos
idos de 80. </span><br />
<div class="MsoNormal">
<br />
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Para quem n</span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">ão viveu esse <span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";">pe<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";">ri<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";">odo, </span></span></span></span></span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"> </span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"> e <span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";">s</span></span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">ó </span></span>os conhece apenas de nome, de tanto ouvir de seu
irmão/irmã mais velho<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";">,</span> contar o quanto eram legais, preparei um pequeno
guia sobre essas pérolas da animação. Mas se você era fã dessas séries, nada
melhor que ler esta coluna para matar a saudade.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFt2Nq6RhrOG_bYqeBD-aQdL3sr1NdNK2VF7AM5OcUIQUzxgrTXi5ZMer-29AI1zK9f_HvKyNNV-XazyjqUEwzZHgaS50RcJ9ij7x76Rmk7f-9s072_Bd6u2qzuxiRwfnWdpO_zO0tDTQ/s1600/he-man_and_the_masters_of_177_1280.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="512" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFt2Nq6RhrOG_bYqeBD-aQdL3sr1NdNK2VF7AM5OcUIQUzxgrTXi5ZMer-29AI1zK9f_HvKyNNV-XazyjqUEwzZHgaS50RcJ9ij7x76Rmk7f-9s072_Bd6u2qzuxiRwfnWdpO_zO0tDTQ/s1600/he-man_and_the_masters_of_177_1280.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<div style="text-align: center;">
<b><i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">He-Man e os Mestres do Universo</span></i></b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">: </span></div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">No mundo
de Etérnia, o jovem príncipe Adam, filho do rei Randor e da rainha Marlena, é
escolhido pela Feiticeira, guardiã de castelo de Greyskull, para se tornar o
protetor e campeão do planeta. Empunhando uma espada mágica e proferindo as
palavras "pelos poderes de Greyskull", ele se transforma no poderoso
He-Man, o homem mais forte do Universo, e seu covarde amigo Pacato se transforma
no Gato Guerreiro. Além da Feiticeira, só duas pessoas sabiam de seu segredo: o
Mentor, cientista oficial do rei, e Gorpo, o mágico e atrapalhado bobo da
corte. A filha adotiva de Mentor, Teela, que na realidade era filha da
Feiticeira, era a chefe da guarda e interesse amoroso de Adam/He-Man. Todos
eles e mais alguns aliados, juntos, combatiam as forças do mal que assolavam
Etérnia, comandas pelo perverso Esqueleto, cujos principais subordinados eram a
bruxa Maligna, o Homem-Fera, Mandíbula e Aquático.</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">O que pouco gente não sabe é que se não fosse o
filme do Conan, He-Man nunca teria sido criado. Quando Conan ganhou sua versão
cinematográfica, criou-se uma linha de brinquedos do filme para serem
comercializadas depois de seu lançamento. Mas como o filme tinha conteúdos
fortes e muita violência para o público infantil padrão da época, adaptaram os
brinquedos e os lançaram com o nome de "Masters of Universe". As
vendas iniciais foram relativamente boas, daí resolveram investir mais na linha
de brinquedos e decidiram que a melhor maneira de promover o produto era criar
um desenho baseado no mesmo. </span><span lang="EN-US" style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">E foi assim que surgiu</span><span lang="EN-US" style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"> </span><i><span lang="EN-US" style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">He-Man and the Masters of Universe</span></i><span lang="EN-US" style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">.</span><span lang="EN-US" style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Entretanto, o sucesso do desenho foi muito além das
expectativas dos fabricantes das bugigangas.</span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"> </span><i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">He-Man</span></i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">virou uma
coqueluche entre os pimpolhos dos anos 80, não só nos Estados Unidos como em
outros países também, entre eles o Brasil. As personagens eram carismáticas e
algumas histórias bastante interessantes (alguém se lembra daquele episódio em
que Adam decide deixar de ser He-Man depois de aparentemente ter matado
acidentalmente uma pessoa?), ingredientes perfeitos para o sucesso.</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">A animação original ficou a cargo do estúdio
Filmation, responsável também pelas séries</span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"> </span><i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Brave Star</span></i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"> </span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">e</span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"> </span><i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Caça-Fantasmas</span></i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"> </span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">(que não era baseada no filme homônimo, mas em uma <span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";">antiga serie de tv</span>). </span><br />
<br />
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Adepta da prática "poupar
é preciso" e do processo de reciclagem muito antes de virar moda
(reutilizando a mesma cena diversas vezes), a animação do estúdio deixava um
pouco a desejar, mas em compensação a presença de grandes roteiristas como Paul
Dini e J. Michael Stracinki (mais tarde famosos por seus trabalhos com</span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"> </span><i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Batma<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";">n-Superman-Liga da Justi</span></span></i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">ça</span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"> </span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">e</span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"> </span><i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Homem-Aranha</span></i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">, respectivamente) era a garantia de algumas excelentes histórias. Bruce Timm, parceiro de P<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";">aul Dini<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"> no universo DC na TV, come</span></span></span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">çou escrevendo as mini hqs que vinham com os bonecos<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";">.</span></span></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://images2.fanpop.com/image/photos/13300000/She-ra-wallpaper-she-ra-princess-of-power-13326051-800-600.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://images2.fanpop.com/image/photos/13300000/She-ra-wallpaper-she-ra-princess-of-power-13326051-800-600.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<br />
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">O sucesso foi tanto que surgiu uma série derivada,</span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"> </span><i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">She-Ra, a
Princesa do Poder</span></i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">, estrelada pela desaparecida irmã gêmea de Adam,
Adora. Ao brandir sua espada, ela se transformava em She-Ra e defendia o povo
do planeta Etéria da terrível Horda do Mal. A fórmula era praticamente a mesma
de</span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"> </span><i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">He-Man</span></i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">, mas com um toque "girlie". </span><br />
<br />
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Também foi
feito aquele filme tenebroso estrelado pelo Dulph Lugren e pela Coutney Cox
pré-<i>Friends</i>, que de parecido com o desenho só tinha mesmo o nome. No
início dos anos 90, outra série animada foi feita, mas era tão ruim que nem
passou da primeira temporada.</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://jovemnerd.ig.com.br/wp-content/uploads/ads_hm2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://jovemnerd.ig.com.br/wp-content/uploads/ads_hm2.jpg" height="362" width="640" /></a></div>
<br />
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Outra série foi realizada <span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";">em</span> 200<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";">2</span>.
Co-produção coreana e americana, o este desenho do homem mais forte do universo
não <span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";">era</span> uma continuação do original, mas uma releitura do mesmo. Todos os
personagens originais estão lá, como um novo visual, mais condizente com os a<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"> epoca</span>. Os traços das personagens são típicos das animações americanas,
mas o estilo de animação é totalmente calcado no anime japonês. O primeiro
episódio cont<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";">o<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";">u</span></span> a até então inédita origem de He-Man. Adam foi transformado <span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";">em</span> um jovem
franzino de uns 16/17 anos, enquanto He-Man é um homem mais velho, mais alto e
musculoso (o que é ótimo, pois aquela coisa de He-Man e Adam terem a mesma cara
e corpo só mudando a cor de pele e do cabelo conseguia ser pior que o lance dos
óculos de Clark Kent/Super-Homem). Teela também é adolescente como Adam, e
muito mais esquentada que sua encarnação anterior. As únicas coisas que
realmente continuam as mesmas são o jeitão atrapalhado do Gorpo e as lições de
moral no final das histórias. Além do desenho animado, essa nova versão do
He-Man ganhou uma série de quadrinhos nos Estados Unidos.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"> Infelizmente ela n</span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">ão caiu t</span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">ão bem no gosto do publico e foi cancelada em 20<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";">04.</span></span><br />
<br />
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Volta e meia aparecem noticias sobre <span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";">um novo filme <span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";">do<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"> He Man sendo produzido pela Sony. Mas <span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";">onde<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"> o personagem sobrevi<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";">veu melhor foi na internet, com seu<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";">s diversos mesmes<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";">, em especial os ma<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";">ravilhosos Conselhos do He Man.</span></span></span></span></span></span></span></span></span></span><br />
<br />
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";">Q<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";">uem quiser matar saudades ou con<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";">hecer o seri<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";">ado animado original, <span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";">tem na grade d<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";">o</span></span> Netflix.</span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span> <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<br />
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><br /><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"></span></span></span></span></span></span></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.4icdn.com/img/animes/o-ds-large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.4icdn.com/img/animes/o-ds-large.jpg" height="640" width="448" /></a></div>
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"> </span></span></span> </span></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<!--[if gte vml 1]><v:shape id="Imagem_x0020_36" o:spid="_x0000_s1026"
type="#_x0000_t75" alt="http://www.abacaxiatomico.com.br/obalaio/figkingdom/80anos3.jpg"
style='position:absolute;margin-left:58.25pt;margin-top:0;width:98.25pt;
height:150pt;z-index:1;visibility:visible;mso-wrap-style:square;
mso-wrap-distance-left:3.75pt;mso-wrap-distance-top:3.75pt;
mso-wrap-distance-right:3.75pt;mso-wrap-distance-bottom:3.75pt;
mso-position-horizontal:right;mso-position-horizontal-relative:text;
mso-position-vertical:absolute;mso-position-vertical-relative:line'
o:allowoverlap="f">
<v:imagedata src="file:///C:\Users\Carol\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image003.jpg"
o:title="80anos3"/>
<w:wrap type="square" anchory="line"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2187791068596331616" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"></a><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2187791068596331616" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"></a><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2187791068596331616" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"></a><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2187791068596331616" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"></a><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2187791068596331616" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"></a><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2187791068596331616" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"></a><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2187791068596331616" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"></a><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2187791068596331616" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"></a><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2187791068596331616" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"></a><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2187791068596331616" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"></a><b><i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Thundercats</span></i></b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">: Co-produção japonesa e
americana,</span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"> </span><i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Thundercats</span></i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">contava as aventuras de um grupo de uma raça de
guerreiros felinos humanóides no inóspito Terceiro Mundo. Sobreviventes do
mundo de Thundera, o qual acreditavam que havia sido destruído por um cataclisma,
os Thundercats fugiram em uma nave espacial procurando um novo lar. Quando a
nave entrou em pane, Jaga, o mais velho dos Thundercats, obrigou os outros
integrantes da equipe a entrarem em câmaras de êxtase e as lançou no planeta
mais próximo, ficando para trás e perecendo com a nave. Entretanto, uma das
câmaras, a que continha Lion-O, o filho do rei de Thundera e futuro líder por
direito dos Thundercats, falhou e quando todos acordaram Lion-O já era um homem
feito.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Os Thundercats eram: Panthro, o engenheiro de
plantão, cuja arma era um nunchako; Tygra, o arquiteto do grupo que manejava
uma boleadeira chicote; Cheetara, a única fêmea adulta sobrevivente, que além
da supervelocidade possuía um cajado como arma; e os pirralhos Wily-Katt e
Wily-Kitt. É claro que não podemos nos esquecer de Snarf, ser de uma raça
distinta e que era babá de Lion-O desde criança.</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Lion-O possuía a Espada Justiceira, que só podia
ser empunhada por membros da família real de Thundera. A Espada podia dar a ele
a "visão além do alcance" e também convocar os outros Thundercats ao
emitir um "thunder-sinal" no céu depois que Lion-O gritava
"Thunder, thunder, Thundercats. Roooow!!!!".</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Perdidos num planeta estranho, eles tentaram se
adaptar construindo um lar: a famosa Toca dos Gatos, projetada por Tygra e
Panthro. Conheceram muitos aliados e amigos no novo planeta, mas também fizeram
um grande inimigo, Mumm-Ra, o antigo mal que dominava o Terceiro Mundo,
despertado após a chegada dos felinos. Mumm-Ra tinha duas formas distintas:
aparecia ora como uma múmia decrépita, fraca e nojenta, ora como uma múmia
poderosa, forte e ainda mais nojenta. E para piorar a situação de nossos
heróis, seus antigos inimigos, os Mutantes Escamosos Chacal, Simiano e Abutre,
também foram parar no planeta e se aliaram a Mumm-Ra.</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Na primeira temporada, Lion-O está aprendendo a ser
o líder dos Thundercats e é auxiliado pelo fantasma de Jaga. Depois que Lion-O
consegue adquirir experiência, o espírito de Jaga parte para o descanso eterno.
Em compensação, três novos Thundercats e Snarfinho, sobrinho de Snarf, acabam
aportando no planeta e se juntando ao grupo. Também surgem novos vilões, os
Lunataks.</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Depois de um tempo, nossos heróis descobrem que
Thundera não explodiu, se mantém intacta graças a um aparato mecânico. Parte do
grupo parte para seu planeta natal, com o intuito de reerguê-lo e fundar o
reino de Nova Thundera, enquanto a outra metade permanece no Terceiro Mundo.</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Na época em que passava, a série foi tão famosa
quanto He-Man e apesar de se inspirar em outras produções famosas como</span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"> </span><i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Superman</span></i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"> </span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">(sobreviventes
de um planeta moribundo, além da semelhança entre o metal thundrillium e a
kriptonita),</span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"> </span><i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Batman</span></i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"> </span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">(o Bat-sinal e o "Thunder-sinal") e<i>Star Wars</i></span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"> </span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">(o fantasma
de Jaga como mentor de Lion-O do mesmo modo como o fantasma de Ben Kenobi era
mentor de Luke), possuía algumas histórias interessantes e criativas comparadas
com as de outras produções do período.</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/236x/0f/90/43/0f9043fbbb26c7114f2b2739fe478215.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/236x/0f/90/43/0f9043fbbb26c7114f2b2739fe478215.jpg" width="262" /></a></div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">A franquia foi retomada nos
quadrinhos. Publicada pela Image Comics, com capas de J. Scott Campbell (<i>Gen
13</i>,</span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"> </span><i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Danger Girl</span></i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">), a história começa exatamente do ponto em que o
desenho animado terminou, com nossos heróis em Nova Thundera. Entretanto, o
retorno do vingativo Mumm-Ra vai tornar ainda mais difícil o trabalho de nossos
heróis de reconstruírem seu planeta. A Panini publicou parte dessas revistas aqui no Brasil.</span><br />
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2187791068596331616" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"> </a><br />
<br />
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSwzAoY7OBdMu4uKLmfdflJ-8mSMR2PfUoQ-QnFn67vOLsfZ3DqckicT86IedSF2gEwxcJD-l4699kBMYcM11wr6u4iH1wU-AeTQ6Uyfzv8pJMhXZ1TlaruAuTRHtqweCaOwl3Ygi3AW1V/s1600/images.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSwzAoY7OBdMu4uKLmfdflJ-8mSMR2PfUoQ-QnFn67vOLsfZ3DqckicT86IedSF2gEwxcJD-l4699kBMYcM11wr6u4iH1wU-AeTQ6Uyfzv8pJMhXZ1TlaruAuTRHtqweCaOwl3Ygi3AW1V/s400/images.jpeg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Em 2011 foi lançada uma nova série criada pela parceria entre a Warner Bros e o Studio 4° C do Japão.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Nela, Lion O é o herdeiro de um reino de felinos com características medievais, embora alguns aterfatos de alta tecnologia estivessem espalhados pelo terceiro mundo. </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Depois que seu reino foi atacado pelos acólitos de Mumm-Ra, ele, sei irmão Tygra, juntamente com Cheetara, o General Panthro, e os irmãos Willykat e Willykit, tentam descobrir um modo de derrotar Mumm-Ra com a ajuda do misterioso Livro dos Presságios e recuperar o reino.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Apesar de ter um início empolgante e promissor, a qualidade e a audiência da série foram caindo, e, ela foi encerrada com apenas 26 episódios.</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://blog.bytequeeugosto.com.br/wp-content/uploads/2012/02/thundercats3_.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://blog.bytequeeugosto.com.br/wp-content/uploads/2012/02/thundercats3_.jpg" height="411" width="640" /></a></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><!--[if gte vml 1]><v:shape
id="_x0000_i1025" type="#_x0000_t75" alt="" style='width:60pt;height:22.5pt'/><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<br />
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;"></span>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2187791068596331616.post-36787774467481904292017-08-31T10:30:00.000-07:002017-08-31T10:30:15.528-07:00Realmente, o melhor da Disney<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoNormalTable" style="background: white; mso-cellspacing: 0cm; mso-yfti-tbllook: 1184; width: 605px;">
<tbody>
<tr>
<td style="padding: .75pt .75pt .75pt .75pt; width: 149.45pt;" valign="top" width="199"><div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right;">
</div>
</td><td style="padding: .75pt .75pt .75pt .75pt; width: 304.15pt;" width="406"></td></tr>
<tr><td colspan="2" style="padding: .75pt .75pt .75pt .75pt; width: 16.0cm;" valign="top" width="605"><div class="MsoNormal">
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><a href="http://i.imgur.com/Ltzk5Ox.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://i.imgur.com/Ltzk5Ox.png" height="478" width="640" /></a></span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Criado em 1934 por Walt Disney, Pato Donald apareceu pela primeira vez no
curta animado</span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"> <i>A
Galinha Sábia</i></span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">. O pato esquentado, originalmente dublado por um
ex-entregador de leite que fazia imitações para atrair a freguesia chamado
Clarence Nash, foi sucesso imediato. E a partir daí estrelou milhares de
histórias em tiras de jornais, revistas em quadrinhos, cinema e tv. Foi a
principal estrela dos longas animados</span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"> <i>Alô Amigos</i> </span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">(1943) e</span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"> <i>Você Já Foi à Bahia?</i> </span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">(1945), co-estrelados pelo simpático papagaio brasileiro Zé Carioca.</span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.oicuritiba.com.br/wp-content/uploads/2014/06/historia-06_09-pato_donald-oicuritiba.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.oicuritiba.com.br/wp-content/uploads/2014/06/historia-06_09-pato_donald-oicuritiba.jpg" height="291" width="400" /></a></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Em 1950 a editora Abril lançou no Brasil a
revista do Pato Donald (que dividia a capa com Zé Carioca). A revista mensal
continua sendo publicada até hoje pela mesma editora Abril.
A título de curiosidade, um exemplar original da</span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"> <i>Pato Donald</i> </span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">nº 01 foi trocado por um fusca usado no início de 1990.</span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/pt/thumb/9/94/O_Pato_Donald1.jpg/250px-O_Pato_Donald1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/pt/thumb/9/94/O_Pato_Donald1.jpg/250px-O_Pato_Donald1.jpg" width="227" /></a></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Co<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";">ntudo, <span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";">quem <span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";">conseguiu explorar todo o potencial do Pato <span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";">e sua familia foi o ,talvez, </span></span></span></span></span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"> melhor artista que já trabalhou
para a Disney: Carl Barks.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Respeitado e admirado até mesmo por quem não é fã
dos personagens dos estúdios Disney, Barks é considerado por muitos como um
dos maiores e mais inventivos quadrinistas do século passado, ao lado de
pesos pesados como Will Eisner (</span><i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Spirit</span></i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">) e Hal Foster (</span><i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Príncipe Valente</span></i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">).</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Antes de iniciar sua carreira nos Estúdios
Disney, Carl Barks trabalhou como chargista para a revista</span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"> <i>Calgary Eye-Opener</i></span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">, de Minneapolis. No fim dos anos 30, Barks começou a trabalhar para a
Disney como animador, mas foi a partir de 1942, quando resolveu abandonar o
estúdio de animação e se voltar para os quadrinhos da empresa, que o artista
encontrou a obra de sua vida nas histórias do Pato Donald.</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Numa época em que a Disney americana não dava
crédito aos desenhistas e autores de suas histórias, Barks, com seu estilo de
escrever e desenhar dinâmico e ao mesmo tempo detalhista, chamou a atenção
dos leitores, que queriam saber quem era aquele artista. E acabou por quebrar
o tabu da empresa de manter incógnitos seus colaboradores.</span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://vignette1.wikia.nocookie.net/disney/images/1/1b/Carl_Barks.jpg/revision/latest?cb=20110207153337" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://vignette1.wikia.nocookie.net/disney/images/1/1b/Carl_Barks.jpg/revision/latest?cb=20110207153337" height="400" width="291" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Barks é responsável pelo mais complexo e
interessante microuniverso dentro do mundo Disney: Patópolis. Suas histórias
inicialmente enfocavam as aventuras do Pato Donald e seus sobrinhos Huguinho,
Zezinho e Luizinho. Aos poucos, Barks foi criando outros personagens para
acrescentar mais tempero às histórias. São criações suas: Gastão, o primo
sortudo e chato do Donald, que também tenta conquistar a Margarida; a bruxa
Maga Patalógika, arquiinimiga do Tio Patinhas; o Professor Pardal, o cientista
maluco de plantão, entre outros. Mas sua criação mais famosa é, sem dúvida, o
sovina Tio Patinhas (</span><i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Uncle
Scrooge</span></i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">, no original), baseado na clássica personagem do</span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"> <i>Conto de Natal</i></span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">, de Charles Dickens (aquele dos três fantasmas do <span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";">N</span>atal).</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Talvez uma das melhores características de Barks
esteja no fato de que ele não se contentou em escrever histórias
engraçadinhas mas, num lance de ousadia e criatividade, colocou Donald e
família para viajar através do mundo, vivendo aventuras fantásticas em
lugares exóticos, meticulosamente retratadas através de pesquisas na</span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"> <i>National Geographic</i></span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">. Barks era um daqueles poucos autores que sabia dosar momentos de
humor, aventura e suspense na medida certa. Suas histórias inspiraram
artistas do porte de Spielberg, que utilizou várias referências das criações
de Barks para desenvolver parte das aventuras do arqueólogo Indiana Jones.</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Em 1966 Barks abandonou os quadrinhos, mas não
suas personagens. Em 1971 a Walt Disney Company concedeu-lhe uma inédita
permissão de pintar telas a óleo da família Pato e demais personagens criadas
por ele. Ele continuou pintando até 1976, quando a Disney revogou a
autorização, devido à alta especulação em torno dos quadros.</span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://images.vcpost.com/data/images/full/33353/ducktales-will-be-rebooted-by-disney-xd.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://images.vcpost.com/data/images/full/33353/ducktales-will-be-rebooted-by-disney-xd.jpg" height="301" width="400" /></a></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Em 1987 a Disney lançou na tv um dos seus maiores sucessos: a série</span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"> <i>Ducktales</i></span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">, totalmente inspirada no trabalho de Barks.</span><i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Ducktales</span></i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"> </span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">contava as aventuras do Tio Patinhas e seus
sobrinhos Huguinho, Zezinho e Luizinho, que foram deixados sob seus cuidados
depois que Donald resolveu virar marinheiro de verdade. Além das carismáticas
personagens criadas por Barks, outras não menos simpáticas foram integradas
no elenco, como a governanta Madame Patilda e sua neta Patrícia, e o
desastrado piloto capitão Boing. Um longa metragem da série,</span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"> <i>Ducktales: The Movie, Treasure of the
Lost Lamp </i></span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">chegou aos cinemas em 1990. E uma série derivada,
com participação do capitão Boing,</span><i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"> DarkingDuck</span></i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">, que narrava as aventuras de um super-herói
mascarado ao estilo do Batman, foi criada.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">A família Pato chegou a estrear outra série
animada anos depois,</span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"> <i>TV
Quack Pack</i></span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">, na qual Donald deixa a marinha e vai trabalhar
na TV junto com Margarida. Huguinho, Zezinho e Luizinho passam a ser
adolescentes encrenqueiros, que adoram pegar no pé do tio. Mas, em termos de
sucesso e qualidade,</span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"> <i>TV
Quack Pack</i> </span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">nunca consegui superar ou se aproximar de</span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"> <i>Ducktales</i></span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">.</span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10pt;"> Em 1991 Carl Barks recebeu o prêmio "Disney Legends", em
reconhecimento à importância de sua obra. Barks faleceu em agosto de 2000,
aos 99 anos, deixando ainda uma última história do Pato Donald:</span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10pt;"> <i>Somewhere in Nowhere</i></span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10pt;">, escrita em 1997.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">A Disney lançou um<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"> reb<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";">oot de Ducktales agora em 2017, ins<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";">pirado tanto n<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";">o desenho original quanto na obra de Barks, que eu recomendo demais!</span></span></span></span></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><br /></span></span></span></span></span>
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><br /></span></span></span></span></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://assets2.ignimgs.com/2016/03/07/14273401jpg-19d3ec_640w.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://assets2.ignimgs.com/2016/03/07/14273401jpg-19d3ec_640w.jpg" height="360" width="640" /></a></div>
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><br /></span></span></span></span></span>
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"></span></span></span></span></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"></span></span></span></span></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"></span></span></span></span></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><br /></span></span></span></span></span> <span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
</tbody></table>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2187791068596331616.post-59973139873473675072017-08-30T13:54:00.000-07:002017-08-30T13:54:00.882-07:00Um pouco das histórias dos Mangás<div class="yiv9295079267msonormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: "segoe ui" , sans-serif;">Podendo ser traduzido literalmente como "figuras irresponsáveis", o
termo <i>Mangá</i> é comumente utilizado para designar as histórias
em quadrinhos japonesas. Os <i>mangás</i> são usualmente grossos
volumes com centenas de páginas, lidos da esquerda para a direita. A maioria é
impressa em preto e branco, embora, possam ser coloridas em uma única cor. Tal
prática se destina a esconder "imagens fantasmas", uma vez que
os <i>mangás</i> são impressos em papel reciclado barato. Contudo,
ocasionalmente, séries mais consagradas podem ter algumas páginas coloridas em
alguns capítulos. Geralmente várias séries de autores diversos são
publicadas em uma única revista. Posteriormente, as séries de maior sucesso são
republicadas em tamanho <i>"pocket" </i>em um papel de
melhor qualidade em volumes conhecidos como <i>tankohon. </i></span><br />
<span style="font-family: "segoe ui" , sans-serif;"><i><br /></i></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYdPIFaNV12FyczJRmoujoK-K1qGGvIpzycniDfSfJOYr_xZ7TbJto1Dzz85-1_o8i_ZHdko-AeXkujw4i_zkauNjYWiZM5oCBvqwdZ-423_zDX3dBbHvmYt2mtZIIjZ9ajGMvK7V9R2mb/s1600/emakimono.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="308" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYdPIFaNV12FyczJRmoujoK-K1qGGvIpzycniDfSfJOYr_xZ7TbJto1Dzz85-1_o8i_ZHdko-AeXkujw4i_zkauNjYWiZM5oCBvqwdZ-423_zDX3dBbHvmYt2mtZIIjZ9ajGMvK7V9R2mb/s640/emakimono.JPG" width="640" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "segoe ui" , sans-serif; font-style: italic;"><b>Emakimono</b></span></div>
<span style="font-family: "segoe ui" , sans-serif;">
<br />
Definir historicamente o surgimento dos <i>mangás</i> é relativamente
complicado. Alguns estudiosos apontam suas origens no período Nara (séc VII)
com o surgimento do <i>emakimono</i> (rolos de pintura), outros
afirmam ter nascido dos desenhos humorísticos de monges orientais do séc.
XII. Entretanto, é quase inegável a influência do estilo de pinturas <i>Ukiyo-e</i> (retratos
do mundo flutuante), surgido no período Edo (1603-1867). Os <i>Ukiyo-e</i> (ou
estampas japonesas) se tornaram uma forma de entretenimento popular, pois eram
facilmente produzidos em massa, impresso em "larga escala" (para os
padrões da época) com auxílio de blocos de madeira. Seus temas variavam
desde cenas da vida urbana, temas teatrais, cortesãs, lutadores e paisagens. Às
vezes eram compilados em formato de livro, contando uma história. Até mesmo
cenas de sexo eram retratadas em ilustrações conhecidas como <i>shungas</i>,
e, considerados por alguns, como os predecessores dos <i>hentai</i> -
os quais comentaremos mais adiante. Aliás, era comum presentear os
recém-casados com <i>shungas</i>. O fim de tal costume - e simultaneamente
declínio de produção dos <i>shungas</i> - veio com o advento da era
Meiji (iniciado em 1868) e a instauração de uma conduta moral mais
rígida.</span><br />
<span style="font-family: "segoe ui" , sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnrZlNFuhIRPmjU3qTJvp5fWmkll8K-_oly1IBuLMm3Z8JTTntf5cI5Nhdcw79ojPvV-wBrc6vQb8TbxtCB2Ign5ICsCncclNv3gK9yNCyEFtvrZ7WgpYu-JNWhBcsw8JMS_mMXAALeTSj/s1600/ukiyo+e+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="326" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnrZlNFuhIRPmjU3qTJvp5fWmkll8K-_oly1IBuLMm3Z8JTTntf5cI5Nhdcw79ojPvV-wBrc6vQb8TbxtCB2Ign5ICsCncclNv3gK9yNCyEFtvrZ7WgpYu-JNWhBcsw8JMS_mMXAALeTSj/s640/ukiyo+e+2.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<i style="font-family: "segoe ui", sans-serif;"><b>Ukiyo-e</b></i></div>
<span style="font-family: "segoe ui" , sans-serif;">
<br />
O mangá moderno surge apenas no começo do séc. XX, influenciado, em parte, por
publicações norte-americanas e britânicas. Às vezes eram até mesmo nomeados
de <i>Punch-e</i>, nome derivado da revista inglesa <i>Punch Magazine</i>.
Muitas das histórias eram tiras ou quadros de humor. É quase
unânime, entretanto, que o grande responsável por tornar os quadrinhos
japoneses o que são hoje é Osamu Tesuka. Foi ele quem definiu alguns dos
elementos fundamentais do mangá : o desenhos estilizado, a narrativa cinematográfica,
e é claro, os famosos olhos grandes. </span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: "segoe ui" , sans-serif;"><br /></span></div>
<span style="font-family: "segoe ui" , sans-serif;">Alguns citam Walt Disney como fonte de inspiração para o trabalho de Tesuka na
criação de personagens com traços exagerados com o intuito de aumentar a
expressividade e o efeito dramático. Contudo, vale ressaltar que o
teatro <i>kabuki</i>, do qual dizem que Tesuka era fã, também foi
responsáveis pela criação dos famosos "olhões". Além da
maquiagem <i>kumadori</i>, que simulava máscaras, os atores usam os olhos
como modo de expressão fundamental, abrindo-os ao máximo, ou mesmo simulando um
estrabismo para denotar raiva ou agitação. Tudo no intuito de ressaltar as
emoções dos personagens. </span><br />
<span style="font-family: "segoe ui" , sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZOmFl6f_1v0wUbjkM9aLExKpgN5-r7JIoJkGXw0rO3ad-GRbq539RdcHwLVs7CyckIJoe7AotwfQ9wQqs_ctnL-SDHkkZRbDuP0WZnWfm4TiXYaP2nrnd6tEFWWZwXRhlz3ljXePW0wH4/s1600/a8cecdb311a5f0986d5d30f39fabfe8b.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZOmFl6f_1v0wUbjkM9aLExKpgN5-r7JIoJkGXw0rO3ad-GRbq539RdcHwLVs7CyckIJoe7AotwfQ9wQqs_ctnL-SDHkkZRbDuP0WZnWfm4TiXYaP2nrnd6tEFWWZwXRhlz3ljXePW0wH4/s640/a8cecdb311a5f0986d5d30f39fabfe8b.jpg" width="456" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<i style="font-family: "segoe ui", sans-serif; text-align: start;"><b>kumadori</b></i></div>
<span style="font-family: "segoe ui" , sans-serif;"><br />
Ao contrário do que muitos apregoam, os "olhões" não são fruto de
inveja japonesa aos arredondados olhos ocidentais. Os japoneses consideram os
olhos como "portais para a alma", assim, os utilizam para
transparecer a personalidade e/ou o estado de espírito dos personagens.
Crianças usualmente têm olhos maiores para refletir sua inocência. E, em
alguns caos, o mesmo personagem pode ter tamanhos de olhos diferentes,
dependendo da situação. Por exemplo, Kenshin Himura (<i>Samurai X/Rurouni
Kenshin,<span class="apple-converted-space"> </span></i>publicado no Brasil
pela JBC) e Kirika Yuumura (<i>Noir,<span class="apple-converted-space"> </span></i>desenho
animado japonês exibido na extinta Locomotion) variam o tamanho de seus olhos:
grande e gentis em situações normais, estreitos e menores durante cenas de
batalha.<br />
<br />
Retomando um pouco Tesuka, ele foi um dos mais produtivos artistas nipônicos de
seu tempo: auxiliado por vários assistentes, ele produzia cerca de 300 páginas
de quadrinhos por mês para várias revistas, chegando a produzir 150 mil páginas
durante toda sua carreira, além de criar mais de 500 obras. Alguns de
seus personagens são conhecidos aqui no Brasil, principalmente pelos mais
velhos, como <i>Tetsuwan Atom, Jungle Tatei e Ribon no Kishi</i>, mais
conhecidos como <i>Astro Boy, Kimba, o Leão Branco e A Princesa e o
Cavaleiro</i> - este último publicado pela JBC-, criados nos anos 50, e
transformados em desenho na década de 60.</span><br />
<span style="font-family: "segoe ui" , sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjawsJYTk-B89WTQnnZo2Q7axRjKIE1BnvEr-ZbfNig84Cw0_9Ih0hbng3KJrrnogawuriGlb7kU3v_JSarZwyH41RgbFRxtK6yuJqXqoTF2MVIJKock0WvjHVWLvhWa-KVawnMuhto8klV/s1600/tezukastars.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjawsJYTk-B89WTQnnZo2Q7axRjKIE1BnvEr-ZbfNig84Cw0_9Ih0hbng3KJrrnogawuriGlb7kU3v_JSarZwyH41RgbFRxtK6yuJqXqoTF2MVIJKock0WvjHVWLvhWa-KVawnMuhto8klV/s1600/tezukastars.jpg" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b style="font-family: "segoe ui", sans-serif;">Osamu Tesuka</b></div>
<span style="font-family: "segoe ui" , sans-serif;"><br />
Não é à toa que Tezuka é conhecido pelos seus conterrâneos como “<i>Manga no
Kami-sama” </i>, ou “o deus do mangá”.<br />
<br />
Uma característica marcante dos <i>mangás</i> é a prevalência da
imagem sobre o texto ao contrário dos quadrinhos americanos, por exemplo.
Comparativamente, os quadrinhos americanos são mais textuais. Os quadrinhos japoneses
são feitos para serem uma experiência visual, enquanto os americanos são feitos
para serem lidos. Há exceções em ambos os casos, é verdade.<br />
<br />
Em resumo, pode-se dizer que os <i>mangás</i> possuem uma narrativa
cinematográfica, como se fossem algo visto quadro a quadro.<br />
<br />
Nos chamados <i>mangás</i> de história longa, alguns com milhares de
páginas, os artistas japoneses buscam estender sua narrativa por muitos
capítulos de modo a explorar as nuances psicológicas das personagens e tornar a
história mais interessante e detalhada.<br />
<br />
No Japão, existem diversos tipos de <i>mangás</i> sobre os mais
variados temas possíveis. Entretanto, a maioria é classificado/dividido pela
faixa etária e/ou sexo dos leitores e possuem entre si algumas características
em comum. Embora, nos últimos tempos, características de um gênero são
incorporados a outro e vice-versa, dificultando algumas vezes a classificação
exata de uma história. </span><span style="font-family: "segoe ui" , sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="yiv9295079267msonormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 110.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "segoe ui" , sans-serif;"> </span><span style="font-family: "segoe ui" , sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="yiv9295079267msonormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<span style="font-family: "segoe ui" , sans-serif;"> </span><span style="font-family: "symbol";">·</span><span style="font-family: "segoe ui" , sans-serif;"> <span class="apple-converted-space"> </span><b>Categorias
de Mangás (por faixa etária)</b><br />
<br /><br />
<b>Kodomo</b>, o termo é traduzido como "criança", e, é usado para se
referir aos quadrinhos nipônicos dedicados aos pequenos. São geralmente
histórias mais simples e engraçadinhas, algumas com teor pedagógico. O
mais famoso dos mangás <i>kodomo</i> é, sem dúvida, <i>Doreamon</i>,
criado em 1969. Em 2008, o ministério japonês proclamou Doreamon como
"embaixador" do país, consolidando sua posição de ícone cultural
japonês A versão <i>anime</i> do gato azulado do séc. XXIII, perdido
na nossa época, chegou a ser exibida no Brasil pela extinta Rede
Manchete. </span><span style="font-family: "segoe ui" , sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="yiv9295079267msonormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-16ULnsI92Xhb1bIaG3fNyTOZcFSXylM0_x_711I8zUbcgmisG5VZ6bZFCkTIzdcoXoeD5u_ZRgjiGnQWz9NrizRPoZlZq6zc_Gi7aL2Ubl_MwQyAVv2IbVRkRGfnIC2Lm8zfNfGn9yYX/s1600/Doraemon-Wallpaper-Computer-HD-Desktop.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-16ULnsI92Xhb1bIaG3fNyTOZcFSXylM0_x_711I8zUbcgmisG5VZ6bZFCkTIzdcoXoeD5u_ZRgjiGnQWz9NrizRPoZlZq6zc_Gi7aL2Ubl_MwQyAVv2IbVRkRGfnIC2Lm8zfNfGn9yYX/s400/Doraemon-Wallpaper-Computer-HD-Desktop.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<i style="font-family: "segoe ui", sans-serif; text-align: justify;"><b>Doreamon</b></i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<br /></div>
<div class="yiv9295079267msonormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "segoe ui" , sans-serif;">Shounen</span></b><span style="font-family: "segoe ui" , sans-serif;">, traduzido como "garoto" e literalmente como
"poucos anos", designa os mangás destinados aos adolescentes do sexo
masculino. Suas características tidas como marcantes são a ênfase na ação
e nas cenas de combate comparadas aos demais elementos da história. Alguns
focam relações amorosas de forma humorística, sendo quase um clichê a história
do rapaz - usualmente tímido e indeciso - cercado por belas garotas, como <i>Tenchi
Muiyo ou Love Hina<span class="apple-converted-space"> </span></i>(publicado
aqui pela JBC).<br />
<br />
Os desenhos de <i>shounen</i> seriam menos rebuscados em sua arte
final, de modo a imprimir maior agilidade e dinamismo nas cenas de ação.<br />
<br />
Entretanto, especialmente nos últimos anos, tais "regras" vêm sendo
minimizadas, e, elementos tidos como de outras categorias são empregados com
mais freqüência. Por exemplo, <i>Bakuman</i> (JBC) é um <i>shounen</i> cujo
enfoque está na mistura de romance, drama e comédia.<br />
<br />
Alguns exemplos de mangás <i>shounen</i> de sucesso são <i>Saint
Seya - Cavaleiros do Zodiaco<span class="apple-converted-space"> </span></i>(JBC)<i>,
Dragon Ball Z<span class="apple-converted-space"> </span></i>(Conrad)<i>, Yu
Yu Hakushô<span class="apple-converted-space"> </span></i>(JBC)<i>, Naruto</i>(Panini)<i>,
Bleach<span class="apple-converted-space"> </span></i>(Panini) e<i> Rurouni
Kenshin - Samurai X<span class="apple-converted-space"> </span></i>(JBC)</span><span style="font-family: "segoe ui" , sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="yiv9295079267msonormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "segoe ui" , sans-serif;"><br />
</span></i><b><span style="font-family: "segoe ui" , sans-serif;">Shoujo</span></b><span style="font-family: "segoe ui" , sans-serif;">, traduzido como
"garota", literalmente "pouca mulher", seria a contraparte
etária do <i>shounen</i>, dedicado às adolescentes do sexo feminino. Seus
traços seriam mais delicados, com uma arte-final mais rebuscada e
detalhada.<br />
<br />
A ênfase temática estaria no romance, nas inter-relações dos personagens e nos
seus conflitos pessoais. Entretanto, o que já se foi dito sobre a mistura de
características de elementos no <i>shounen</i>, também se aplica aos
mangás <i>shoujo</i>. Por exemplo, <i>Guerreiras Mágicas de Rayearth<span class="apple-converted-space"> </span></i>(JBC) utiliza ingredientes
de <i>mecha (robôs gigantes)</i>, tido como uma temática típica dos
shounen.<i> </i><br />
<br />
Um dos subgêneros mais famosos do <i>shoujo</i> talvez seja o <i>mahou
shoujo </i>ou <i>magical girl</i>, como <i>Sailormoon</i> (versão
animada exibida na Manchete e no Cartoon Network) ou<span class="apple-converted-space"> </span><i>Sakura Card Captors</i><span class="apple-converted-space"> </span>(JBC), onde uma garota recebe poderes
especiais para lutar contra as forças do mal.</span><br />
<span style="font-family: "segoe ui" , sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhk0YqJ0ews29FyWm1RJt-rzKpXsC7tItvBDqHL6nddB7xE9qeAOauidOIPOSGpLJnxZOfsfaZaQYcC1vKxNRGwovaR-M_gYSDbPMGPjVzB9d2jErk6Q5UuOf8HqUoozhxC17lXX7Q3x2h4/s1600/evolution_of_the_magical_girl_by_shattered_earth-d4sskij.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhk0YqJ0ews29FyWm1RJt-rzKpXsC7tItvBDqHL6nddB7xE9qeAOauidOIPOSGpLJnxZOfsfaZaQYcC1vKxNRGwovaR-M_gYSDbPMGPjVzB9d2jErk6Q5UuOf8HqUoozhxC17lXX7Q3x2h4/s640/evolution_of_the_magical_girl_by_shattered_earth-d4sskij.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<span style="font-family: "segoe ui" , sans-serif;"><br />Outro subgênero de destaque são aqueles focados na vida escolar, narrando as
desventuras amorosas dos estudantes, destacando um casal, geralmente com
personalidades antagônicas. Exemplos dessa temática são vistos em <i>Karekano</i><span class="apple-converted-space"> </span>(Panini) e <i>Maid Sama!</i><span class="apple-converted-space"> </span>(Panini).<br />
<br />
<b>Seinen</b> são os mangás voltados para um público masculino mais velho,
especialmente adultos jovens entre 18 e 25 anos. Eles aprofundam temas que são,
às vezes, apenas insinuados nos <i>shounen</i>, e, mesmo, <i>shoujo</i>.
Geralmente contém uma temática mais aprofundada, cenas de violência mais
explícitas e insinuações sexuais mais diretas.<br />
<br />
Existe um foco maior na história em detrimento da ação, e, algumas vezes, suas
narrativas são mais atreladas à "lógica da realidade".<br />
<br />
Alguns exemplos de <i>seinen</i> conhecidos no Brasil são <i>Berserk<span class="apple-converted-space"> </span></i>(Panini)<i>, Gantz<span class="apple-converted-space"> </span></i>(Panini),<span class="apple-converted-space"> </span><i>Monster<span class="apple-converted-space"> </span></i>(Conrad) e<span class="apple-converted-space"> </span><i>Battle Royale</i><span class="apple-converted-space"> </span>(Conrad)<i>. </i><br />
<br />
<b>Josei</b> é a contraparte feminina do <i>seinen</i>, dedicado
principalmente às jovens mulheres. Os traços finos e delicados desses
trabalhos, além da temática focada nas inter-relações pessoais dos personagens,
fazem com que sejam, por vezes, confundidos, aqui no Brasil, com <i>shoujos. </i><br />
<br />
Contudo, sua narrativa é usualmente mais densa e realista. E as referências
sexuais, tais como no <i>seinen</i>, são mais explícitas.<br />
<br />
<i>Nana<span class="apple-converted-space"> </span></i>(JBC)<i>, Paradise
Kiss<span class="apple-converted-space"> </span></i>(Conrad) e<span class="apple-converted-space"><i> </i></span><i>Honey & Clover</i> (Panini)
são alguns trabalhos <i>josei</i> bastante conhecidos.<br />
<br /><span style="font-family: "segoe ui" , sans-serif;"> </span><span style="font-family: "symbol";">·</span><span style="font-family: "segoe ui" , sans-serif;"> <span class="apple-converted-space"> <b>Outras</b> </span><b>Classificações de Mangás </b></span><br /><br />
<b>Gekigá</b>, mais que uma categoria de quadrinhos japoneses, se apresenta
como um movimento artístico. Traduzido literalmente como "figuras
dramáticas", ele surgiu em oposição ao <i>mangá</i> convencional
("figuras irresponsáveis"), buscando abordar temas mais adultos, com
traços mais clássicos e realistas em contraposição ao estilo
"cartoonesco" dos <i>mangás</i> mais comerciais.<br />
<br />
Originou-se de fanzines disponibilizados por bibliotecas públicas de Osaka,
conhecidas como <i>kasihonya</i>, que, logo após a II Guerra, se
prontificavam a levar leituras de baixo custo para a população em geral,
especialmente adultos, e, permitiam aos artistas um experimentalismo maior que
as grandes editoras do período.<br />
<br /><br />
Sem dúvida, um dos mais famosos e marcantes <i>gekigás</i> é a
série <i>Kozure Okami (Lobo Solitário</i>, publicada aqui no Brasil pela
Sampa, Nova Sampa e, em versão integral, pela Panini <i>).</i>Criada nos
anos 70 por Kazuo Koike e Goseki Kojima, o impacto da saga do ex-executor do
Shogun, Ito Ogami, e seu filho, Daigoro, é imensurável, ecoando ainda em
produções recentes como <i>Vagabond<span class="apple-converted-space"> </span></i>(Conrad)<span class="apple-converted-space"><i> </i></span><i>e Blade - A Lâmina do
Imortal<span class="apple-converted-space"> </span></i>(Conrad). No
ocidente, sua influência também se faz presente, como na obra de Frank Miller (<i>Sin
City, 300 de Esparta</i>), na série de <i>graphic novels Estrada para a
Perdição</i> ou mesmo na animação <i>Samurai Jack. </i><br />
<br />
</span><br />
<center>
<span style="font-family: "segoe ui" , sans-serif;"><img border="0" height="472" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6unrUOVooEjU918Wm1e5eSWeRGlcE4wDDbuqrqOkP1IrF5cgqFM1ou0GfXJMiWO8QIOHpH0t15rfRGMXGR6tPLflVeVIhUJZZRCn5mdtBuvJ7OKt7UTBLJuEyJgg_Cw_q1PGWV7QLqSdb/s640/lone-wolf-and-cub-1619212.jpg" width="640" /></span></center>
<span style="font-family: "segoe ui" , sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "segoe ui" , sans-serif;"><b>Lobo Solitário</b></span></div>
<span style="font-family: "segoe ui" , sans-serif;">
<br />
Outros <i>gekigás</i> de destaque são <i>Mai - A garota
sensitiva<span class="apple-converted-space"> </span></i>(Abril)<i>, Akira<span class="apple-converted-space"> </span></i>(Globo)<i>, Crying Freeman<span class="apple-converted-space"> </span></i>(Panini)<span class="apple-converted-space"><i> </i></span><i>e Gen-Pés Descalços<span class="apple-converted-space"> </span></i>(Conrad). Este último, apesar dos
traços cartunescos é considerado <i>gekigá</i> devido à sua temática:
o relato sobre os sobreviventes da bomba de Hiroshima, entre eles o próprio
autor, Keiji Nakazawa.<br />
<br />
<b>Hentai</b> é o termo empregado para designar os<span class="apple-converted-space"> </span><i>mangás</i><span class="apple-converted-space"> </span>eróticos e pornográficos
japoneses.<br />
<br />
No ocidente refere-se a qualquer produção de nipônica que mostre explicitamente
um intercurso sexual. No Japão, usa-se uma pequena diferenciação entre as
produções eróticas. Obras que apresentam cenas de sexo convencional são
designadas pelos termos <i>18-kin</i> (proibido para menores de 18
anos) ou <i>seijin manga</i> (mangás para adultos).<br />
<br />
Os <i>hentais</i>, portanto, se referem a trabalhos que exploram fetiches
sexuais em suas páginas. Algumas vezes se usa o termo <i>ecchi</i> para
se dizer desse tipo de publicação. Ambos, <i>hentai e ecchi</i>, podem ser
traduzidos, entre outros significados, como "perversão".<br />
<br />
<b>Shounen-ai/Yaoi</b> - Ambos os termos são usados para designar
histórias que contém temáticas relacionadas a relações homo-eróticas
masculinas. No Japão usa-se também o termo <i>Boy's Love</i> para
esse tipo de história, que seria a tradução de <i>shounen-ai</i> para
o inglês (<i>shounen</i> = garoto, <i>ai </i>= amor)<br />
<br />
Entretanto, o <i>shounen-ai</i> aborda o tema de maneira mais leve,
tendo como foco a relação afetiva dos envolvidos. Já o <i>yaoi</i> dá
ênfase à relação sexual propriamente dita. A palavra <i>yaoi</i> vem
da expressão: <i>"Yama nashi, Ochi nashi, Imi nashi"</i> (sem
clímax, sem piadas, sem sentido).<br />
<br />
No ocidente, os termos <i>shounen-ai e yaoi</i> são, muitas vezes,
usados como sinônimos.<br />
<br />
Exemplos de histórias com conteúdos <i>shounen-ai: Gravitation<span class="apple-converted-space"> </span></i>(JBC)<i>, Princess Princess<span class="apple-converted-space"> </span></i>(Panini)<i>, Tokyo Babylon<span class="apple-converted-space"> </span></i>(JBC)<i>. </i><br />
<br />
<b>Shoujo-ai/Yuri</b> seriam os correspondentes femininos de,
respectivamente, <i>shounen-ai e yaoi. </i><br />
<br />
O <i>shoujo-ai</i> se refere a histórias românticas protagonizadas
por casais femininos, focando no envolvimento afetivo das garotas, sem
necessariamente significar envolvimento sexual. Já o termo <i>yuri </i>trata
de obras com cenas de caráter mais sexual. O termo <i>yuri hentai</i> também
designa trabalhos explicitamente pornográficos.<br />
<br />
Assim como <i>shounen-ai/yaoi</i>, no ocidente, <i>shoujo-ai/yuri</i> são
tomados como sinônimos.<br />
<br />
<i>Sailormoon</i> possui um dos casais <i>shoujo-ai</i> mais
famosos dos<span class="apple-converted-space"> </span><i>mangás:</i><span class="apple-converted-space"> </span>Sailor Uranus e Sailor Neptune. Outra
história com características <i>shoujo-ai</i> é <i>Noir<span class="apple-converted-space"> </span></i>(exibido pela Locomotion)<i>. </i><br />
<br />
O mangá <i>Fushigi no Kuni no Muyuki-chan </i>ou simplesmente <i>Miyuki-chan<span class="apple-converted-space"> </span></i>(JBC)<i> </i>, do Clamp, pode
ser considerado um meio termo entre <i>shoujo-ai e yuri</i>, embora tenda
mais para a segunda categoria, e tomado por muitos como tal.<br />
<br />
<b>Doujinshi</b>, ou simplesmente <i>doujin</i>, pode ser literalmente
traduzido como "mesma coisa, pessoas diferentes". Em outras palavras,
refere-se a histórias protagonizadas por personagens conhecidas, mas escritas
por outras pessoas que não seus criadores. Partindo dessa perspectiva,
muitos escritores de<span class="apple-converted-space"> </span><i>fanfics</i><span class="apple-converted-space"> </span>(histórias escritas por fãs) que se
especializam em histórias baseadas em<span class="apple-converted-space"> </span><i>mangás</i><span class="apple-converted-space"> </span>denominam seus trabalhos como <i>doujinshi</i>,
mesmo que ele não contenha ilustrações.<br />
<br />
Entretanto, o termo usualmente se refere a mangás/fanzines de artistas (ainda)
não profissionalizados, podendo conter tanto histórias originais quanto<span class="apple-converted-space"> </span><i>fanfics</i>.<br />
<br />
Alguns artistas, mesmo depois de estabelecidos profissionalmente,
ocasionalmente fazem <i>doujinshi. </i>Um exemplo é o grupo Clamp,
que, depois de famoso, realizou <i>Tenku Senki Shurato Original Memory
(Muma) </i>em 1990, baseado no mangá <i>Tenku Senki Shurato</i> de
Hiroshi Kawamoto, cujo versão animada foi exibida no Brasil pela
extinta Rede Manchete nos anos 90.<br />
<br />
Com o advento da internet, a profusão de <i>doujishins</i> aumentou
drasticamente. Muitos são os fãs que disponibilizam seu trabalhos em sites como
o DeviantART. O site Aku Tenshi (</span><a href="http://www.aku-tenshi.org/doujin/" target="_blank"><span style="color: #196ad4; font-family: "segoe ui" , sans-serif;">http://www.aku-tenshi.org/doujin/</span></a><span style="font-family: "segoe ui" , sans-serif;">)</span><span style="font-family: "segoe ui" , sans-serif;"> tem uma pagina
dedicada exclusivamente a <i>douijishin. </i></span><span style="font-family: "segoe ui" , sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="yiv9295079267msonormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "segoe ui" , sans-serif;"><br />
O termo <i>Doujinshi Circle</i> é utilizado para nomear um grupo de
artistas que trabalham coletivamente na criação de uma obra. O Clamp começou
sua carreira como um <i>Doujinshin Circle</i>, contando com 11 integrantes
nos seus primórdios. </span><span style="font-family: "segoe ui" , sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="yiv9295079267msonormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="yiv9295079267msonormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "segoe ui" , sans-serif;">Dicas de Leitura</span></b><span style="font-family: "segoe ui" , sans-serif;"><br />Para quem gostaria de saber mais sobre mangás, suas origens e características,
um bom ponto de partida são os verbetes do site Animes News Network (</span><a href="http://www.animenewsnetwork.com/encyclopedia/lexicon.php" target="_blank"><span style="color: #196ad4; font-family: "segoe ui" , sans-serif;">http://www.animenewsnetwork.com/encyclopedia/lexicon.php</span></a><span style="font-family: "segoe ui" , sans-serif;">)</span><span style="font-family: "segoe ui" , sans-serif;"> </span><span style="font-family: "segoe ui" , sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="yiv9295079267msonormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<b>Outra dica de site:</b><br />
<a href="http://clampfiles.blogspot.com.br/" style="color: #7b0c0c;" target="_blank">Clamp Files: Um Guia sobre a obra das mangakás mais famosas do Japão</a><br />
<br />
<div class="yiv9295079267msonormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "segoe ui" , sans-serif;">Alguns livros também podem ser recomendados como leitura
essencial:<br />
<br />
<b>Manga! Manga!: The World of Japanese Comics</b>, de Frederik L. Schodt
(Kodansha America) (em inglês)<br />
<br />
<b>Dreamland Japan: Writings on Modern Manga</b>, de Frederik L. Schodt
(Stone Brigde Press) (em inglês)<br />
<br />
<b>Mangá - O Poder dos Quadrinhos Japoneses</b>, de Sonia Luyten (Hedra)<br />
<br />
<b>Cultura Pop Japonesa: Mangá e Anime</b>, de Sonia Luyten (Hedra)<br />
<br />
<b>Mangá - Como o Japão Reinventou os Quadrinhos</b>, de Paul Gravett (Conrad)</span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2187791068596331616.post-8800155309524399272016-11-09T08:00:00.002-08:002016-11-09T08:00:44.307-08:00Agradecimentos, CCXP e Muito mais<div style="box-sizing: border-box; color: #3f4752; font-family: proxima-nova, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 27px; margin-bottom: 20px;">
No dia 04 de novembro, um ano atrás, um monte de pessoas bacanas me ajudou a tornar o sonho de ver Dandelion impresso e agradeço imensamente. </div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #3f4752; font-family: proxima-nova, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 27px; margin-bottom: 20px;">
Foi o pontapé para várias outras coisas boas que aconteceram depois.</div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #3f4752; font-family: proxima-nova, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 27px; margin-bottom: 20px;">
Vim não apenas agradecer, mas também fazer alguns convites para vocês.</div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #3f4752; font-family: proxima-nova, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 27px; margin-bottom: 20px;">
Estarei na CCXP – Comicon Experience em São Paulo, no Artist’s Alley, nos dias 01 a 04/12. Quem quiser passar para deixar um alô, a minha mesa é a D27.<br style="box-sizing: border-box;" /></div>
<div style="box-sizing: border-box; font-size: 18px; line-height: 27px; margin-bottom: 20px;">
<img alt="" data-save-url="https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/cdn.br.catarse/uploads/redactor_rails/picture/data/77592/carol.jpg" data-verified="redactor" rel="display: block; margin: auto;" src="https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/cdn.br.catarse/uploads/redactor_rails/picture/data/77592/carol.jpg" style="border: 0px; box-sizing: border-box; display: block; height: auto; margin: auto; max-width: 100%; vertical-align: middle; width: auto;" /></div>
<a href="http://www.ccxp.com.br/experiencias/artists-alley/artist/?AA=Carol+Cunha" style="box-sizing: border-box; color: #409ade; text-decoration: none;">http://www.ccxp.com.br/experiencias/artists-alley/...</a><span class="redactor-invisible-space" style="box-sizing: border-box;"></span><br />
<br />
<div style="box-sizing: border-box; color: #3f4752; font-family: proxima-nova, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 27px; margin-bottom: 20px;">
<br /></div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #3f4752; font-family: proxima-nova, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 27px; margin-bottom: 20px;">
Também estou com uma página no Facebook, chamada Marca Rubra para divulgar meu trabalho.<img data-verified="redactor" src="https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/cdn.br.catarse/uploads/redactor_rails/picture/data/77591/face2.jpg" style="border: 0px; box-sizing: border-box; display: inline-block; height: auto; max-width: 100%; vertical-align: middle; width: auto;" /></div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #3f4752; font-family: proxima-nova, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 27px; margin-bottom: 20px;">
Link: <a href="https://www.facebook.com/marcarubra/" style="box-sizing: border-box; color: #409ade; text-decoration: none;">https://www.facebook.com/marcarubra/</a><span class="redactor-invisible-space" style="box-sizing: border-box;"></span></div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #3f4752; font-family: proxima-nova, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 27px; margin-bottom: 20px;">
Além disso, para quem ainda não viu, alguns quadrinhos meus estão disponíveis no Social Comics:</div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #3f4752; font-family: proxima-nova, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 27px; margin-bottom: 20px;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8PPdEgnHVYcUC6OMyvnSwAWfyGsFZFhssfvfpGxAB0zlCSP8hQ_-auTEIPLfnSJUfLok_u0iicbZgU38-VnenS-mUv2ZtHogBZ7iOUM4-lpyKIZOsYpOxO6a17ipw0YKiCDu6xNkK24Vk/s1600/banner2.png" imageanchor="1" style="box-sizing: border-box; color: #409ade; text-decoration: none;"><img alt="" data-save-url="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8PPdEgnHVYcUC6OMyvnSwAWfyGsFZFhssfvfpGxAB0zlCSP8hQ_-auTEIPLfnSJUfLok_u0iicbZgU38-VnenS-mUv2ZtHogBZ7iOUM4-lpyKIZOsYpOxO6a17ipw0YKiCDu6xNkK24Vk/s640/banner2.png" data-verified="redactor" rel="display: block; margin: auto;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8PPdEgnHVYcUC6OMyvnSwAWfyGsFZFhssfvfpGxAB0zlCSP8hQ_-auTEIPLfnSJUfLok_u0iicbZgU38-VnenS-mUv2ZtHogBZ7iOUM4-lpyKIZOsYpOxO6a17ipw0YKiCDu6xNkK24Vk/s640/banner2.png" style="border: 0px; box-sizing: border-box; display: block; height: auto; margin: auto; max-width: 100%; vertical-align: middle; width: auto;" /></a></div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #3f4752; font-family: proxima-nova, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 27px; margin-bottom: 20px;">
Um casal aprende que rótulos são coisas pequenas diante do amor.</div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #3f4752; font-family: proxima-nova, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 27px; margin-bottom: 20px;">
Parte da Coletânea Que Diferença Faz?</div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #3f4752; font-family: proxima-nova, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 27px; margin-bottom: 20px;">
<i data-redactor-tag="i" style="box-sizing: border-box;">A campanha contemplará as discriminações em todas as suas formas, com maior ênfase para aquelas baseadas em raça e etnia, gênero e orientação sexual, situação socioeconômica, crença religiosa e deficiências físicas ou psicológicas. Estão previstas atividades educativas presenciais e ações em redes sociais e mídia.</i>(Fonte: www.mpmg.mp.br)</div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #3f4752; font-family: proxima-nova, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 27px; margin-bottom: 20px;">
<strong data-redactor-tag="strong" style="box-sizing: border-box;">Social Comics: </strong><a href="https://www.socialcomics.com.br/valentin/1" style="box-sizing: border-box; color: #409ade; text-decoration: none;" target="_blank">https://www.socialcomics.com.br/valentin/1</a></div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #3f4752; font-family: proxima-nova, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 27px; margin-bottom: 20px;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUcOAmcIxa-25IZOIE3g0jP2YSEcv69o6Dqos7cLsrdy6xYzEwVkfcCFOEriT_GCqGc0z086Ss3IzHLkDapYsJgj0YfImXDmGv7eNVbjKbAoWwH4IjSMWLPEPEZYBVhyphenhyphenv5zjwjn6p95Xup/s1600/banner.png" imageanchor="1" rel="margin-left: 1em; margin-right: 1em;" style="box-sizing: border-box; color: #409ade; text-decoration: none;"><img alt="" data-save-url="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUcOAmcIxa-25IZOIE3g0jP2YSEcv69o6Dqos7cLsrdy6xYzEwVkfcCFOEriT_GCqGc0z086Ss3IzHLkDapYsJgj0YfImXDmGv7eNVbjKbAoWwH4IjSMWLPEPEZYBVhyphenhyphenv5zjwjn6p95Xup/s640/banner.png" data-verified="redactor" rel="display: block; margin: auto;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUcOAmcIxa-25IZOIE3g0jP2YSEcv69o6Dqos7cLsrdy6xYzEwVkfcCFOEriT_GCqGc0z086Ss3IzHLkDapYsJgj0YfImXDmGv7eNVbjKbAoWwH4IjSMWLPEPEZYBVhyphenhyphenv5zjwjn6p95Xup/s640/banner.png" style="border: 0px; box-sizing: border-box; display: block; height: auto; margin: auto; max-width: 100%; vertical-align: middle; width: auto;" /></a></div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #3f4752; font-family: proxima-nova, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 27px; margin-bottom: 20px;">
Raimundo acreditava que Julia era o grande amor de sua vida, mas ela o abandonou ao se apaixonar por Armando. Mas Raimundo não vai desistir de Julia. Ele fará TUDO para tê-la de volta. Até recorrer ao sobrenatural.</div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #3f4752; font-family: proxima-nova, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 27px; margin-bottom: 20px;">
Roteiro: Carol Cunha/ Desenho: Lucas Arts/ Cores: Leo Romão/ Letras: Vitor Carvalho</div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #3f4752; font-family: proxima-nova, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 27px; margin-bottom: 20px;">
<strong data-redactor-tag="strong" style="box-sizing: border-box;">Social Comics: </strong><a href="https://www.socialcomics.com.br/es-trago-seu-amor/1" style="box-sizing: border-box; color: #409ade; text-decoration: none;" target="_blank">https://www.socialcomics.com.br/es-trago-seu-amor/1</a></div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #3f4752; font-family: proxima-nova, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 27px; margin-bottom: 20px;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8homAxdGL9q6UnFjeDPQ9_R2FMT8RyhaSJwKv36VUYh2nOWAgTJrNOvhvhsyrsw7crR_ELic-_uGvwIU321cvAH6_pyqVDDG3r2ysOpMzcwiCjykqVspT2KEPRrH3-BTEwnf_sIIGS6WE/s1600/carol_adriano_divulga%C3%A7%C3%A3o.png" imageanchor="1" rel="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;" style="box-sizing: border-box; color: #409ade; text-decoration: none;"><img alt="" data-save-url="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8homAxdGL9q6UnFjeDPQ9_R2FMT8RyhaSJwKv36VUYh2nOWAgTJrNOvhvhsyrsw7crR_ELic-_uGvwIU321cvAH6_pyqVDDG3r2ysOpMzcwiCjykqVspT2KEPRrH3-BTEwnf_sIIGS6WE/s400/carol_adriano_divulga%C3%A7%C3%A3o.png" data-verified="redactor" rel="display: block; margin: auto;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8homAxdGL9q6UnFjeDPQ9_R2FMT8RyhaSJwKv36VUYh2nOWAgTJrNOvhvhsyrsw7crR_ELic-_uGvwIU321cvAH6_pyqVDDG3r2ysOpMzcwiCjykqVspT2KEPRrH3-BTEwnf_sIIGS6WE/s400/carol_adriano_divulga%C3%A7%C3%A3o.png" style="border: 0px; box-sizing: border-box; display: block; height: auto; margin: auto; max-width: 100%; vertical-align: middle; width: auto;" /></a></div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #3f4752; font-family: proxima-nova, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 27px; margin-bottom: 20px;">
<strong data-redactor-tag="strong" style="box-sizing: border-box;">História de Amor:</strong></div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #3f4752; font-family: proxima-nova, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 27px; margin-bottom: 20px;">
Uma história singela sobre barreiras e encontros. Um casal vai se encontrar pessoalmente pela primeira vez, e junto com eles vão todas as expectativas e receios para que a noite seja perfeita.</div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #3f4752; font-family: proxima-nova, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 27px; margin-bottom: 20px;">
Roteiro e Cores: Carol Cunha/ Desenho e Arte Final: Adriano Gomes</div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #3f4752; font-family: proxima-nova, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 27px; margin-bottom: 20px;">
<strong data-redactor-tag="strong" style="box-sizing: border-box;">Social Comics: </strong><a href="https://www.socialcomics.com.br/historia-de-amor/1" style="box-sizing: border-box; color: #409ade; text-decoration: none;" target="_blank">https://www.socialcomics.com.br/historia-de-amor/1</a></div>
<div style="box-sizing: border-box; color: #3f4752; font-family: proxima-nova, sans-serif; font-size: 18px; line-height: 27px; margin-bottom: 20px;">
Novamente agradeço a todos pelo apoio. Sem vocês nada disso seria possível!</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2187791068596331616.post-56480524595454940812016-10-06T06:36:00.000-07:002016-10-06T06:36:02.773-07:00Oficina Gratuita Criação de personagens para narrativa visual<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpPJduiesQd7lQRirmdFPmsnM8ZjG6eKghWfdXVtNk8yGthTiddj1myRAvqqaQPD6fgY7ry_99mh8xqtwf79QEHEfZzIbC9RxjzzysJqB6jeEy_8YxyGgHwCQe35_w5kVCx62Xnv49n55w/s1600/14462958_1252799144794209_2599373895144659069_n.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpPJduiesQd7lQRirmdFPmsnM8ZjG6eKghWfdXVtNk8yGthTiddj1myRAvqqaQPD6fgY7ry_99mh8xqtwf79QEHEfZzIbC9RxjzzysJqB6jeEy_8YxyGgHwCQe35_w5kVCx62Xnv49n55w/s400/14462958_1252799144794209_2599373895144659069_n.png" width="400" /></a></div>
<br />
No dia 08 de outubro, estarei ministrando oficina gratuita no <b>Circuito das letras.</b><br />
<br />
DIA 08 DE OUTUBRO, SÁBADO<br />
<br />
14h - <b>Criação de personagens para narrativa visual</b><br />
<br />
Local: Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa (Sala de Cursos do Anexo Prof. Francisco Iglésias)<br />
<br />
A criação de personagens é parte importante do desenvolvimento de um projeto. Seja<br />
para quadrinhos, animação, live action, games ou ilustração. Com o apoio da Casa dos Quadrinhos, a proposta dessa oficina é nos debruçarmos em aspectos que podem tornar um personagem mais interessante visual e psicologicamente, através de exercícios como criação de fichas dos personagens; estudos de concepts; expressões faciais e corporais.<br />
<br />
Vagas: 20<br />
Informações e inscrições: 3269-1232<br />
<div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-IEXNhtdxkScfY5daoBGo0IsX0JESsS62cOYgSkEmybkpKNnpHER_0ckffKB3P50gsf-cDH7nTKKRCDIaWZP2rxYPnjyBkEs01KWCEEXdgH8mS3UhiRNFrkO4bViJp8PuRFiVCTgRdyTj/s1600/10846402_750506098364835_1467196554513022410_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-IEXNhtdxkScfY5daoBGo0IsX0JESsS62cOYgSkEmybkpKNnpHER_0ckffKB3P50gsf-cDH7nTKKRCDIaWZP2rxYPnjyBkEs01KWCEEXdgH8mS3UhiRNFrkO4bViJp8PuRFiVCTgRdyTj/s400/10846402_750506098364835_1467196554513022410_n.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<br /></div>
<b>Carol Cunha </b> - É ilustradora, quadrinista e animadora. Formada em Cinema de Animação pela UFMG em 2015, onde realizou o curta Romance Zumbi. É professora de Roteiro, Narrativa e História em Quadrinhos na Escola Técnica de Artes Visuais Casa dos Quadrinhos. Já colaborou para sites de quadrinhos e cinema como Terra Zero, Cinema em Cena e Lady’s Comics. Alguns dos seus quadrinhos autorais publicados são História de Amor (2013), Dandelion (2015) e a história Valenti@ para a Coletânea da Campanha "Que Diferença faz" (2015).Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2187791068596331616.post-59988829722095194012016-10-04T09:16:00.000-07:002017-08-29T08:22:40.586-07:00Morte - A Festa<h4 style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">
<center>
</center>
</h4>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4IqIS8i5lmFyA6une_VdjpWgNQba_7RlGK4cWDQL2dlyDL83nqJ5zUDqOAXXycW6SsiA5Zdc_nn65KkVOalfAPLgETpJAG20W0rtZA0WDZ_pvh24cjf7csXRMm5EnPoqKWX75Kfpbo7Y1/s1600/Morte+-+A+Festa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1127" data-original-width="736" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4IqIS8i5lmFyA6une_VdjpWgNQba_7RlGK4cWDQL2dlyDL83nqJ5zUDqOAXXycW6SsiA5Zdc_nn65KkVOalfAPLgETpJAG20W0rtZA0WDZ_pvh24cjf7csXRMm5EnPoqKWX75Kfpbo7Y1/s640/Morte+-+A+Festa.jpg" width="416" /></a></div>
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"><br /></span>
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"><br /></span>
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"><br /></span>
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Nos idos dos anos 80, três escritores praticamente revolucionaram as histórias dos quadrinhos comerciais americanos: o americano Frank Miller e os ingleses Alan Moore e Neil Gaiman. O primeiro, em seu trabalhos para a Marvel com o Demolidor e para a DC com o Batman, mostrou que quadrinhos de super-heróis podem ser sombrios, instigantes, polêmicos e inteligentes, indo muito além do típico conflito entre mocinhos e bandidos. Moore escreveu obras marcantes como </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">V de Vingança, Miracleman</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, e talvez a melhor obra jamais escrita nos quadrinhos, Watchmen, que tinha como premissa básica a idéia de como seria o mundo real se os heróis realmente existissem. Mas foi com o </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Monstro do Pântano</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> (para a DC Comics) que ele revitalizou o gênero do terror, criou uma das mais carismáticas personagens dos quadrinhos, John Constantine, e plantou as sementes para a linha de quadrinhos de adultos da DC. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">De igual importância neste aspecto, está o trabalho de Neil Gaiman e seu Sandman. Graças a Moore e Gaiman, os grandes estúdios descobriram que adultos liam quadrinhos e gostavam de temas diferenciados e densos. Sem </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Sandman e o Monstro do Pântano</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, não teríamos sido presenteados com obras fenomenais como </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Hellblazer</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> (estrelado por John Constantine), </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Livros da Magia, Preacher</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> (do polêmico Garth Ennis), ou mais recentemente </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">100 Balas</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, de Brian Azarello e Eduardo Risso (atualmente um dos meus desenhistas preferidos), e o premiadíssimo </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Fables.</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Neil Gaiman pode ser considerado um dos mais importantes escritores de fantasia da atualidade. Entretanto, ele começou sua carreira como jornalista. Um dos seus primeiros trabalhos foi </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Violent Cases</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, com um dos seus mais freqüentes parceiros de trabalho, o artista Dave Mckean. Graças a esse trabalho, ele e Mckean conseguiram uma vaga na DC e realizaram a minissérie </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Orquídea Negra</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> (que está sendo relançada no Brasil), sobre uma obscura super-heroína da editora. A minissérie possibilitou que eles alcançassem vôos maiores, Gaiman passou a escrever a série mensal </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Sandman</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> e McKean, além de ser o capista oficial de </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Sandman</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, também realizou o especial </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Asilo Arkhan</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, escrito por Grant Morisson e estrelado pelo Batman. </span><br />
<br />
<br />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Além de Sandman, Gaiman também é o autor de outros quadrinhos, entre eles </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Livros da Magia</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> (estrelado por um jovem mago de 12 anos, dono de uma coruja e que usa óculos, muito antes de </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Harry Potter</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> aparecer) e </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">1602</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">. E, para completar, Gaiman já escreveu livros de contos e poesias (</span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Fumaças e Espelhos</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">), séries de TV (</span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Neverwhere</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">), romances de fantasia (</span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Deuses Americanos e Belas Maldições</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">), fábulas para adultos (</span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Stardust</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">), livros infantis (</span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Coraline e Lobos nas Paredes</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">) Ganhou diversos prêmios importantes, como o Eisner e o Nebula. </span><br />
<br />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Já </span><b style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Sandman</b><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, considerada a maior obra de Gaiman para os quadrinhos, é uma das mais fascinantes histórias já publicadas pela DC Comics, ganhando fã fervorosos e entusiasmados ao redor de todo o mundo. Alternando momentos de pura fantasia e poesia com outros de um terror indescritível, Sandman ainda tinha o acréscimo de citar diversas mitologias, clássicos da literatura (em especial Shakespeare) e do cinema, trechos de músicas.</span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">A série conta a história de Lorde Morfeu, regente do Sonhar, e um dos sete Perpétuos. Os Perpétuos são seres que não são deuses nem humanos, nem mesmo anjos, são entidades místicas que existem desde que o primeiro ser consciente surgiu no Universo e permanecerão aqui até que o último ser consciente pereça. Mesmo que não reconheçamos, todos nós, inconscientemente, sabemos que esses irmãos existem. São eles: Destino (Destiny), Morte ou Desencarnação (Death), Sonho ou Devaneio (Dream), Destruição (Destruction), Desejo (Desire), Desespero (Despair) e Delírio (Delirium). Morfeu é um dos diversos nomes adotados pelo Sonho, assim como Sandman (Homem da Areia, mais conhecido no Brasil como João Pestana, responsável por jogar areia nos olhos das crianças para que elas durmam).</span><br />
<br />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Na realidade, Sandman não é uma criação de Neil Gaiman, o personagem surgiu na década de 30 (a Era de Ouro dos quadrinhos) e era um detetive chamado Wesley Dodds, que usava uma arma de gás para colocar os bandidos para dormir. Outras versões de Sandman se seguiram a essa, mantendo apenas o nome em comum. Quando Neil assumiu a tarefa de relançar o título, apenas aproveitou o nome e recriou totalmente a personagem, seguindo por um caminho totalmente diferente dos seus antecessores. Atualmente, o Sandman da Era de Ouro ainda é considerado como parte da cronologia atual, mas como um herói que atuou nas décadas de 30 e 40; as versões intermediárias são quase completamente esquecidas - com exceção de Hector Hall, filho do Gavião Negro da Era de Ouro, importante dentro da saga de Morfeu, mesmo que indiretamente. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">A saga de Morfeu começa com o velho bruxo tentando capturar a Morte e por acidente capturando seu irmão mais novo. Isso aconteceu no começo do século passado. Durante anos, o Sandman esteve preso na mansão do feiticeiro, até que conseguiu se libertar. No primeiro arco de histórias, ele parte em busca de objetos mágicos que por direito lhe pertencem, e após reuni-los começa a árdua tarefa de reconstruir seu reino, que entrou em decadência durante sua ausência. Mas as coisas não param aí, aos poucos somos apresentados a importantes personagens, como os já citados irmãos de Morfeu, além de Caim e Abel, o Corvo Mathew, Eva, Titânia, Lúcifer, Shakeaspeare, Hob Glading, entre outros. Pequenos acontecimentos plantados no começo da série só mostraram sua importância muitas edições depois e fatos importantes do passado de Morfeu (como ser pai de Orfeu, aquele famoso cantor grego que desceu aos Infernos para buscar a esposa morta) são cruciais no desenrolar da história. De qualquer maneira, contar demais acabaria por estragar a graça de tudo, ainda mais que existe série completa publicada no Brasil. </span><br />
<br />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">E se não bastasse a ousadia nos textos, Gaiman ainda teve a coragem de encerrar a série no auge do sucesso, com o brilhante argumento de que uma boa história tem começo, meio e fim, e um bom escritor sabe qual a hora de parar. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Mas milhares de fãs, não apenas de Sonho, assim como das outras minisséries estreladas pelos Perpétuos, viram-se órfãos. E para saciar sua sede de novidades e sua saudade, vários especiais estrelados pelos coadjuvantes do Sonhar (</span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Merv Pumpkinhead e Bruxaria</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, por exemplo), além de séries mensais derivadas (</span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Lúcifer e Sandman - Teatro do Mistério</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, estrelada por Wesley Dodds) e especiais como <i>Sandman Dream Hunters, Noites sem Fim e Overture</i> foram lançadas no decorrer dos anos. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Entre elas, podemos destacar as minisséries e especiais estrelados por uma das mais carismáticas dos Irmãos Sem_Fim: Morte. </span><br />
<br />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Duas minisséries especiais foram escritas por Gaiman, ainda durante a publicação de Sandman: </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Morte - O Alto Custo da Vida</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> e </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Morte - O Grande Momento da Vida</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Outra publicação protagonizada pela personagem e nosso foco de análise aqui é o “mangá” </span><b style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Morte: A Festa</b><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> . Escrito e desenhado por Jill Thompson, que já trabalhou com os personagens criados por Gaiman em <i>Sandman: Vidas Breves</i> e nos deliciosos contos “infantis” </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Pequenos Perpétuos</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> e <i>Festa da Delirium</i> (publicado no Brasil pela Panini), <i>Morte: A Festa</i> reconta os fatos apresentados originalmente na revista </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Sandman</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> durante a saga </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Estação das Brumas</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, mas da perspectiva da irmã mais velha do rei dos Sonhos. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">A leitura das histórias originais não é necessária para se compreender os eventos que se passam em </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Morte: A Festa</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, uma vez que Jill Thompson recria os momentos mais importantes da saga, mas é muito interessante comparar o modo como ela se apropriou dos elementos de Gaiman para contar sua própria história. Além de ser uma grande oportunidade de se comparar as diferenças e semelhanças das estruturas narrativas dos quadrinhos americanos e dos mangás (tudo bem que é um mangá americano, mas Jill Thompson conseguiu captar o significado do que seja escrever um mangá). Um dos pontos que mais chama atenção nesse sentido são as apresentações dos Perpétuos que aparecem tanto no começo da história do mangá quanto no prelúdio da história original. Thompson consegue transformar a apresentação feita por Gaiman (que é um texto quase romântico e altamente literário) naquelas fichas técnicas de personagens típicas dos quadrinhos japoneses, e ainda assim manter a essência do texto original e das personagens. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Em </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Morte: A Festa</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> (o título original seria melhor traduzido como </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Morte:Às Portas da Morte</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">), Morpheus, o Sandman, se vê em uma situação bastante complicada depois que Lúcifer resolve expulsar todos os demônios e mortos do Inferno, dando de presente a Chave do lugar para o Sonho. Enquanto nosso herói tenta descobrir o que fazer com a “</span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">mais cobiçada propriedade psíquica em toda ordem da criação</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">”, sua irmã mais velha também está com problemas sérios, pois os mortos estão voltando. E pior, estão quase todos indo para a sua casa. Como cumprir com seus deveres usuais de ceifadora e ainda controlar um exército de zumbis destruindo seu carpete? O jeito é contar com a ajuda de suas irmãs caçulas Delirium e Desespero, que têm a brilhante ideia de fazer uma festa na casa de Desencarnação para manter os refugiados do Inferno ocupados. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">A grande sacada de Jill Thompson foi ir muito além da mera transformação das personagens originais em versão mangá: ela mergulhou de cabeça na proposta de escrever um mangá passado no universo do Sandman, adotou praticamente todos os elementos da linguagem desse estilo de quadrinhos, especialmente do </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">shoujo</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> (mangá para meninas). Todos aqueles divertidos exageros faciais estão lá, também temos os pequenos comentários em segundo plano sobre determinadas situações, as fichas técnicas, o personagem andrógino, o amor meio impossível e supostamente platônico, o enquadramento de páginas típico dessas revistas. É uma reconstrução perfeita feita por uma americana do que seja escrever um quadrinho japonês. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Confesso que tinha certas dúvidas se seria possível transformar os personagens de </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Sandman</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> em mangá, especialmente dado ao estilo de histórias que eles costumam estrelar. Até que ponto eles poderiam ser adaptados para aquela forma narrativa sem perder suas características essenciais? Não achava ser possível fazer isso, mas Jill Thompson provou que eu estava errada. Apesar do tom mais leve da história, os Perpétuos (mesmo Destino e Morpheus, os mais taciturnos) continuam sendo os nossos velhos conhecidos de sempre. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Acho que o fato da Morte ser a protagonista da história contribuiu muito para isso. Além de ser uma das personagens mais populares e cativantes da série </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Sandman</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, com muitos fãs, inclusive esta que vos fala, espalhados pelo mundo, a Morte talvez seja a mais “humana” dos Perpétuos, que mesmo consciente de seus deveres consegue encarar as situações que enfrenta de forma descontraída. Esse posicionamento da personagem facilitou a passagem do clima tipicamente denso das histórias de Gaiman para o tom leve e divertido que os mangás </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">shoujo</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> geralmente possuem. </span><br />
<center style="font-family: 'book antiqua';">
</center>
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Delirium e Desespero como coadjuvantes são um show a parte e contribuem para o tempero cômico da história. Da primeira era algo até esperado, mas realmente me surpreendi com a versão de Desespero criada por Thompson. Minha concepção sobre a Dama do Anel em forma de anzol mudou completamente. </span><br />
<br />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">A festa propriamente dita é recheada de momentos hilariantes e divertidos, como os sorvetes de Delirium ou o reencontro de Romeu e Julieta, ou a mera ideia de imaginar Mussolini dançando cancan. Outros mortos famosos fazem ponta, como Kurt Cobain, e, com grande destaque, Edgar Alan Poe. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Talvez um único momento deixe os leitores mais puristas de </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Sandman</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> um pouco irritados: quando Morte, Delirium e Desespero saem para capturar os mortos desgarrados. </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Sailormoon</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> demais para os mais implicantes. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Mas, no geral, <i>Morte: A Festa é excelente.</i> Uma história divertida de se ler e reler (várias vezes) e que não fica em nada a dever para as demais publicações envolvendo os Perpétuos, incluído a série original.O especial deu origem a outro "mangá" baseado em personagens de Sandman: "Dead Boys Detectives", também lançado no Brasil pela Conrad. </span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2187791068596331616.post-51106421123629368012016-09-30T08:23:00.000-07:002017-08-29T08:26:07.097-07:00Novamente em palpos de Aranha<h4 style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">
<center>
</center>
</h4>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiae8Fpi1hmxpDb1i6zr6gL2pyEr4931SbX4ZH3jxk-LwP84aJWTneXQ5aWeFkereT1nk1xdaFj5FlFer4W-b-Q9Z0amouZpvrgjEqRpRBgBPD1KVTTNrtOaiSVMQfxfOfPguZ8oQq0cbpp/s1600/Amazing-Spider-girl-saves-spider-man-spider-girl-39707549-1440-1080.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1440" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiae8Fpi1hmxpDb1i6zr6gL2pyEr4931SbX4ZH3jxk-LwP84aJWTneXQ5aWeFkereT1nk1xdaFj5FlFer4W-b-Q9Z0amouZpvrgjEqRpRBgBPD1KVTTNrtOaiSVMQfxfOfPguZ8oQq0cbpp/s640/Amazing-Spider-girl-saves-spider-man-spider-girl-39707549-1440-1080.jpg" width="640" /></a></div>
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"><br /></span>
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"><br /></span>
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Alguns anos atrás, o Homem-Aranha passou por um polêmico arco de histórias, conhecido como </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Saga Clone</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">. Odiada por uns (ou muitos?) e amada por outros, essa saga trazia o retorno de um personagem antigo e supostamente morto (como se isso fosse novidade na Marvel!!!): o clone de Peter Parker, criado pelo seu antigo vilão e ex-professor, o Chacal. Mais do que isso: nela tivemos a revelação de que nosso amigo da vizinhança, Peter Parker, não era o verdadeiro Homem-Aranha, ele seria o clone, enquanto seu suposto clone, Ben Reilly, seria o Aranha. No fim das contas descobriu-se que Peter realmente era o Aranha, e que Ben era realmente o clone, e que tudo não passava de uma armação de outro supostamente morto e ressuscitado, Norman Osborn, o Duende Verde. Ben acaba morrendo e Peter volta a ser o Homem-Aranha. No meio disso tudo, temos ainda Kaine, um segundo, deformado e vingativo clone do Aranha, e a gravidez de Mary Jane, esposa de Peter. Achou confuso? Acredite, não foi só você. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">É por isso que muita gente acreditou que, após o fim dessa Saga, a Marvel iria relegá-la ao limbo de arquivos de coisas-que-pareciam-ser-legais-mas-que-deram-errado- e nunca mais tocar no assunto. Mas eis que Tom Defalco, um dos principais roteiristas da saga, resolve surpreender todo mundo e escreve uma história sobre May Parker, a filha de Peter e MJ, na revista </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">What if</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> # 105 (cujas histórias são conhecidas aqui no Brasil como O que teria acontecido se?). No fim da Saga Clone, May teria aparentemente morrido no parto, mas na verdade (ou não) foi capturada por Osborn, sendo depois resgatada (ou não) por Kaine. Na história publicada na What if, desenhada por Ron Frenz, temos uma May adolescente, devidamente devolvida aos seus pais por Kaine, que não sabe que é filha do Homem-Aranha, agora um herói aposentado, após perder uma perna em uma batalha com o Duende, e especialista em perícia da polícia de Nova York. May começa, então, a descobrir seus poderes e coisas sobre o passado de seu pai. Como se isso não fosse o bastante, ainda precisa enfrentar o novo Duende Verde, neto do original, para salvar sua família. </span><br />
<br />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">A história foi um sucesso tão grande que a Marvel resolveu relançá-la como </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Spider-Girl # 0</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, a primeira de uma linha de revistas da Marvel, conhecida como Marvel Comics 2 ou MC2. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Além das revistas da Spider-Girl, primeiramente a Marvel lançou outras duas publicações: A-Next, escrita por Tom Defalco e desenhada por Ron Frenz, e J2, também escrita por Defalco e desenhada por Ron Lim. A primeira contava as aventuras da nova geração de Vingadores (Avengers), formada inicialmente por Thunderstrike (Kevin Masterson, filho de Eric Masterson, o Thunderstrike ou Trovejante original), J2, Mainframe, Stinger (filha do segundo Homem-Formiga, que participava das histórias do Quarteto Fantástico escritas por Defalco), e Jubileu, Speedball e Choque como membros reserva. A segunda revista narrava as aventuras de J2 fora dos Vingadores. J2 ou Zane Yama é filho do Fanático, Juggernaut, com a promotora Sachi Yama. Depois de reformado, Cain Marko se apaixonou pela advogada, mas acabou desaparecendo ao participar de uma aventura em outra dimensão, não podendo criar o filho. Ao contrário do esquentado e brutamontes Juggernaut original, Zane é um típico nerd, que por um acaso acabou ganhando superpoderes, assim como um cabeça de teia, velho conhecido nosso. Porém, enquanto a Spider-Girl se mostrava um sucesso, nenhuma das duas outras revistas decolou e elas acabaram sendo canceladas. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">A Marvel não desistiu e resolveu lançar mais outras duas novas publicações: Fantastic Five e Wild Thing. Na primeira, tínhamos as aventuras do Fantastic Five, a versão futura do Quarteto Fantástico, formada por: Reed Richards (Big Brain - em uma forma robótica após sofrer um acidente que custou a vida de Sue), Franklin Richards (Psilord), Lyja Storm (Ms. Fantastic - a skrull que fingiu ser Alicia Masters e se casou com Johnny), Ben Grimm e Johnny Storm, que passou a liderar a equipe. A primeira aparição do grupo foi na edição número 3 da Spider-Girl. A segunda revista narrava as aventuras de Wild Thing ou Rina, filha do Wolverine e de Elektra, que já havia aparecido em uma revista do J2. Seguindo a mesma linha de Spider-Girl e J2, muitas das histórias envolviam as desventuras da nossa heroína na high school. Diferente de Zane, Rina é esquentadinha como o pai, e, como ele, possui garras, só que psiônicas, um truque que ela aprendeu com sua madrinha, Psilocke. As histórias eram escritas por Larry Hama, um velho conhecido dos leitores de Wolverine. Mas novamente as coisas não deram certo e as revistas foram canceladas. </span><br />
<br />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Depois de amargar o fracasso duas vezes, a Marvel desistiu de lançar outros títulos mensais através do MC2, concentrando-se nas revistas da Spider-Girl, e lançando uma ou outra minissérie de heróis extraídos do título, como a minissérie do DarkDevil e a do The Buzz. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">As revistas Spider-Girl eram escritas por Tom Defalco e originalmente desenhadas por Pat Olliffe, e tinham um clima bastante parecido com as das antigas histórias do Aranha dos anos 70, embora sem aquele conteúdo político que Stan Lee gostava de jogar em algumas histórias. Os desenhos de Olliffe, conhecido por aqui através de seu trabalho em </span><i style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Untold Tales of Spiderman ou Arquivos Secretos do Homem-Aranha</i><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">, do Kurt Busiek, ajudaram bastante a criar esse clima nostálgico no começo da publicação. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Enquanto as antigas histórias do Aranha citadas se passavam na faculdade, as da sua filha se passam no colegial, mas de certa forma todos os personagens estão lá: as versões masculinas de Gwen Stacy e Mary Jane, em, respectivamente, Brad Miller e Jack Jamenson (neto de J. Jonah Jamenson); a versão masculina de Flash Thompson, Heather Noble, e de Harry Osborn, Davida, a melhor amiga de May, além de outras personagens que lembram muito os amigos de Peter das histórias de Untold Tales, como Courtney Duran, Moose ou Jimmy Yama (primo de Zane, o J2). </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Além disso, novas versões de velhos heróis, ou até mesmo versões futuras de heróis antigos, eram constantes nas páginas das revistas. Já passaram por lá o A-Next, o Fantastic Five, Speedball, Nova, Punhos de Ferro e, de forma um pouco mais constante, Lady Hawk (uma dupla de gêmeas que parece estar de alguma forma ainda não clara ligadas ao Falcão) e Darkdevil (uma nova versão do Demolidor, que na realidade parece ser Ben Reilly, o supostamente morto clone de Peter). </span><br />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"><br /></span>
<br />
<center style="font-family: 'book antiqua';">
</center>
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Ao contrário de Peter, embora seja inteligente, May não tem nada de nerd, jogando até mesmo em um time de basquete, ao mesmo tempo em que não tem aquela paixão de Mary Jane pela moda. Ainda diferentemente de Peter, o que move a vontade de May de ser uma heroína não é o peso de uma tragédia pessoal, mas a possibilidade de evitar tragédias. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">Verdade seja dita: com exceção de Kaine e do Rei do Crime, a maioria dos vilões da Spider-Girl eram muito fracos. Porém, isso não enfraquece em nada o charme das histórias, que está muito mais no relacionamento de May com seus amigos e seus pais (inclusive nos conflitos com Peter, que inicialmente não aceitava a vida “heroística” da filha) e nas dúvidas de May como heroína iniciante. Às vezes, por exemplo, é muito engraçado ver as atitudes de um típico, preocupado, e porque não dizer, ciumento pai no nosso amigo da vizinhança, Peter. Ou então, não deixar de se envolver nos problemas amorosos de May, ou de se identificar com as suas inseguranças. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">A série também teve destaque por lidar com alguns temas importantes (e até mesmo "polêmicos") do universo adolescente, como a paixão por um cara mais velho ou mesmo relacionamentos abusivos, em que garotas são vítimas de espancamentos por parte de seus namorados. </span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">A Abril Jovem chegou a publicar algumas histórias da Spider-Girl com o nome de Garota-Aranha, sendo que a Spider-Girl # 0 saiu na Homem-Aranha #198, enquanto algumas outras saíram nas últimas edições da Teia do Aranha. Depois que as revistas passaram para o formato americano, na linha Premium (não se sabe o porquê), a Abril parou de publicá-la, preferindo colocar as histórias da nova Mulher-Aranha no lugar. O que é uma pena, pois a Spider-Girl é uma personagem carismática interessante e cativante, com histórias realmente boas, que, infelizmente, não é tão conhecida.<br /><br />Depois de indas e vindas, Spider Girl foi cancelada, mas se al</span><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">çou ao status de <i>cult, </i>deixando saudades nos cora</span><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">ç</span><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">ões de seus admiradores.</span><br />
<br style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;" />
<span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">. </span><b style="font-family: 'book antiqua'; text-align: justify;">Dica de Site</b><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;">: </span><a href="http://www.coverbrowser.com/covers/spider-girl" target="_blank">Spider Girl Covers</a><span style="background-color: #eaeaea; font-family: "book antiqua"; text-align: justify;"> - todas as capas das HQs estreladas por May "MayDay" Parker.</span>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2187791068596331616.post-20781934558973145542016-09-03T08:46:00.002-07:002016-09-03T08:47:18.776-07:00A Queda do Jedi<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihuMb42LmDn6DnPt0HEbBb6bBU_i7lT-Ny8qt_75TvIbRGmJmPJpBJjUHSdPHtr9PPd17fAon4aXwz8KbygN3IuDGIiFVq21StC5DJvMypRbTLq0x1BmrrLuT3lJfPhJSGm-MJIwmyNzSK/s1600/sw___come_feed_the_rain_by_renny08-d4oyoq1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihuMb42LmDn6DnPt0HEbBb6bBU_i7lT-Ny8qt_75TvIbRGmJmPJpBJjUHSdPHtr9PPd17fAon4aXwz8KbygN3IuDGIiFVq21StC5DJvMypRbTLq0x1BmrrLuT3lJfPhJSGm-MJIwmyNzSK/s640/sw___come_feed_the_rain_by_renny08-d4oyoq1.png" width="449" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b>Arte: Renata Castellani - <a href="http://bit.ly/2cd1qnz" target="_blank">http://bit.ly/2cd1qnz</a></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">Ou quando seu sonho é melhor que o roteiro do George Lucas</span></b><br />
<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--></div>
<div class="MsoNormal">
Ontem eu tive um sonho com o prequel de Star Wars.<br />
<br />
Como muitas pessoas, eu detestei os episódios I,II e III... e acho que meu
subconsciente quis me dar uma versão mais digna – pelo menos para mim – do que
levou Anakin Skywalker a virar Darth Vader. <br />
<br />
No meu sonho, os jedis podiam ser casar (o que faz muito sentido se a gente
considerar a merda dos midchlorians. Pra
que celibato? Era só os jedis casarem, terem uma perrada de filhos para
aumentar a Ordem).<br />
<br />
Padmé era senadora, mas nunca foi rainha de Naboo. Era irmã caçula de Miranda,
esposa de Bail Organa. Ela e Anakin (que não era o Hayden Christensen, mas não
era nenhum ator que conheça) eram casados.</div>
<div class="MsoNormal">
As guerras clônicas estavam acontecendo e se arrastando
fazia alguns anos. E a Ordem dos Jedi designou Anakin para uma missão de
infiltração que duraria de 2 a 3 anos em um ponto distante da Galáxia.<br />
<br />
Ele não queria deixar a esposa e os filhos que estavam prestes a nascer . Mas
Obi Wan e Yoda convenceram Anakin da importância da missão. <br />
<br />
Miranda também estava grávida na mesma época que Padmé, mas acabou perdendo o
bebê pouco depois que Anakin partiu.<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal">
Nesse meio tempo, com os meninos um pouco maiores, Padmé
adoeceu seriamente. Ela e Leia foram
para Alderaan ficar com Bail e Miranda. Luke foi para Tatooine ficar com Owen
(que realmente era irmão de Anakin) e Beru. <br />
<br />
Padmé não resistiu à doença e acabou falecendo.
Enquanto isso, Tatooine foi atacada e aparentemente Owen, Beru e Luke
haviam morrido, mas tinham conseguido escapar para um abrigo subterrâneo. <br />
<br />
Numa dessas confusões de comunicação a lá Romeu e Julieta, Anakin recebeu a
notícia de que tanto Padmé quanto os dois filhos haviam morrido. (Por isso ele
achava que Leia era sobrinha dele, filha da Miranda e do Bail)<br />
<br />
Ele surtou completamente, largou a missão, se culpando por não estar ao lado da
esposa e dos filhos quando eles mais precisaram, sentindo-se traído pelos
Jedis.<br />
<br />
Tudo que ele queria era Vingança. Contra os Jedis, pois tudo o que era mais
importante na vida de Anakin foi tirado por cumprir cegamente as ordens deles.<br />
<br />
O sonhou terminou com Anakin voltando para casa, prestes a ferrar com tudo.<br />
<br />
Se um dia eu tiver ânimo, quem sabe escrevo uma versão extendida?<br />
</div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0